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29 dezembro 2008

Férias

Fui.

estou aqui

Volto à ativa só no dia 07.

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23 dezembro 2008

Sobre o show

Notas sobre:

- Os segundos de silêncio que ocorreram depois do apagar de luzes e o entrar de Madonna no palco são eternos.

- Vê-la no palco é algo difícil de compreender. Demora um tempo.

- O show deixa as pessoas boquiabertas pelo menos durante as três primeiras músicas. Você fica simplesmente em estado contemplativo.

- A performance da mulher no palco é algo de superlativo – supera a cantoria falha, as horas de atraso, o empurra-empurra, o correr-solto de drogas ao redor.

- As três melhores músicas: You Must Love Me, com direito a voz embargada e choro no final; Like a Prayer, com um Morumbi inteiro cantando junto; She’s not me, onde Madonna desconstroi suas personagens mais célebres com um ritual de dança frenético; Like a Virgin, à capela; Bordeline, pelo momento retrô; HeartBeat, porque ficou na cabeça.

- os beijos na boca são o que há

- a coroa é mega enxuta. A parte em que canta/dança/coreografa pulando corda super faz a pessoa ficar sem ar.

Sabendo como foi, jamais teria me perdoado se não tivesse ido.

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22 dezembro 2008

Eu fui


Antes que 2008 terminasse, conseguiu tirar um tempo para fazer algo realmente por mim. Foi um fim de semana próximo de uma experiência espiritual, algo muito amplo em significados. Tempo de recuperar minha essência que andava ofuscada e de entrar em contato com o meu ‘eu’ interior, um momento pra ficar comigo, longe de tudo aquilo que cotidianamente me toma toda atenção.

Esse reencontro teve as mais tradicionais celebrações de fim de ano, com direto a sessão cerveja-com-fritas-seguida-de-momento-abraça-vaso; conversas de madrugada, caminhar de noite pelas ruas, meio assim, pelo desconhecido, falar nada com nada, dormir tarde e acordar mais tarde ainda, checar e-mails uma vez só em dois dias.
Tudo isso serviu de preparação algo sensacional que viria em seguida: o show da Madonna. O último show da turnê, provavelmente o último show dela no Brasil. E eu fui.

A ida

A viagem rumo a São Paulo teve o momento mais europeu da jornada: ler um livro em uma cafeteria cheia de gente ao redor. Foi aí que o processo de desconexão exterior começou.


A chegada

A chegada serviu para destruir as ilusões restantes, gerar um choque com a realidade e abrir a cabeça para novas possibilidades. Lugares diferentes, pessoas descoladas, outros hábitos, outros estilos e outros assuntos. Literalmente, um processo de desintoxicação.


O show
O show foi fruição pura. Dizem sempre que é no meio da multidão que a gente se sente mais sozinho. E assim foi. E foi uma solidão do tipo boa. Para curtir um momento único de realização. Duas horas completamente livres de tudo o mais. Pra quem sabe como foi meu ano, é fácil entender porque isso praticamente beirou o estado de alfa.

A volta
E o que fica é uma sensação de realização difícil de explicar. E um tipo de bem-estar interior que há muito não ocorria. Mais do que um fim, um retorno.

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18 dezembro 2008

lembranças

quando o que resta é se apegar ao passado.


14 dezembro 2008

Casamento

Vestimos nossos trajes de gala pelo casamento da Chele, sabado (postagens sobre ainda essa semana). E veja que bonitos ficamos:

Nossa primeira foto social

Para a série: 'O Pegador'


Podendo, hein.

10 dezembro 2008

do 8 ao 80

Sempre me disseram que as coisas comigo ou são '8 ou 80' - muitas vezes, a maioria, não sendo como algo de bom. E deve ser verdade essa observação do senso comum pq a primeira frase da bíblia que eu aprendi é 'quente ou frio, morno eu vomito'. Sou intensa e sou de oscilar. Sou da segurança e da fragilidade. Da arrogância e da baixa auto-estima. Do sentir e do fingir. Do tudo ou do nada. Do é ou do não é. Do preto ou do branco. Ou, como hoje, do preto sem o branco.

Dia de hoje

08 dezembro 2008

: )

Control C

Dá uma olhada aqui

poderia mto bem assinar isso, redondinho.

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volta das férias

Estou voltando de férias. Depois de um tempo de ausência, retorno um tanto quanto renovada. Ponderações feitas, realidades percebidas e avistada uma luz no fim do túnel dos objetivos, é hora de recuperar o que pode ter ficado estremecido. Sacudir a poeira da roupa de ninja e fazer tremer a vizinhança. E de mostrar que I do, I care, no caso de você ter duvidado.
Ao sentar novamente por perto, hoje, queria te dizer obrigada por me fazer relembrar.

um abraço

Motivação

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05 dezembro 2008

desde então


a ausência de satisfação pessoal quando um se depara com sua fragilidade.

03 dezembro 2008

to sing a song

"
Quero ver você não chorar
não olhar pra trás
nem se arrepender do que faz

Quero ver o amor vencer
mas se a dor nascer
você resistir e sorrir

Se você pode ser assim
tão enorme assim eu vou crer
"

ok, pode parar aí então.

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Resumo da ópera

A frustração é um sentimento de desgosto que ocorre quando há resultados negativos em determinadas situações. É adquirida de forma interna quando está ligada a medos, inseguranças, desconfianças e de forma externa quando está ligada a falta de dinheiro, posição social, qualidade de vida e outros.

Para lidarmos bem com as frustrações rotineiras é preciso que desde a infância tenhamos limites para que consigamos aceitar bem as escolhas ou negações que temos que enfrentar. O autocontrole é super importante em casos frustrados, pois se empenha em lidar com os impulsos e emoções negativas que prejudicam o emocional.

Para enfrentarmos as frustrações é possível utilizarmos algumas idéias como:

Aceitação: É importante aceitar a condição real de vivência para que através dela seja possível traçar metas e buscar seu alcance.

Dualidade: Todo acontecimento tem seu lado negativo e positivo, através desses conseguimos tirar lições de vida. Buscar sempre o lado positivo dos fatos ajuda a reanimar o espírito.

Interpretação: A reprodução do fato também aumenta ou diminui sua dimensão e seu valor. A expectativa gerada sobre o fato é que o coloca importante ou prioritário.

Por Gabriela Cabral | Equipe Brasil Escola | http://www.brasilescola.com/psicologia/frustracao.htm

CONCEITOS

Frustração – do lat. frustratio que vem do advérbio frustra (em vão, debalde). Ação de impedir que um ser atinja o objetivo ao que tende pela sua própria dinâmica. Estado em que se encontra o organismo quando depara com um obstáculo mais ou menos importante no caminho que o leva à realização completa de um comportamento.

Consolar - do lat. consolare - significa aliviar ou suavizar a aflição, o sofrimento, o padecimento; dar lenitivo a, mitigar, confortar.

http://www.ceismael.com.br/artigo/artigo046.htm
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01 dezembro 2008

Mudanças

Nunca fui de entender bem qual a manha de comemorar aniversário. Pra mim era só mais um dia, com a diferença que tinha torta de sobremesa e de que, nesse dia, eu podia pedir mais mordomias - restante, ok.

E, vendo o meu aniversário assim, como nada de mais, era desse jeito que eu via o dos demais. Por isso não era de dar muita bola. Era um parabéns, uma mini lembrancinha e segue o baile.

Foi de um tempo pra cá que eu entendi qual a boa: é um dia que a gente pode mostrar pros outros o quanto queridos e especiais eles nos são sem correr o risco de parecer afetado ou de errar o tom. É como se fosse um feriado: no dia da pásco a pessoa não estranha receber chocolates; no dia do aniversário, não estranha receber agrados.

E foi depois que me fizeram isso que eu saquei a moral e passei a querer fazer o mesmo pelos demais - e talvez esse entendimento tenha sido o melhor presente que poderiam ter me dado.

24 novembro 2008

Vide bula

Porque uma lista de lugares comuns, frases feitas e fórmulas mágicas sempre ajudam no caos-de-manhã-de-segunda-feira. Acho que pelo menos uma dá pra nortear a semana.

- não sei de quem é o texto, anyway -

'O sucesso é construído à noite!'

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.

Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos,terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, esquecer a semana de viagem, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.

Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, respeito, energia e
sentimentos nesse objetivo, pois ao contrário, acabará perdendo seu grande amor.

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.


Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os resultados de todo mundo. Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.

Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batata frita. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de sonhos e sucesso depende de dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está. Ilusão é combustível de perdedores.

18 novembro 2008

Ago

Venho de um tempo remoto, pré-digital, onde os desafios eram muito maiores. Lembro sempre da sensação de aventura - e desespero, já naquela época - quando uma professora passava um trabalho para fazer. Especialmente quando sobre um assunto que não constava no livro da disciplina, nem nas páginas mais pro fim (não sei se ainda é assim nos dias de hoje que se estuda). Recebido o tema, eis a missão: recolher dados.

Se o assunto era relativamente simples, a biblioteca do colégio dava conta. Bastava abdicar do recreio e correr alucinadamente para conseguir fazer o xerox antes que o sinal tocasse. Alguém aí lembrou de deadline?!

Se o tema era mais power, o caminho era a biblioteca pública. Lá, o sucesso do trabalho do aluno dependia da boa-vontade das senhouras atendentes - para quem não pegou o espírito, elas eram mais ou menos como a página inicial do google: dizia-se a palavra chave, elas sumiam por entre as prateleiras e voltavam com o resultado da busca. Pelo tamanho da pilha um podia antever a nota do 'paper'.

O paper era manuscrito e calegrafia podia, sim, ajudar na nota. Isso e o fato de juntar as folhas não com um clips ou grampo, mas com um top de fita mimosa.

Poisé.. lembrança de um tempo onde tudo era absurdamente menos complicado.

15 novembro 2008

Sugira:

o que um pode fazer quando a pressão se torna muito grande para carregar?

09 novembro 2008

to remember


Obrigada por isso tudo, mas principalmente obrigado por não desistirem. Vocês douraram super bem a pílula, mas eu sei que a casca é bem grossa – às vezes é muito complicado, até eu tenho vontade de dar o fora. Ainda bem que vocês não fazem isso. Sorte a minha ter encontrado já tão cedo muito mais do que aquilo que de melhor eu poderia esperar.

07 novembro 2008

Secular

Do dia em que a idade começa a ser mensurada em séculos.


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05 novembro 2008

sobre o dia - 2


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sobre o dia - 1

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03 novembro 2008

funny thing

"Não é engraçado como tudo o que remete a você me é obsessivo, quase doentio, alucinadamente passional, insensato, infantil, voluptuoso, exaustivamente intenso e incontrolavelmente diário, ao mesmo tempo em que mudo e surreal? Morro de rir vendo o que eu deixei você fazer comigo."

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30 outubro 2008

car crahs

Quem dirige - e especialmente quem pilota - um automóvel sabe dos riscos que se corre na estrada. Pode-se raspar uma calota no cordão, arranhar o pára-choque numa estacionada sem sucesso e tirar um fino do retrovisor dos outros quando fazendo uma manobra ousada. Isso tudo é ok e faz parte da selva do trânsito. E, claro, poderia ser evitado com uma postura um pouco menos agressiva atrás do volante, mas aí é outra história.

O que preocupa - e é motivo de alterta - é quando a pessoa sofre um acidente por desatenção. Mais especificamente, quando ela soca o carro embaixo da traseira de uma caminhonete porque estava com a cabeça na lua, pensando em quanto de merda seu dia de trabalho estava sendo.

Ok, meu acidente foi a 20 km/h, eu não quebrei uma unha e só vou ter um prejuizo financeiro de médio porte. Porém, o que importa aqui é o princípio: atentados contra a vida. Quando a pessoa chega nesse ponto é porque realmente tem algo que não vai bem. E, mesmo que não haja nada que se possa fazer, algo precisa ser feito. Antes que seja tarde de mais.

Para pensar: por que? por quem? quanto? até quando?

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28 outubro 2008

A portas fechadas

Era um momento privado, com acesso ultra restrito, daquels que nem convidado vip é bem vindo. Era um tempo de calar, de ver um pouco, ouvir outro tanto, pensar o suficiente e esperar muito. A portas fechadas, pelo menos por enquanto. Até a volta.


Aos que seguem:
"Não adianta se preocupar com coisas sobre as quais você não tem controle. Quanto às coisas sobre as quais você tem o controle, Faça algo para resolvê-las, em vez de ficar se preocupando."


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08 outubro 2008

Porque recordar é preciso




07 outubro 2008

If not


If I were not myself, I woudn't mind beeing her - or something like it.

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06 outubro 2008

Mais do mesmo

Acho que é a Lei da Inércia que ­regula o movimento das coisas. E deve ser por causa dela que nada permanece do mesmo jeito por muito tempo – embora que os conceitos de muito tempo e pouco tempo dependam, segundo a lei da Relatividade, do ponto de vista do observador.

O bacana de aplicar a física (ok, quem vive de confeitar pode se dar ao direito de escrever assim) ao dia-a-dia é que ela mostra quanto paradoxais as coisas podem ser. Há certezas que nos são inabaláveis – coisas que pensamos que vão seguir pra sempre de determinada maneira, especialmente quando é do jeito que queremos – até que elas caem por terra. E via de regra quando os portos-seguros da gente viram apenas mais pontos de interrogação, é ruim.

// que me perdoe a criatividade, mas não consigo pensar em outra forma de introduzir uma idéia contrária a não ser dizendo // Por outro lado, a repetição nos cansa, a alguns de nós. A falta de mudança nos cansa. E quando chegamos a um ponto tal de saturação, os dias, as tarefas, tudo vira mais do mesmo. E quando a gente pensa: ‘puxa, mais do mesmo’, é porque talvez seja a hora de mudar.

Ps.: com a frustração de quem gostaria de poder fazer mais por kassandra. And for herself.

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01 outubro 2008

Uma relação dualista

Copiei esse título de uma newsletter que recebi. Porque faz tempo que queria escrever esse post, mas sempre sem sucesso. Então resolvi começar com um plágio, pra ver se desencantava.
Queria escrever sobre apreensão: em relação àquilo que se saber que vai ocorrer e em relação a outras coisas que se quer que aconteçam. Saber que algo vai acontecer é um fardo inexplicavelmente pesado porque coloca a pessoa na obrigação de se preparar e tira dela o álibi do 'elemento surpresa'. E reforça aquele pânico, porque, às vezes, não há nada que se possa fazer.
E queria escrever sobre incerteza e sobre como seria bom poder saber o que não se sabe e se quer descobrir. Mas não posso. Hoje, eu sou um paradoxo como aquele personagem de Alice no país das maravilhas, que está sempre parado e mede as horas em um relógio parado.

29 setembro 2008

Make a wish, make a wish



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26 setembro 2008

Muito

Era perto das 20h30 -mas bem podia ser qualquer outro horário, porque a cena era uma daquelas que se repetia muito - e ela lembrou de policiar o pensamento. Assim, de perto, o efeito devia ser maior. Só que ela não podia se concentrar muito bem porque tinha um pouco de medo de ser descoberta. 'E se sua mente pudesse ler lida? Que constrangimento seria'. Além do que, ia matar a espontaneidade, e ela queria que fosse super espontâneo, se fosse pra ser.

De onde estava, conseguia capturar detalhes: os dedos, que eram finos, mas não afinados, do tipo que parece um obelisco, e as unhas, um pouco largas demais. Pensava que uma mão mais delicada combinasse melhor.

Via também um pouco do contorno dos olhos, que àquela luz e àquela distância, não tinha marcas. Estava particularmente bem naquele dia, embora já tivesse visto aparições incomparavelmente melhores.

Meio que sem jeito, travava um monólogo mental, repetindo sempre a mesma pergunta, com um mantra, enquanto olhava. Embora sua dedicação fosse grande, tinha uma ponta de receio do que aconteceria se não desse certo. Uma frustração tão grande capaz de romper a boa relação com o universo, sobretudo depois de tanto esforço. Era preciso que aparecesse um sinal, ou que ela conseguisse ler algum tipo de sinal.
O medo era só que tudo isso não passasse de uma perda de tempo, sem objetivo, como esse post. E não, dessa vez não é sobre um assunto recorrente.

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23 setembro 2008

Vale ler

Setembro de 2008 | ZH
MARTHA MEDEIROS

Passeio completo

Outro dia o programa Saia Justa mostrou uma reportagem sobre as bonitas e doces mulheres da Guatemala, seus hábitos e costumes. A matéria era focada em moda: elas mostravam o seu jeito de vestir, suas tranças e suas estampas. Assim que o sol desponta, essas mulheres se preparam para o dia com muitas saias e blusas coloridas, que denunciam um astral de celebração que dura de segunda a segunda. A repórter então perguntou: “E o que vocês vestem em dia de festa”? A resposta: “A mesma coisa”! No máximo, estréiam uma roupa nova, mas não diferente das que costumam usar em suas tarefas cotidianas.

Isso me fez lembrar de uma teoria que eu defendo e que não sei se serve apenas para mim ou se as companheiras concordam: em dia de festa, nunca ficamos tão bonitas quanto no dia-a-dia.

Quando eu chego numa festa, geralmente penso: que trabalhão deu para cada uma de nós se enfeiar. A maquiagem é demais. A base no rosto envelhece. O brilho é vulgar. O salto nos deixa capengas. Há excesso de adereços. Todas olhando pro celular para ver que horas são (mulher quase nunca usa relógio de pulso em festa), contando os minutos para voltar pra casa, passar um demaquilante no rosto, colocar uma pantufinha nos pés e cair na cama para, no dia seguinte, aí sim, vestir um jeans, uma camisa branca, amarrar uma echarpe em volta do pescoço, passar um blush e voltar a ser uma mulher sensacional.

Rituais, essa praga. Me convidem para uma balada mais chique e entro automaticamente no meu inferno astral. Missão: montar um personagem e deixar de ser eu mesma. Pronta para a guerra, me olho no espelho e pergunto: quem é essa vestindo uma peça de roupa que ainda não foi totalmente paga e que daria tudo para estar com a mesma camiseta que vestia à tarde?

Não que eu seja uma vítima da moda. Em dia de festa, tomo banho e coloco uma roupa nova, ao estilo guatemalteco, mas é preciso seguir as regras da sociedade, que é carrasca: não posso ir de qualquer jeito num casamento, usar um vestidinho de algodão num jantar cerimonioso, vestir bermuda na hora de percorrer um tapete vermelho.

Tapete vermelho: de onde tirei isso? Baixou Hollywood na crônica. Mas serve como metáfora. Estique um tapete vermelho em frente a qualquer mulher e ela arriscará um penteado que a envelhecerá 10 anos, passará um batom escarlate que a deixará igual a uma dona de inferninho, usará uma bolsa minúscula em que não caberá nem a chave de casa e se atreverá a usar uma cor inusual que afugentará qualquer candidato a marido – mas ela já tem o seu garantido, lógico. E o coitado ainda será obrigado a dizer “você está linda”, torcendo para que aquela estranha seja mesmo a mulher dele.

O mesmo tipo de roupa para o dia, o mesmo tipo de roupa para a noite e o mesmo para festas - isso sim é personalidade e estilo. Um dia quero ser moderna como as camponesas da Guatemala.

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22 setembro 2008

sobre sonhos

Você pode me chamar de amarga ou de pessimista, mas a verdade é que eu sempre tive um quê contra sonhos. Sempre me causou um pouco de irritação ouvir alguém dizer: meu sonho é tal. Não gosto quando as pessoas ficam sonhando seus sonhos e não fazem por merecer sua realização. Se você sabe seu sonho, vá lá e o alcance. Sem corpo mole (ok, se a pessoa tem uma doença pra qual não se conhece a cura ela pode dizer “meu sonho é que se descubra a cura” – mas em nenhuma outra situação isso vale).

Isso porque o difícil na história é SABER o que realmente se quer. Uma vez que você venceu essa etapa de confusão mental, ora, mãos à obra. Respeito muito quem vive a indecisão, porque isso é algo que rouba tempo e poucas vezes um tem o poder de resolver a questão tão rápido quanto gostaria. Mas quem tem as certezas e não age me causa um certo desprezo. A apatia me incomoda.

Se você realmente tem um sonho, vai pensar em todas as estratégias que precisa seguir para alcançá-lo e vai cumpri-las com uma disciplina franciscana. Todas as noites você vai deitar dez minutos antes e ficar imaginando como vai ser conquistá-lo. Você vai dominar os seus impulsos e se comportar exclusivamente pra conseguir o que quer. Se você não estiver focado quase ao ponto da obsessão, então desculpe, não era um sonho. Era uma desculpa pra fugir do real sonho.

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18 setembro 2008

Linhas

Depois das retas e das curvas, as linhas:

Existe uma linha muito fina entre ser 'não-óbvio' e ser 'sem-noção'. E ela passa pela loja onde vende o bom-senso.


Em tempo: contagem regressiva para o início do inferno astral já, já.

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16 setembro 2008

][

Tem vezes que só o que um quer é um abraço - não daqueles breves, de um oi, mas do tipo que faz soltar o suspiro que estava preso no peito.

09 setembro 2008

Da infância


Minha época de infância na escola tem uma meia dúzia de lembranças que eu pra sempre vou citar aqui. É algo como a expressão 'ciclos de vida' nos tempos de faculdade.

A história-em-tons-de-sépia de hoje traz um texto apresentado numa aula de Leitura e Interpretação (quem mais estudou em 1915?). Bom, o conteúdo eu não lembro bem, mas a interpretação que a professora fez era de uma estrada - e as retas e as curvas. As retas são seguras, calmas e previsíveis, a gente enxerga direitinho tudo o que está por vir, mesmo que lá ao longe, muito longe. As curvas trazem ansiedade porque a gente nunca pode saber com certeza o que elas escondem depois de contornadas. Tem que virar pra ver.

Agora, estou andando em um estrada reta, mas ao longe (embora não tão longe que não possa ser identificada em um calendário) eu vejo que se desenha uma curva, e não uma curva qualquer, mas daquelas muito acentuadas, que te tiram o fôlego - e por isso que eu já estou começando a ofegar.


04 setembro 2008

Not going to


Não vou ao show da Madonna no Brasil. Não consegui nem tentar comprar os ingressos. E se é pra ver de arquibancada .. well .. fuck of. Pena, porque deve ser o último que ela faz em vida por aqui. Quer dizer que vou morrer sem ver um show dela ao vivo. Eu não sou uma pessoa que tem ídolos (quem começou a pensar nas minhas obsessões, de novo: fuck of). Fã, só fui dela, na adolescência. Shows, não curto. Só me abalaria até SP pro dela. Imaginem a frustração.

Eu tenho várias frustrações em nível surreal de realização. Queria ser freira, mas e se quisesse ter filhos, ficaria como? Entre escolher uma frustração e outra, larguei o hábito – mas super passaria seis meses em um convento, just in case de ser minha true calling.

Depois, queria ser veterinária, mas morria de medo de atender, sei lá, um tubarão, e ele me morder. Não, o negócio era algo do tipo ‘Como vacinar um doberman?’ Desisti. Mas mantenho o sonho de ter um mini-zoo em casa. Tenho dois cachorros já. Tinha três, uma vez.

03 setembro 2008

da radio tapajós

Solidão não é a falta de gente pra conversar, namorar, passear... isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é um retiro voluntário que a gente se impõe, as vezes, para realinhar os pensamentos.... Isso é equilíbrio.
Tampouco é claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado tampouco a plenitude de gente a nossa volta isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto. Solidão é quando nos perdemos da maior e melhor amiga, as nossa maior e mais forte aliada, da nossa maior e mais completa companhia...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos, em vão, pela nossa alma.

Isso é o sintoma da depressão – Doença que tem levado ao desânimo e à tristeza profunda milhares de pessoas. Depressão é a perda da alma, sem conexão sagrada que deve existir em nosso corpo e em nosso espírito. Solidão que nos leva ao desespero e a depressão é o rompimento entre o que temos vivido e o realmente somos; é a falta de comunicação sincera entre o que aparentamos e o que trazemos no coração. Seja coerente consigo mesmo. Aprenda a ouvir o seu coração. Faça-se as mesmas perguntas, quantas vezes forem necessárias: “O que é pra mim? “O que é certo e errado? “Quem eu sou, a respeito do que querem que eu seja”? E quando você conseguir responder a si mesmo: todas as perguntas e agir conforme as suas próprias respostas, então não será mais só, porque terá a si mesmo de verdade e por inteiro, com calma, espírito e coração.

25 agosto 2008

Falling down

Quando abri a janela do navegador pra escrever essa postagem, pensava em relatar no texto algo que havia pensado em fazer hoje - ou que, pelo menos, gostaria profundamente de fazer e que ajudaria muito a aplacar toda a ira que tenho em ponta de estoque - mas parece que já fizeram isso antes de mim e colocaram em um filme ...

21 agosto 2008

(in)sone

Sempre tive inveja de quem tem insônia. Embora saiba que uma noite bem dormida cure qualquer coisa, acho um charme quem não consegue dormir. É algo nobre e poético: fico pensando em todas as possibilidades grandiosas que eles imaginam, nos planos e idéias geniais, nos dilemas e nas dúvidas cruciais que carregam na cabeça aqueles que, à noite, não conseguem dormir.

Penso nos insones escorados no para-peito da janela, matutando soluções para o insoúvel, enquanto bebericam suas xícaras de chá ou contemplam o refexo de suas olheiras no vidro. Penso nas conversas que eles ensaiam enquanto viram de um lado para outro da cama, sob cobertas revoltas, na esperança de consertar o que lhes aflige.

E, enquanto faço tudo isso, adormeço pra sempre e pra nunca mais acordar. Porque eu ainda não perdi o sono. Talvez por não passar uma boa noite acordada, pensando, que eu viva parte dos dias como se estivesse em transe.

19 agosto 2008

um e outro

Um tinha toda vontade do mundo de se fazer e sentir necessário.
Outro tinha uma necessidade bem grande de se sentir seguro.
Um tinha desejo de que a opinião lhe fosse tomada, sempre.
Outro gostava de pensar tendo como base a fala inicial de alguém.
Um era forte.
Outro era sensível.
Um era teimoso.
Outro era orgulhoso.
Um abraçava.
Outro se encostava.
Um queria, muito.
Outro, Um esperava que também.

15 agosto 2008

E se não?

A gente costuma se perguntar várias vez o que faria se tivesse mais tempo, se ganhasse mais dinheiro, se fosse tirar uma férias, se morasse na Sibéria e fica viajando nas respostas. Mas é com bem menos frequência que a gente pergunta o que se faria na ausência - na nossa própria ausência. O que os outros fariam se de repente a gente não mais existisse? Quem se importaria?

O que diriam? Quem sofreria mais? Quem sofreria de saudades e quem sofreria com a perde de uma comodidade? Quem ficaria no seu lugar? Quanto tempo depois você não mais seria lembrado? Aquelas pessoas que hoje são tão próximas, será que elas conseguiriam dar a volta por cima? E será que a gente ficaria contente por elas? Você realmente é tão necessário quanto pensa ser? Você sabe de quem seriam as lágrimas mais sinceras?

E como teria sido a vida dessas pessoas todas que você conhece se você não tivesse topado no caminho delas? E como seria a sua vida se elas não tivessem topado no seu caminho. Como você pode avaliar se o que tem é melhor ou pior do que aquilo que desconhece? Como você sabe se acertou ou errou se nunca pode experimentar os dois lados?


Não, não. Não precisam aplaudir a minha criatividade de trazer ao blogue um tema que já inspirou, sei lá, pelo menos trinta mil obras entre livros e filmes. Foi uma idéia que apareceu enquanto eu estava aqui contando os pêlos que encontrei na casa do ovo. Bom, não sei pra que essa ressalva - tem um ditado que diz: não se justifique demais. os amigos não precisam, e os inimigos não acreditam.

13 agosto 2008

Frase do dia

A vida é uma eterna dança de salão: um passo pra frente, dois passos pra trás.

11 agosto 2008

dor de antes

Eu tenho uns fantasmas que ficam escondidos na minha essência e que as vezes aparecem e quando isso acontece é um ninho de trevas que se ergue por dentro porque eles trazem um passado que me deixa doente, que vem com uma angústia e uma ansiedade de quem não quer ser esquecido e de quem é dor e é saudades, de quem tira o ar e faz prender a respiração. É um suar frio por dentro, de coisas que foram e que passaram e que não vão voltar e que não se pode consertar e que não se pode reviver e não se quer que se repeitam e que não se consegue mudar para que não se repitam. É de um transtorno que faz querer gritar um grito mudo que só não é mais alto que a vontade de fugir, correr, voar, ir longe, bem longe, muito longe de tudo, porque tudo é mágoa, e é ressentimento, e é duvida, muitas dúvidas, porque o não-dito corroi do mesmo jeito que antes, e pior, porque o tempo passa, mas isso não passa, só volta como um ciclo sem fim de gente que tem que atuar por todo o sempre porque ninguém vê e ninguém percebe o que se faz e porque a gente erra hoje do mesmo jeito que ontem e não tem nada nada que se possa fazer. Não há nada mais que se possa fazer.

09 agosto 2008

Da série Diálogos

R: Eu já teria te mandado embora há um ano pelo menos.
P: É?
R: Não sei como tem tanta paciência.
P: É, fazer o que, eu sou a melhor na cidade, mas tenho um gênio do cão.
R: Talvez não precisasse ser 100%, que fosse 80% mas que falasse as coisas quando precisa.

Felizes das fichas que caem.

05 agosto 2008

Silence

às conversas que nunca acontecem, sempre ficam pendentes.

03 agosto 2008

Muito prazer, Fritz e Frida

Começou como qualquer outro programa de fim de semana que eu faço: um saco, porque uma vez tendo colocado o pé no escritório, só deus sabe quanto custa sair de lá antes de atingir o tal 'estágio exausta'. Mas, enfim, Kassandra havia convidado e comemorar o 'dia 6' era preciso. Então eu fui, no meio da tarde de sábado, rumo a Nova Petrópolis, assistir ao festivel de folclore - alemão, in case you wonder.


Claro que nossa recepção ao chegar na cidade foi feita por pessoas com meias brancas até o joelho e toucas que não sei como descrever, mas vou procurar uma foto pra ilustrar, dançando alegrementa na rua. Na pista contrária pela qual trafegávamos. Ok, NP é isso aí e vamos pro boliche, que aí fica tudo em casa. Lá foi o lugar das conversas do fim de semana e encher as fuças de cerveja preta.


Como bons falsos representantes de imprensa, o espôso e eu fomos assistir a tal abertura do Festival - que foi executada exatamente como ensina o livro de cerimonial e protocolo (que eu tanto aprendi a amar e obedecer) só que ao contrário. Vamos aqui abrir um parênteses para comentar as gafes, no post abaixo.

Conhecemos o Pacato. A lembrança que eu tinha dele era a de um homem mudo (sim, uma pessoa imaginária, antes de tudo, mas ok, pulemos essa parte). Turns out que ele foi, de longe, o mais falante da noite. E deve ser incorporado ao grupo. Marido aceito, polegares pra cima. O Conselho sempre sabe o que faz. Ps.: Simulações de sexo sempre são engraçadérrimas.


Simpático o hotel jabá onde ficamos. Parecia uma casa colonial. Quando nossos estômagos começavam a voltar ao tamanho normal, depois da comilança enquanto aguardávamos que os tais alemães dançassem suas danças, encontramos umas cinco mesas cheias de comidas-que-não-podiam-deixar-de-ser-provadas no café da manhã. Tivemos que voltar para o quarto e dormir, tamanho o cansaço de tanto comer já cedo de manhã.

Nada que umas boas quadras de caminhada pela Europa não resolvessem. Trezentos reais depois, voltamos para a terrinha com o saldo de ter passado, pelo menos, três horas inteiras (e despertas) sem pensar em trabalho.

Há que se dizer: dar um tempo pode não resolver os problemas, mas ajuda a gente a não suar frio antes de pensar em encará-los.

O dia em que o cerimonial morreu

Ok, foi um protocolo bilingue, isso eu tenho que considerar. Talvez, então, as regras do cerimonial e protocolo vigentes no Brasil não apliquem. Se fossem aplicadas, teriam sido descumpridas. Todas. Isso porque:
- todas as pessoas presentes foram citadas. solenemente resolveu-se ignorar a regra de importância de cargos e hierarquia. O que eu quero dizer é que todos os 'sub' possíveis foram citados - e não imagine que isso tenha ocorrido pela ausência das autoridades oficiais, porque elas estavam todas lá, e foram citadas na meia hora inicial do cerimonial;

- a mestre de cerimonia devia, por lei, ser proibidade falar. Quem tem voz ruim precisa, pelo menos, ter o bom senso de permanecer em silêncio o maior tempo possível, não se adonar de um microfone.

- Pelo título desse tópico, "Problema técnico relacionado ao CD", você automaticamente entende que havia um cd de músicas preparado para o encontro e, na hora da execução, uma das faixas teve um piti e resolveu não rodar. E, imagina, as pessoas haviam ensaiado meses pra dançar com aquela maldita música! Resultado: uma mega pausa de meia hora no evento, pessoas em fila com galhos de flores nas mãos esperando pra saltitar pelo salão, uma platéia batendo não palmas, mas os pés no chão, enfurecidamente, protestando contra a demora, e uma série de pessoas da organização se olhando com cara de repolho e dizendo: 'não sei o que está acontecendo'.

- Felizmente na hora do incidente todos já haviamos servido comida típica em nossos pratos duralex cor marrom. Por comida típica entenda-se sxchuckrutsz (acho de bom tom avisar às pessoas que isso tem gosto de vômito antes que elas resolvam experimentar), massa com molho bolognhesa (pq a tarantela faz escola, não adianta) e chop de uma cervejaria que, quem diria, fica em Bento Gonçalves!
Correndo o risco de cair no óbvio, acho muito importante ressaltar que saí de Bento Gonçalves para acompanhar um festival da cultura típica alemã onde era servido o melhor do chop bentogonçalvense. E depois EU sou a irônica!?

31 julho 2008

do mesmo jeito

De manhã, fora um suspiro confortante de bem-querer-ver-logo. À noite, tinha se transformando em fastídio. Era apenas mais um pouco do mesmo sendo acrescentado na conta diária de frustações (conselho para investir, as taxas de juro são ótimas). Na luta constante pra criar subterfúgios, era uma combinação de palavras aqui, uns gestos ali, e, com um pouco de benevolência no ponto de vista, pronto, dava para insistir mais um tantinho.

Perto de quando as folhas do calendário estavam chegando na hora de virar, aquele dia quase que se repetiu. Talvez ainda um pouco menos intenso, mas o mesmo em sua essência. Era daqueles momentos que definem pelo sim e pelo não, pelo ir e pelo ficar. E, embora ainda não tivesse chegado a hora, em definitivo, eram o não e o ir que assinavam a compra do direito de decidir.

É porque tem coisas que são para não dar certo, e sempre se sabe quando não é pra dar certo, mesmo que se jogue uma camuflagem pra ganhar algum tempo. Mas quando os dias se repetem, é aí que a gente sabe que não tem mais volta.

27 julho 2008

Você sabia?!

Que receber um pouco de atenção pode fazer verdadeiros milagres com uma pessoa?

26 julho 2008

Lost in translation


Dominique, nique, nique,
Sempre alegre esperando alguém que possa amar.
O seu príncipe encantado,seu eterno namorado
Que não cansa de esperar.

Dominique tem um sonho e alguém pode realizar.
Há de vir um cavaleiro que a conduza para o altar.

Certo dia de passagem na avenida alguém notou
O doce olhar de Dominique e ela então se enamorou.

O rapaz com um sorriso logo pediu sua mão
E a visão do paraíso fez pulsar seu coração.

Apesar da pouca idade, Dominique percebeu
Que a maior felicidade foi o amor que Deus lhe deu.

Mas o tempo foi passando e a verdade apareceu
Pois quem vive só sonhando dessa vida se esqueceu.

Uma lágrima caída a rolar dos olhos seus
Numa tarde de Domingo o rapaz lhe disse adeus.

Dominique, nique, nique,
Sempre triste a chorar o amor que se acabou.
O seu príncipe encantado, seu eterno namorado
Que se foi e não voltou.

24 julho 2008

da consequências

C: Semaninha meio mórbida, hein?
b: sabe, pior q sinto q vou passar o resto da vida ouvindo por n ter ido no maldito enterro. ou por n ter ido visitar minha mae no hospital. ou por n ter ido visitar meu pai no hospital qnd teve o negocio no coração. ou por n ter ido visitar as dez pessoas q tiveram bebe desde q cheguei aqui em bento gonçalves.

C: Ou seja, não se importa nem com mortos, nem com doentes e nem com vida
b: tão dificil de entender e aceitar?!

21 julho 2008

En: Carta | Momento Clarissa

A você, que tem o meu carinho

Desejo-te felicidade. Toda a felicidade. Não aquela felicidade vazia que a pessoas costumam desejar em vão; nem aquela felicidade de ficção, de um vida sem problemas, sem sofrimento e sem amarguras, poque, essa, nós sabemos que não existe. Para você, eu quero aquela felicidade real, que dura apenas momentos, mas que inunda por dentro. Aquela felicidade que vai te fazer querer abraçar quem estiver ao lado e que vai colocar no teu rosto um sorriso do tipo que eu poucas vezes vi nos teus lábios. Porque eu não consigo aceitar que, no fim das contas, teu saldo seja menos de feliz e mais de infeliz. Porque eu não consigo sentir em ti a felicidade plena e isso me comove. E me entristece. E me faz sentir fúria da inaptidão dos outros em te fazer feliz. E me deixa com culpa da minha própria parcela de contribuição nesse processo de não-felicidade.
Se tua não-felicidade for parte por causa dos não-ditos, quero dizer o que me compete agora, quero falar do carinho todo especial por ti e quero dizer que, em nome de todos os outros que não falam, que eles sentem o mesmo. Digo porque sei o quanto esse silêncio indiferente te machuca. Porque, no fim das contas, você só quer que gostem de ti , eu sei. Porque você, embora seja de amar e de odiar, é mais de amar do que de odiar. É por isso que eu queira você fosse feliz. De verdade.

20 julho 2008

efemeridade

Tem coisas que não são novidades no mundo mas mesmo assim a gente não consegue absorver a moral da história sem passar pela experiência. Hoje falo da efemeridade da vida, porque não consegui achar expressão mais piegas pra definir o assunto.
E nessas horas eu sempre me pergunto por que a gente não valoriza mais aquilo que de mais precioso conseguimos acumular durante a vida, que são as pessoas queridas. Pergunto por que a gente perde tempo com joguinhos e estratégias quando muito mais fácil seria dizer o quanto se gosta e do que não se gosta. Sinto um frio na espinha pensando no tempo que se perde com frivolidades ao inves de aproveitar os bons momentos com essas pessoas. E por que às vezes a gente gasta esse tempo com pessoas que, talvez, nem sejam as mais merecedoras.
E aí eu tenho vontade de abraças as pessoas top e dizer que elas moram no meu coração e que eu simplesmente preciso delas. Mas não posso, porque nós não costumamos sair da caverna assim, por qualquer coisa.

13 julho 2008

Parte do jogo

Há os que vivem a vida simplesmente vivendo a vida. Eles vão levando os dias e lidando com as situações conforme elas aparecem, sem maiores grilos e neuras. Há os que vivem a vida como se estivessem em um eterno jogo de xadrez, onde cada ato deve ser pensado e analisado, onde cada ato do outro deve ser pensado, analisado e interpretado na tentativa de antever o que o oponente prepara.
Nesse jogo de estratégias, vence quem erra menos. Não necessariamente quem acerta mais, mas quem erra menos. Porque uma jogada neutra é, obviamente, nula: não se ganha, mas não se perde; enquanto uma jogada errada pode destruir tudo aquilo que se levou uma eternidade de jogadas certas para acumular. Perde-se um xeque-mate por bobagem. Aí é hora de recomeçar, mas chega um ponto que o ânimo se esvai e o jogador pode dascambar para um belo vêó.



03 julho 2008

Senta que lá vem história

Simbologias relacionadas ao olhar sempre me despertam a atenção. Eu e metade do planeta reconhece de quem são os olhos na frase: “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Fora essa clássica, outra historinha bacana com olhares, e que eu gosto bastante, é a do leão.

Era uma vez um leão selvagem numa savana africana. Lá, ele era mesmo o rei, livre e dono de si. Independente e seguro. Qualquer um percebia – inclusive um caçador, que se encantou com o olhar do felino e pensou que o animal faria grande sucesso na cidade grande com toda aquela presença. Pois um dia esse leão foi capturado e colocado em um zoológico. Claro que ele se debateu, tentou brigar, rosnou, arranhou, urrou. Quando todos pensavam que já não tinha mais forças, brigou mais um pouco. Mas era inútil. Havia as grades, o espaço curto para correr, o horário das refeições. Havia o sistema do zoológico e, por mais forte que ele fosse, não havia nada que pudesse fazer contra isso. E, quando percebeu, ele se resignou. E o caçador, que o havia capturado, entendeu a grande burrada que fizera quando cruzou novamente seu olhar com o do leão: ele estava escuro, distante, vidrado. Ele havia morrido por dentro.

02 julho 2008

Das verdades

P: Resolvi ficar em casa, sozinha. Porque não me custa nada errar o tom e falar alguma bobagem irreparável.

C: Não só não custa como há cem por cento de probabilidades. Tu erra o tom em qualquer sala vazia e sem pretexto. Imagine num caso desses.

P: Eu me viro escrevendo. falando, é o caos.

C: O importante é não errar o tom com quem importa.

(num momento de plágio com o blog do interlocutor)

27 junho 2008

Automático

Na falta de um gancho melhor para começar esse post, e pela preguiça de pensar em algo criativo para o abre (vou preservar meus lampejos, sempre tão raros, pras situações que colocam o pão na mesa); vou de lembrança da infância:

Lembram daqueles papéis de bala de cereja que vinham com mensagenzinhas do tipo 'amar é ..' ou 'libra é signo de ...' pois hoje eu compus mentalmente a minha coleção pra colar na agenda. Começa assim:

- Infantilidade é quando você faz beiço por as coisas não saírem do jeito que você espera.
- Noção é quando você optar pelo silêncio porque sabe que, se abrir a boca, vai fazer estrago.
- Auto controle é realizar mentalmente que as coisas precisam seguir em frente, conter as reações e tocar o barco.
- Atitude é quando você sai para dar uma volta ao redor da quadra, compra um café com leite e regula os índices de adrenalina e glicose no corpo.
- Humildade é quando você admite que nem sempre age da melhor forma possível e tenta, do seu jeito, remediar a situação, e, a seu modo, esboçar um pedido de desculpas.
- Tranquilidade é quando você analisa e percebe que não fez tudo completamente errado, que o caos não vai necessariamente se instalar por causa da sua imaturidade emocional frente aos problemas, e que, dentro do possível, está tudo bem.
- Frustração é quando cada vez mais aparece a certeza de aquela voz dizendo 'cuidado, perda de tempo' estava certa.

23 junho 2008

Back to black

Seguindo a onda pop, eu vou de back to black. Porque agora sim, chega de palhaçada. Cada um com sua vida sob seu controle e sua espada em punho. Chega de só fazer reclamar né, porque de gente uó o mundo já tá cheio por aí.
Quer ver feito? Faça.
Quer que os outros saibam? Fale.
Ficou com dúvida? Pergunte.
Não gostou? Reclame.

E às favas com os mal-entendidos, meios-termos e ditos-pelos-não-ditos.

21 junho 2008

Matou.

A Zero Hora de hoje pegou e matou a charada. Olhem só:

Chama esgotada

Exauridos física e emocionalmente, profissionais adotam comportamento frio e cínico no trabalho, condição conhecida como burnout

Três em cada 10 profissionais brasileiros estão passando por uma preocupante mudança de comportamento causada pelo estresse crônico no trabalho. Eles não faltam ao serviço, mas passam a encarar as tarefas e os colegas com frieza e distanciamento. Desprezam as conquistas e vêem os novos desafios como inalcançáveis. A eficiência cai e, com freqüência, sentem-se péssimos por isso, mas não conseguem mudar. A chama do idealismo que os mantinha na luta se apagou.

Desde a década de 70, pesquisadores tentam entender como e por que bons trabalhadores acabam se tornando mortos-vivos no emprego, condição que médicos e psicólogos chamam de síndrome do burnout. Oriunda do inglês, a expressão significa fogo incontrolável e destruidor - o que em português passou a ser sinônimo de esgotamento. Diferentes teorias mostram que o estágio mais devastador do estresse que atinge 30% da população economicamente ativa brasileira, segundo uma pesquisa inédita da International Stress Management Association (Isma-BR), tem uma íntima relação com baixos salários e longas jornadas de trabalho. Agora, um novo estudo conduzido pelos maiores especialistas em burnout do mundo, os psicólogos Christina Maslach e Michael Leiter, revela que esses não são os fatores cruciais. Após avaliar 992 funcionários de uma universidade, eles descobriram que a falta de consideração e as injustiças no ambiente laboral estão na origem do comportamento zumbi assumido por profissionais esgotados.

- O principal fator é a falta de transparência sobre os valores corporativos. Quando as organizações falham nesse quesito, os funcionários se tornam mais suscetíveis ao burnout - detalha Leiter, co-autor do livro traduzido para o português Trabalho: Fonte de Prazer ou Desgaste? e um dos palestrantes do 8º Congresso de Stress da Isma-BR, que será realizado de terça a quinta-feira, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael, na Capital.

Em entrevista ao caderno Vida, Leiter disse que a percepção do funcionário de que ele está sendo avaliado e tratado injustamente apareceu no estudo de muitas formas: tanto na figura de um supervisor desrespeitoso quanto na recusa mal explicada de uma promoção. A má notícia é que ninguém está imune ao estágio mais avassalador do estresse. Estudos mostram que os ingredientes que diferenciam um profissional no mercado - como a motivação, por exemplo - podem ser os mesmos que o levam ao esgotamento. Outrora idealistas, os trabalhadores acabam desenvolvendo mecanismos de defesa, como a frieza e o cinismo depois de anos de frustração e falta de reconhecimento.

Essa pode ser uma das explicações para o alto índice de burnout encontrado por uma pesquisadora entre professores da rede pública no Brasil. Ao tentar identificar em mais de 8 mil docentes da Educação Básica de um estado da região Centro-Oeste a presença dos sintomas que caracterizam a síndrome do burnout, a pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Nádia Leite descobriu dados estarrecedores. Cerca de 15,7% dos docentes tinha a síndrome e quase 30% apresentaram exaustão emocional em nível considerado crítico. Ou seja, estavam à beira do esgotamento total. A baixa realização profissional foi citada por 31,2%, enquanto 14% estavam distantes dos alunos.

- O burnout não é nem mais estresse. Com estresse, a pessoa luta. No burnout, ela desiste de lutar e perde as condições de se reabilitar sozinha. Mas continua trabalhando. Por isso, é uma desistência simbólica. Ela está e não está em sala de aula - explica a psicóloga Nádia Leite, colaboradora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB.


18 junho 2008

ao meu amor

Ao meu amorzinho, se eu não digo com a frequência que deveria, deixo aqui pra rever sempre que quiser:
ti amu!

Ninguém.

17 junho 2008

Quimera

Quisera eu poder olhar para trás e não ter rapidamente que voltar os olhos para frente pela vergonha de ver o que está para ser visto. Quisera eu não sentir aquele mal-estar subindo pela espinha ao lembrar de todos os silêncios de chumbo, das palavras perdidas e das mal colocadas. Quisera eu não sentir o gosto acre das vezes em que joguei o jogo da indiferença e fiz o contrário do que deveria; não ver a sombra que se fez na muralha da minha insegurança e que matou talvez as mais belas flores que pudessem haver pelo caminho. Quisera eu ter sido sempre mais eu - e quisera eu ser mais eu também agora, para dizer algo que já não tenha sido dito, usando palavras que já não estivessem cansadas de serem repetidas.
Quisera eu saber que, daqui a pouco, então, poderei olhar o que ficou com outros olhos e ver outras formas. Mais quentes, mais alegres, mais nossas. Mas, como todo pseudo-escrito que rabisca sua poesia, embora na forma de prosa, prevejo que o desfecho nem sempre tem o colorido que a gente espera, e que a vida deixa seus rastros em tons de sépia, mesmo com uma borboleta na história.

12 junho 2008

seguinte, o dia.

Ela sabia que tudo não passava de ilusão - até mesmo quando fingia que encontrava alívio naquela forma de desabafo. O passar dos dias era, afinal de contas, um se enganar sem fim, daqueles em que se segue virando a próxima página não por esperança de encontrar algo melhor, porque se sabe que não, nem por teimosia, mas porque se sabe que o deixar de agarrar aquele fio é igual ao desistir.

Ela ia levando, então. E quando estava tudo bem, erguia a sobrancelha como que espreitando a chegada do ruim, tal como aquele que anda pela estrada reta e aperta os olhos em busca da curva. E, quando estava tudo bem, ela se auto-sabotava, germinando o ruim ali dentro, tal qual o andarilho que, embora com o lápis na mão, insiste em desenhar pedras no caminho.

11 junho 2008

no ar

08 junho 2008

Sing a song

Sempre com as músicas mais apropriadas para o momento.

Quero ver você não chorar,
Não olhar para trás,
Nem se arrepender do que faz.

Quero ver o amor vencer
E se a dor nascer,
Você resistir e sorrir.

Se você pode ser assim,
Tão enorme assim eu vou crer
Que ninguém é triste
E que no mundo existe amor.

07 junho 2008

rapidinhas

- quem mais é do tempo quem se ia à biblioteca fazer pesquisa para os trabalhos da escola e voltava para casa com várias folhas escritas à mão e outras tantas xerocadas para, depois, passar tudo para folhas de papel pautado?

- relaxante muscular deveria ser distribuído gratuitamente nas ruas. parece que meu cérebro mora numa nuvem.

- ninguém avisa que andar de karts é extremamente fedorento. eu aviso: quando for, vá com roupas que possam ser descartadas depois.

- pensar nas pessoas com carinho é otemo (ok, deve ser algum resto do efeito do relaxante muscular).

04 junho 2008

Look at me, please.





no words can do it

There are days when no words can describe how on feels like.

resta abstrair. e colocar um fundo branco no blogue.


02 junho 2008

Era uma vez

Era uma vez, num reino muito, muito distante, uma princesa que se chamava Feliz. Feliz era uma jovem de seus 20 e poucos anos, com a sabedoria de quem já tivesse vivido muito séculos, e a motivação de um dia de sol que recém desperta. Era segura e confiante, sem deixar de ser simples e humilde. Feliz era querida por todos seus súdidos porque era simpática e agradável. Por isso tinha bons amigos, que enfrentariam infinitos exércitos por ela.
Com o poder da palavra, encantava a todos ao seu redor. Falava o que precisava ser dito e nunca magoava seus interlocutores. Sempre tinha algo de positivo para dizer e seus conselhos eram buscados por gentes de todos os povoados. Mesmo assim, Feliz era atenciosa com todos. Ela nunca estava sem tempo para coisa alguama, pois suas ações eram rápidas e despachadas. Sua capacidade de decisão era admirada por todos que convivam com ela.
Feliz tinha ao seu lado um belo príncipe com cabelos cor de ouro, que cuidava do reino com tranquilidade e serenidade. E eles viviam de mãos dadas, sempre. Os tempos eram de paz e harmonia e Feliz não chorava nunca.
E ela viveu assim, Feliz, para sempre. Fim.

27 maio 2008

Dos diálogos que ficam

B: Comecei a falar sozinha ... Isso não é bom, né?!

K: Claro que é... Se podemos trabalhar sozinha, se foder sozinha, se virar sozinhas. pq não podemos falar sozinhas????

you just don't

When you just can't get things done.

26 maio 2008

Para trás

Coisas que ficaram para trás na estrada da vida:

- tarde preguiçosa, na frente do colégio, vendo as pessoas passarem
- sessão da tarde com chuva e biscoito recheado
- café no fim do dia, jogando papo fora
- seriados na tv, de noite, madrugada a dentro
- cinema de tarde, em dia de semana
- conversas no telefone, por horas e horas
- diário
- ...

conjunto vazio

Tem horas que o silêncio é bom e necessário.
Tem horas que o silêncio pesa.
Tem horas que o silêncio incomoda.
Tem horas que o silêncio acostuma.

22 maio 2008

Sol

Eu nunca gostei muito dos dias de sol e ceu azul - especialmente quando em fins de semana ou em feriados. Sempre tive a sensação de que o sol lá, parado, lançava um olhar de desafio às pessoas: estou fazendo a minha parte, quero ver, agora, vocês se divertindo. E sempre ficava com a impressão de que debochava dos que não eram absurdamente felizes com sua presença. Para mim, dias de sol vêm carregados de uma insuportável obrigação de prazer, lazer e diversão. Antes de tudo é um grande desconforto. O sol, com sua exigência de diversão, causa desconforto porque joga luz sobre o tédio da vida das pessoas e suas amarras a coisas talvez não tão recomendadas para ilustrar um comercial de margarina, mas nem por isso menos interessantes.
Óculos de sol, cortinas fechadas e espera pelas nuvens.

20 maio 2008

dos hábitos e das rotinas

A vida da gente é um conjunto de hábitos e de rotinas. E também de não-hábitos e não-rotinas. São algumas coisas que nos conferem a sensação de estabilidade nessa zona que é a vida. Por isso que a gente se apega a elas. Lugares. Companhias. Programas.

Dá pra dizer que é, no mínimo, uma experiência interessante a de se passar algum tempo afastada desses pilares. Porque obriga a gente a ver as coisas com uma percepção um pouco diferente. Porque dá uma sacudida na nossa postura. Porque, enfim, abre a janela, para o sol e para a chuva.

Outro negócio legal também é que a gente acostuma. Para o bem ou para o mal, a gente acostuma.

Dizem por aí que o tempo é o melhor remédio. Mesmo quando não há uma doença, um pouco de tempo é sempre bom. Sempre permite ver as coisas com o tão querido distanciamento que se precisa.

E um pouco de otimismo também. Um pouquinho de fé que as coisas vão acabar dando certo, pra colocar do lado do relógio, que marca a passagem das horas.

14 maio 2008

amargura. lágriama. silêncio.

Uma vez na escola uma das professoras de português mais legais que eu tive - e uma das primeiras insanas que me despertou pra escrever, a prof. Vera - deu um exercício pra gente que era descrever um profissional com palavras. Uma por vez, sem formar frases. Não consigo lembrar os detalhes, mas acho que só valiam substantivos, de qualquer classe, mas só substantivos.

O exemplo que o livro dela dava era o de um publicitário, e, ao ouvir a rotina, fui a única que acertou (daí decidi que gostava daquela idéia de cotidiano e segui por alguns anos a idéia de ser publicitária). Na minha vez de escrever, descrevi uma cabeleireira viciada em chicle (era época da novela Quatro por quatro e eu super era fã da Babalu, pros que lembram).

Depois daquele dia, poucas vezes lembrei desse momento. Até agora, quando tive vontade de repetir o exercício. E foi por não conseguir fazê-lo que contei toda essa história.
Talvez tenha conseguido entrar no clima:

Reunião. Conversa. Risos. Confidência. Constrangimento. Brincadeira. Acusação. Culpa. Receio. Aproximação. Reclusão. Aproximação. Recusa. Mágoa. Amargura. Frustração. Lágrima. Receio. Distância. Silêncio. Abismo.

Quem é? Uma pessoa que não sabe a hora de parar.

13 maio 2008

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12 maio 2008

Não é todo dia que se vê

Esses dias eu vi um pastor. De gado. Com um cajado. Era um rapazinho de seus 8 ou 9 anos, conduzindo suas vaquinhas de um lado para outro da estrada. Cajado em mãos, voltou para uma das margens da rua, buscar o boizinho que havia ficado para trás quando meu carro passou. Interrompi a ligação que fazia e desliguei o celular. Afinal, o século II A.C. não combina com um telefone móvel.

07 maio 2008

Dar murro em ponta de faca

Algumas definições interessantes tiradas da Internet:

- É insistir , persistir em algo que se tem quase a certeza de que nao vai mudar.

- Pisar num monte de ***** , ver que pisou e voltar e pular com os dois pés em cima do monte de *****, várias vezes (uma das melhores sínteses visuais, né?)

- Fazer uma coisa idiota, sabendo que ela é idiota!

- Quem dá murro na ponta da faca só vai se machucar e de nada vai adiantar tanto sacrificio ..

- Às vezes vale a pena dar murro em ponta de faca.. de tanto errar a gente acaba encontrando o caminho (sempre tem alguém com lado Pollyana aflorado)

---

"A
té que ponto você está sendo insistente ou persistente em levar à frente o projeto. Aliás, você sabe exatamente qual é a diferença entre insistência e persistência?

Persistência é sinônimo de firmeza e perseverança. Insistência é o mesmo que teimosia. (percebe-se que gosto quando aparece um dicionário né?!) Em momentos de dificuldade, é preciso cuidado para não confundir essas duas palavras, pois elas podem se transformar em ações de sucesso ou de fracasso.

Quantas vezes investimos tempo e dinheiro em um projeto, e os resultados não chegam? Ainda assim persistimos e o desgaste físico e mental começa a aparecer. Ficamos tão obcecados por um objetivo que não conseguimos mais enxergar o tamanho dos obstáculos e a preparação que eles exigem e nem mesmo se o projeto ainda é viável (sim, porque com o tempo, mercado, pessoas e objetivos sofrem mudanças). É aí que a persistência dá lugar à insistência."
(http://www.timaster.com.br/revista/colunistas/ler_colunas_emp.asp?cod=483)

05 maio 2008

Revendo

A saber:

Confiança: Sentimento de quem confia. Segurança de ânimo com que se faz alguma coisa. Crédito.

Segurança: Estado de pessoa ou coisa segura. Garantia. Certeza. Firmeza.

Insegurança: Falta de segurança. Qualidade de inseguro.

Alívio saber que até aí a confusão persiste.

matilha

Somos diferentes quando andamos em bando. Qualquer um que já assistiu discovery sabe os por quês. Somos mais ousados, mais desinibidos e menos preocupados com o que pensam os outros. Afinal, uma vez que pertencemos a um grupo, who cares about the others?! Já fomos aceitos mesmo. É por isso que quando estamos em grupo rimos alto, fazemos escândalos e nem aí pros outros que ficam olhando. Clã fechado dá uma certa autonomia. Poder. Liberdade e sensação de onipotência. Será que as pessoas são mais verdadeiras quando estão sozinhas ou quando estão em grupo? Difícil perceber quando um não está atuando. Especialmente quando um carrega consigo a capa da dissimulação. But, dizem que precisa um tolo para reconhecer outro.

**

Eventos singluares (eventos não são singulares, eles são a culminância de uma série de outros fatores. Singular é o momento em que se percebe a dimensão das coisas) podem, sim, pintar histórias com novas cores. Embora que, no fim, seja sempre um jogo pra ver quem cede antes e quem vence ao obter aquilo que quer. Cada um com suas armas.

--

Bom senso. Meu reino por um pouco de bom senso. Achar a medida das coisas é o que de pior pode caber a uma pessoa. O meio termo, a medida exata, o ponto certo são sempre impossíveis de se encontrar - exceto pela medida que se tem após ter passado por eles. "Ah, devia ter feito um pouquinho mais assim. Se tivesse ido um pouquinho menos longe ...".

//

Quem tem um ensaio sobre espontaneidade planejada pra me mostrar?

++

O livro pra procurar e relever essa semana: O Corpo Fala. Dona Marliva tinha sua razão, sim.

01 maio 2008

Quem?!

Quem vai ter pena de mim, gente?! Quem??

29 abril 2008

Para ler e lembrar

O difícil não é conquistar, mas sim manter.

Por isso que eu sou a favor de que se façam listas, sempre. Faça-se uma lista dos motivos pelos quais se conquistou algo. E se guarde-a em local de fácil acesso, para que no dia-a-dia seja possível passar os olhos pelas palavras e trabalhar para manter o que se tem. Porque não se conquista duas vezes. Se conquista uma vez - e se perde uma vez.
Então, o conselho (de quem passou pelo ponto alto da montanha russa (ok, ele retorna, mas só na próxima volta) é: chegou onde queria? ok. Mire um pouco mais alto e siga em frente pra não perder tudo o que conquistou.

Todo mundo sempre soube que tenho 63 anos.