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26 fevereiro 2011

Mal sem cura

07 fevereiro 2011

uma porção de pipocas

Tem dias em que tudo o que você precisa é uma porção de pipocas. Ou melhor - alguém que se disponha a te fazer uma porção de pipocas. Não digo aquelas de microondas, que basta tirar da embalagem, apertar um botão e pronto. Falo daquelas pipocas de panela, em que a pessoa tem o trabalho de preparar o recipiente com o óleo, aquecer o óleo, jogar os grãos, sacolejar a panela na hora certa, temperar e servir. Ritual completo, seguido de um demorado momento de degustação and a little chat.
Porque todo o objetivo da pipoca de panela é as pessoas reservarem um tempo pra conversar - do momento que medem a quantidade de grãos que vão ao fogo até a hora de passar fio dental pra tirar aquela casquinha, as pessoas podem descompromissadamente bater papo com aquele ar saudosista que grita 'como se fazia uma vez, quando a vida era outra'.
O ritual da pipoca de panela é completo porque, além de ter toda uma longa duração predeterminada que permite uma conexão, ou reconexão, aproxima as pessoas - também fisicamente. Ou como você alcança o pote das pipocas, se estiver sentado a quadras de distância?! Por isso que, se você pensar direito, comer pipoca de panela é praticamente uma celebração dos laços entre as pessoas.


Hoje é um dia triste. Hoje ninguém quis fazer pipoca de panela pra mim.