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27 maio 2009

Melhor ou pior

É fato que as coisas mudaram e não são mais, portanto, como eram uma vez.

Queria que fosse como nos exames oftalmológicos, em que o oculista troca as lentes e pergunta: melhor? pior? e é sempre sabida a resposta, mesmo no caso de dúvida - basta rever a regulagem e a certeza aparece, com o perdão pelo bordão inevitável, diante dos olhos.

Precisava muito de um equipamento desses, onde pudesse responder serenamente: melhor agora ou melhor antes? prefere assim ou prefere assim?

Algo teria que ser inventado para retirar da pessoa a responsabilidade de conviver com aquela frase vira-e-mexe atormetando na cabeça - a vida é feita de escolhas. a sua vida é feita das suas escolhas.

26 maio 2009

On to a winner

Se tivéssemos batizado a dupla, a legenda para essa foto que ilustra a noitada inaugural em frente ao tabuleiro de Imagem e Ação seria a seguinte:

"
Nome da dupla: hoje um nome. Amanhã um mito. Quiçá uma lenda."


Uau, hein. Sentiu o chão tremer por aí??

Era minha falta de modéstia passando.

Escrito nas estrelas

Quanto oportuna a colocação que segue - para os sabedores das minhas ... pequenas fissuras .. das de antes e das de agora - porque inovar sempre é preciso.

26 maio 2009
A recompensa das tarefas em que sua alma está envolvida há de ser encontrada nelas mesmas, no prazer de empreendê-las e resolvê-las da melhor forma possível. Parte dessas recompensas inclui a ampliação de seu círculo social.
(aqui)

ps.: ir-re-sis-tí-vel esse título na primeira vez que posto um trecho de horóscopo no blogue, né.

22 maio 2009

I WIN!

Todo mundo prefere ganhar ao invés de perder. Óbeveo que. Mas tem algumas pessoas que levam mais numa boa a filosofia do 'importante é competir' do que outras, para as quais você não conquista o segundo lugar, mas, sim, perde o primeiro. Eu, particularmente, estou ainda um pouco mais além desse segundo grupo (até nisso tem que estar na frente?!).

Tendo a ficar um pouco competitiva às vezes. Desafio aceito, não gosto quando me ganham. Não lido muito bem com a derrota e posso ter qualquer tipo de reação animalesca quando envolvida em uma disputa. Por isso não me envolvo muito em competições. Acho perigoso.

Exceto nesses últimos tempos: a phirma vem promovendo uma série de atividades de cunho, digamos, recreativo. Estamos já na terceira rodada do Exata na Cozinha (sim, pode me chamar de meste cuca) e recentemente criamos o Torneiro de Stop Amador (um ano inteiro de não-aulas de química finalmente mostraram sua aplicação prática).

Hoje, quando fiz as vezes de psicopata por uma questão de cinco pontos, lembrei da minha infância - e de como minha mãe incitava essa minha competitividade exigindo que eu tirasse as notas mais altas da turma - especialmente mais altas do que uma menina que minha mãe considerava 'achada'. A cada prova entregue eu tinha que ostentar um score superior ao da minha rival.

Pra isso, toda véspera de prova era assim: minha mãe com o caderno na mão e eu recitando página após página, numa decoreba sem fim. Depois dessa preparação, tinha ainda a definição estratégica: 'diz pra ela assim, filha: nem estudei, só dei uma olhada no conteúdo. Assim, quando tu tirar nota boa, vai parecer ainda mais inteligente'.

E 20 anos depois, os traumas se revelam, né, gente. Alguém aí tem uma história mais triste que essa pra contar? Alguém??

21 maio 2009

Sendo brega

Depois de coisas - objetos, enfeites, roupas, etc. - com escudos de clubes de futebol, uma das coisas que eu acho mais toscas no mundo é disparar frases feitas como se elas fossem o elixir da sabedoria eterna.

Hoje uma delas me causou irritação profunda, profundíssima - talvez porque fizesse perfeito sentido e fosse exatamente aquilo que eu precisava ler - ou por seu incrível apelo clichê - mas aí cada um escolhe.

"Aja como se tudo que você faz fizesse diferença. Porque faz."

intolerância


Não venha com tentativas de consertar um erro. Pense antes e não o cometa. Não tenho mais paciência para situações recorrentes. Lembre sempre que certos danos não podem ser reparados, certos desgastes não podem ser revertidos, e certas coisas não podem ser esquecidas. E, mais a mais, sempre vai parecer cinismo diplomático qualquer medida tomada depois. Cuidado, antes que eu não me importe mais.

18 maio 2009

certo e errado

Tem certos conceitos que a gente leva um tempo até assimilar. O da relatividade é um desses exemplos. Especialmente quando mexe com as noções de certo e errado. Porque tudo é uma questão do que, do quando e do como.

Vem um fim de semana que parece dez dias de férias e presume-se que a semana seguinte seria ótima. Isso combina com o certo. Mas aí transcorre o mais sonoro caos e fica tudo errado. E quando a gente pensa que a maldição acabou, se percebe que não. Tudo de novo. É como se estivesse presa numa cadeia do tempo maldita onde só tem quartas-feiras (quarta-feira é o dia da semana que mais odeio), e todas elas acontecem sempre como se fossem uma segunda.

Depois de tanto tempo, saber naturalmente se está tudo bem parece o certo. Então é só silêncio e parece tudo errado de novo.

Espera-se que uma noite de segunda-feira seja de trabalho até mais tarde e café com sanduíche em casa. Isso pareceria o certo. Mas então rola um xis, um sarau improvisado, uns amendoins com chocolate, umas jujubas, um absinto e uma vodka ice e parece mais certo ainda.

Então, entre torcer pelo certo, prever o errado, esbarrar com o certo, e depois da curva topar com o errado, a gente fica ali, cerrando os dentes, porque amanhã de fato É quarta-feira. E hoje, mais uma segunda.

15 maio 2009

confetes II

sobre constatações que os poucos, mas suficientes, anos de vida permitem antever.

** quer ver a espontaneidade brochar na hora é vir com frescura. assim, ó: sai prá lá com afetação, ok? não vem fazendo média o tempo todo que n-ã-o-r-o-l-a. como é que um espera que se consolide alguma coisa, qualquer coisa, quando existe um oceano de formalidade a transpor? aí fica todo mundo com cara de ponto de interrogação pra sempre, porque ninguém nunca sabe que tom usar. aí, pega e não usa nada. então o 'desde sempre' fica com cara de 'primeira vez' e é óbeveo que não flui.

** abre a porta aí, fazendo o favor. li outro dia que as pessoas inacessíveis são diabolicamente irresistíveis. ok, super concordo e acho que a frase ficaria lin-da no nick do msn. mas na prática não é bem assim, baby - como diria minha querida amiga (e quem pode resistir à oportunidade) que finalmente se dispôs a atualizar o blogue com uma certa frequência.
se você acha que dá pé, precisa sinalizar para a outra pessoa que ela é bem-vinda. compartilhar é o canal. é isso que faz a diferença - o que se consegue ter em comum e o que se consegue dividir.

confetes

dos causos e experiências que um pode ter - e das reflexões que pode fazer.

* pegar o elevador num prédio comercial não é algo que devesse causar comoção. porque, assim: o homem inventou a roda, o carro, o avião e o elevador. e conseguiu perfeitamente se adaptar ao transporte oferecido por cada um deles. então, pega aqui na mão, vem comigo pro século XXI e pára com os comentários nada-a-ver do tipo: 'nossa, que tontura'; 'nossa, que enjoo'; 'nossa, que apertado' ou qualquer outra exclamativa. mal dá tempo de ajeitar o cabelo no espelho e já se chegou ao andar pretendido - então, olha só, vamos ficar em silêncio nesse intervalo, que tal? Estranhos não se interessam se a médica te deixou esperando duas horas, se tu tem frio, calor ou unha encravada. Muito menos se tu está toda atrapalhada na hora de apertar o botão (oi?! sim, o desafio de apertar o botão do elevador é o primeiro capítulo do manual 'como sobreviver fora da roça'). Ou pega as escadas, já pensou que passeio mais seguro e agradável?!

13 maio 2009

tea

Bem como Picasso, com suas fases de azul e de rosa, eu tenho meus momentos. Vivo o Tempo do Chá, que aparece na sequência de uma longa, muito longa, bastante longa Era do Café.
Tenho substituido a ingestão excessiva de café (uma térmica por dia é nível moderado, né) pelo saudável e oportuno consumo de chás variados, apostando nisso como tendência para o inverno 2009.

O chá das cinco aqui na phirma ganhou até infraestrutura própria: um baú de madeira, artesanalmente decorado e com uma mega tendência retrô - espaço para assinaturas, resgatando aquela moda colegial de assinar o nome na agenda dos colegas, ano após ano após ano após ano.

Quem também foi beneficiado por essa nova onda foi o comércio local: a aquisição de xícaras para chá recebeu incremento signioficativo nos últimos dias. Eu, que não padeço de falta de recipientes para beber - aumentei o estoque de porcelanas com a anexa.

Dizem que a fé move montanhas. Eu diria que outros fatores também.

12 maio 2009

Explicações

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Quer entender um pouco sobre como são as coisas? Veja aqui.
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10 maio 2009

time machine

A tarde de sexta-feira começou no século XVII, evocando algum lugar como o condado de Devonshire, onde três britânicas donzelas (ou nem tanto assim) reuniam-se para beber suas chavenas de chá, saboreando suas iguarias delicadamente servidas em louças de porcelana, decoradas com flores pintadas à mão.

no escritório, desenvolvemos um sistema de engorda à base de chá de morango e bolo de chocolate com cereja (cortesia daqui), enquanto fizemos todas as piadas prontas possíveis e trocadilhos imagináveis - aproveitando as 24horas de licença onde se pode ser previsível sobre um ebulidor fálico e um doce cujo formato combinou muito oportunamente com o recém adquirido rabo quente.

O começo da noite foi nos anos 60, com meninas de camisola de bolinhas, bobbs na cabeça e troca de confidências sobre amor e suspiros por paixonites improváveis.

no carro, uma caixa de suco, uma caixa de leite condensado, algum bacardi e uma térmica-coqueteleira agilizaram os processos - um deles, o do 'aquece'.



Quando o relógio dava suas doze badaladas, estávamos nos anos 80. Ouvindo REM, servidas por um garçom à la Elvis, num ambiente mega dark, frequentado por homens com jaquetas de couro, bebendo suas bebidas em banquetas do tipo single, e um banheiro psicodélico, com suas paredes cor-de-rosa-tuti-fruti e suas portas animadas.




num bar cool da cidade, que faz o estilo retrô, encontramos Ela - não a dalila, mas a Tequila - que nos acompanhou na experiência de contato imediato de terceiro grau com o E.T (impossível resistir ao momento kitch 'etê, minha casa', com dedo indicador em riste) e no revival da infância e na supressão do trauma 'não tive minha foto com o bozo'. Aliás, poderia ser mais pertinente?!: alô criançada, o bozo chegou, trazendo alegria pra você e o vovô.



Terminando a odisséia, cenas para o álbum 'Meus quinze anos': chazinho fim-de-noite no sofá, café com leite vendo desenho de manhã e um dia inteiro do mais produtivo ócio - na horizontal pra sempre, debaixo das cobertas, analisado o desempenho da equipe de redação dos comerciais da polishop (oi?! quem?!) e da equipe de produção de um certo programa de auditório (de novo: oi??? quem????).





porque, afinal, é pra isso que servem os fins de semana - para coleta de matéria-prima a ser postada no blogue, não é isso?!

08 maio 2009

a boa da vez

é essa musiquinha ae

LILY ALLEN - THE FEAR

I want to be rich and I want lots of money
I don’t care about clever I don’t care about funny
I want loads of clothes and i want fuckloads of diamonds
I heard people die while they are trying to find them

And i’ll take my clothes off and it will be shameless
Cuz everyone knows that’s how you get famous
I’ll look at the sun and I’ll look in the mirror
I’m on the right track yeah I’m on to a winner

I don’t know what’s right and what’s real anymore
I don’t know how I’m meant to feel anymore
When do you think it will all become clear?
‘Cuz I’m being taken over by The Fear


Life’s about film stars and less about mothers
It’s all about fast cars concussing each other
But it doesn’t matter cause I’m packing plastic
and that’s what makes my life so fucking fantastic

And I am a weapon of massive consumption
And its not my fault it’s how I’m programmed to function
I’ll look at the sun and I’ll look in the mirror
I’m on the right track yeah we're on to a winner

Forget about guns and forget ammunition
Cause I’m killing them all on my own little mission
Now I’m not a saint but I’m not a sinner
Now everything's cool as long as I’m gettin thinner

Para ver e ouvir aqui

07 maio 2009

carrossel

Engraçado isso, que parece coisa de criança. Moleque com brinquedo novo. Toda vez que ganha um pouco de atenção. É do brilho no olho disfarçado, do cuidar de solsaio, do fingir que não vê, mas percebe tudo.
Que sensação não explicável, essa do sentir, dentro, aquele calor que só pode ser ternura, e que resiste, sempre. É como o tempo, que não se toca, mas se sabe lá. Mesmo quando não se entende, e principalmente porque não se compreende.

Pela inquetação e pela aflitude, que mal faz isso, da dúvida, da incerteza, do receio. Quando o silêncio entorpece e as pausas são mais do que momentos eternos. São fardos, são chagas, são ruínas.

Da espera vem o medo da saudade, o descaso obstruindo o zelo permanente, a indiferença sob a forma da desfaçatez. A valsa do desencontro, porque não há o primeiro capaz de recolher a guarda, de dizer sim, de mostrar o quanto importa. Fica tudo comedido, escondido no implícito que o segundo talvez nem sequer imagine.

Aí vem aquilo que precisa, por um pouco que seja, é que o basta, nada mais questiona, nada mais abala. É o para sempre, ali, jazendo, aguardando apenas a hora certa de renascer.

05 maio 2009

O post que não veio

Queria escrever um post que conseguisse organizar o que a efervescência tirou de ordem. Sobre como tudo parece deslocado e de como as tentativas de conserto soam desajeitadas. Porque é sempre assim quando, depois da curva, aparece o fim do ponto de interrogação, mas não a resposta.

Queria escrever sobre como a agonia rouba a cena da ansiedade quando a gente não sabe mais de que forma seguir. Se é que dá. Sobre as incertezas do tempo desperdiçado, do que se queria e se desfez, sobre como as coisas não têm um final feliz - e sobre como a gente sempre sabe disso, mesmo que às vezes prefira não.

Queria escrever sobre a brutalidade que a indiferença traz quando chega. Melhor, quando nos arrebata do torpor daquele tipo de envolvimento que só os insanamente intensos conhecem. E sobre o alívio. E sobre como a gente se cansa, se entedia, como as coisas se esgotam e mudam. Podem mudar. Mudarão?

E sobre como a gente por acaso encontra justamente aquilo que precisava naquela hora exata, aquela janela. Encontrar uma janela. É preciso encontrar uma janela e ter aquilo de olhar pro que ela mostra. Escrever das aventuras e dos desafios que a gente pode ter. De como os coloridos podem mudar.

Queria escrever um post com tudo o que eu não entendo ou sei dizer.

04 maio 2009

Amigo oculto

Para os que buscam novos expoentes para a frase: uma imagem vale mais do que mil palavras - e não estiverem pra sempre no vaso.

01 maio 2009

Sobre as coisas que acontecem

- Vou no banheiro depois tenho que sair, tenho atendimento.
- O que tu tem nos pés?
- Como assim? Nada.
- Tá com um sapato diferente do outro!

(...)
- Oi, to precisando comprar um sapato.
- Sim, vem que eu te mostro.
- É que o salto do meu descolou, aí precisei pedir um sapato emprestado pra vir aqui comprar ... porque não posso passar o dia como sapatos diferentes, né.

(...)
- Tá, vou levar esse.
- Eu te dei para experimentar assim mesmo?
- Sim ...
- É que esses que tu tá usando são diferentes, não é o mesmo modelo.
- ... ah sim, mas é esse daqui ó, com o detalhe, que eu vou levar.