rss
email
twitter
facebook

30 outubro 2011

Para ver














E me dizer, depois, se é normal ter vontade de copiar algumas partes.

Insustentável


Então chegou o dia em que as coisas começaram a ficar difíceis. Porque, sabe, a paciência da gente tem um limite, probrezinha. Acontece que estou aqui com um assunto entalado, que nem bem é resolvido e nem bem quero mais uma vez passar por cima, tem lá seus bons quinze dias. Resultado de um processo cumulativo de anos, claro.

Vamos dizer assim, que eu não sou exatamente o tipo reclamona (para esse assunto em particular), mas a coisa tem me deixado quase de joelhos por aqui. Um pelo menos. Onde fica a maldita da empatia nessas horas? As pessoas não perecebem ou preferem fingir não perceber? Infelizmente tô mais pela segunda, e isso me enche muito de raiva. Porque quase qualquer coisa é perdoável num caráter, mas omissão não é uma delas. Omissão com egocentrismo e infantilidade então, é complicado pra qualquer boa vontade.

Vinha seguindo um tempo na vibe de 'vamos dar o primeiro passo rumo a um mundo mais doce' - e digo, funcionou bem, até. Mas é que o efeito colateral disso é fazer eu me sentir uma palhaça, porque as pessoas abusam. E nessas horas fica difícil saber o que é realmente consideração e o que é jogo de interesse.

Pior de tudo é saber que muito provavelmente vou ter que ir pra um divã, porque ninguém parece dar bola. Ou atenção. Ou fingir que. Para a selva atrás dos que genuinamente se importam.

Palavra da edição do inferno astral 2011: insustentável.

12 outubro 2011

Vazio

Na verdade essa história toda de assalto serviu para evidenciar um outro problema bem grande, que é o vazio interno que me faz companhia ultimamente.Fujo bastante da linha needy, mas, sabe, é complicado vc enfrentar dia após dia sem se sentir à vontade para compartilhar as coisas, impressões e opiniões com os outros. Ou as pessoas não se importam, ou não se interessam, ou estão demais ocupadas e absortas em seus próprios flagelos. Ou elas só te respondem com críticas destrutivas ou te puxam pra baixo pelos pontos fracos.

O que aconteceu com a boa e velha compaixão? Compreensão? Solidariedade? #ficaadica: passe pela existência sem se embrutecer tal e qual uma rocha, se conseguir.

das coisas que acontecem

Então que fui assaltada. Sexta-feira da semana passada, em plena luz das dez e meia da manhã. Entro no meu carro, descarrego as mil tralhas no banco do caroneiro e, quando me preparo para sair feliz e contente para o próximo cliente, um pivete abre a porta do carona e sai correndo com todas as minhas coisas.
Depois de gritar 'solta isso' (porque todo mundo sabe que é assim que ser pára um bandido, no grito), fui correndo de carro atrás dele e por 10cm não o consegui atropelar. Pena. Desceu ele escada abaixo com meus documentos, notebook, óculos de grau e por aí vai.

Ruim a perde material e os transtornos, mas pior ainda ficar remoendo a cena na cabeça pensando no que poderia ter feito de diferente. Se tivesse trancado a porta. Se tivesse saído 5 min mais tarde. Se tivesse acelerado um pouco mais. Aí vc entra numa paranoia de culpa por, literalmente, um crime que não cometeu. Somado a isso, a sensação de invasão é algo considerável.

Também na lista do 'nao curtir', as pessoas te dizendo: mas veja pelo lado bom, pelo menos ele não te fez nada. Não. Não me vem com essa. Lado bom seria a pessoa ir e vir sem ser assaltada. Quer dizer que tenho que ser roubada e ainda por cima ficar feliz porque o ladrão foi gente fina e não me fez nada?!

A próposito: uma senhoura, na linha mesma do gente boua, recuperou meus documentos todos e aceitou os resgate que 'ofereci' em troca deles. Quem sabe consiga também comprar meu notebook pela segunda vez.