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30 abril 2007

Tema de casa. Vão e pensem sobre.

SEJA UM IDIOTA

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Ha ha ha ha ha ha ha ha!

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria.

Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios". "Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche".

Texto de Arnaldo Jabor.

25 abril 2007

Onde aperta

Rapidinhas hoje

- Qual é o botão que aperta pra canalizar a energia destrutiva e transformar em energia produtiva mesmo?


- Parabéns pra primeira pós-gadruada da turma. Entreguei o trabalho final ontem e, se a atual posição dos astros permitir, serei aprovada.

- Encaminhei (na verdade encaminharam para mim) o tal pedido do registro de jornalista. Agora minha carteira de trabalho passeia em Brasília - e certamente amanhã um fiscal do trabalho vai me encontrar na rua e me levar presa por não portar o documento.

- Gente, levei uma aula de motivação de um entrevistado. Em menos de meia hora de papo o cara me fez ter vontade de agir por mudanças e me fez acreditar que cada um de nós pode, sim, fazer a diferença. E - pasmem - não foi nem um pouco piegas nosso papo. O cara é bom mesmo. Agora estou aqui sentada em silêncio tentando recuperar aquela sensação positiva que ele me passou.

- Novo item pra Lei de Murphy: quanto mais 'dentro' for a bola que você estiver dando, menor será o grau de atenção a ela destinado. O que, inevitavelmente, acaba em um 'eu disse' com as sobrancelhas arqueadas.

24 abril 2007

Frases feitas

Não sou muito de frases feitas, mas essa vá lá, é espirituosa.

"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa "

21 abril 2007

Adendo 2

Tenho que fazer outro adendo em relação ao assunto 'ninja'.
Gente, como eu sou rodeada por ninjas ... fazendo as contas, tá loko ... Enoooorme a lista de todos que eu conheço e que são ninjas.
Quem bem, hein?

19 abril 2007

Ninja


"Nós somos ninja." Essa foi a conclusão a que eu e Kassandra chegamos pelo msn, numa das desopilantes conversas que se tem no decorrer do dia.
- vou fazer um adendo aqui: Kassandra é o nome que, durante a faculdade, instituimos para chamar nosso alter-ego; pois todos sabem que ela é, na verdade, um holograma que não publica comentário no blogue de ninguém. -
Continuando. Concluimos que somos ninja porque matamos no peito qualquer uma que atirem pra cima de nós; somos ninja porque SEMPRE, e eu ressalto novamente o SEMPRE, damos conta de tudo e de qualquer coisa. Sempre o fizemos e sempre o faremos. Foi assim a faculdade inteira. Está sendo assim depois da faculdade. E não deve ser diferente depois da curva.
A gente pode se estrepar e se dividir ao meio, mas quando a gente diz que vai fazer, a gente faz. E até arrisco dizer que fazemos bem feito.
Nós somos de uma estirpe que, modéstia beeem a parte, é cada vez menos frequente: a daqueles que vestem a camiseta e encaram o que vier. Quando a gente encontra um motivo que nos cativa, sai da frente porque vamos patrolando por cima. Conosco não tem ruim. Somos, com o perdão da pieguice, confiáveis. As pessoas podem contar conosco porque nós não as deixaremos na mão - especialmente se elas nos são queridas.
Parabéns pra nós, que somos ninja. E - agora a justificativa para toda essa explicação de 'ser ninja' - parabéns, Nádia, que está de aniversário, é ninja e vai matar a pau na cobertura do Papa.

17 abril 2007

dia de clarissa

Carta de Clarissa

Porque hoje faz vinte anos, julguei necessário organizar meu mundo em palavras e entregá-las a ti. Toma que são tuas. Tudo teu. Guarda-as, já que esta não é uma carta q se envia. É uma carta que fica. Quem precisa partir sou eu. Vou continuar minha jornada sem pena, mas é preciso que seja longe daqui. Longe dessas paredes que reverberam mantras de desespero. Longe desses fragementos de vida que insisto em cultivar num ritual ininterrupto. Eu, que até pouco tempo acreditava que viver de passado era bom.

Acreditei que a felicidade fosse possível, o amor fosse possível. Que não existissem só desencontros e covardia, mas amizade, delicadeza e compaixão. Esperava que o curso da vida seguisse etapas imutáveis. Nascer, crescer, envelhecer, morrer. Mas regras muitas vezes se quebram e minha existência está emoldurada no rol das exceções.

Nós, mulheres, temos o dom de lidar com isso que chamamos de fatalidade e sobre as quais não temos qualquer controle. Aprendemos desde cedo a nos conformar com os acasos brutais que nos roubam saúde, segurança, ideais, amores. Mas a perda de um fiho é a perda das perdas.

Tentei reconfortar a mim mesma acreditando que perder me faria amar melhor. Mas quando busquei um encontro, defrontei-me com a solidão. Quando quis um abraço, fui segregada.

Você sempre foi testemunha de meu tentar. E tentei tanto. Não preciso lhe dizer sobre lutar para atravessar as tardes de domingo sem enlouquecer. Sobre reagir em vão para preencher os espaços que ficaram vazios. Sobre tentar me convencer de que, afinal, valeria a pena continuar. Esperei que o tempo me trouxesse um pouco de esquecimento. Mas minha memória ficou para sempre aprsionada em um temp de dor. E esse tempo não fez nada além de secar flores e envelhecer fotos. Nesses 20 anos, sua presença indiferente testemunhou os invernos que suportei os silêncios desta casa vazia. Você, que em sua mudez entoou as melodias que embalaram minhas despedidas. Suavizou a rudez das portas que se batiam. Tive-o como companhia quando ligava todas as luzes e a casa parecia ainda mais escura.

Não consegui superar este vazio. Se foram os relevos, as curvas, as cores. Vou embora também, levando comigo esse deserto plano e opaco. Não quero recordações. Não quero bens. Não quero vínculos. Não é preciso que se preocupe com a solidão porque outras pessoas virão até você. Espero que não se machuquem como eu me machuquei. E que suas perdas sejam ao menos suportáveis. Porque eu já não sinto medo, já não sinto dor, já não sinto nada.

Para sempre

Clarissa

16 abril 2007

Sair do armário

Chega uma hora na vida da pessoa em que se assumir é preciso. Porque passar o tempo inteiro fingindo ser uma coisa que não é, por mais lúdico que pareça, cansa. Há que se sair do armário, encher a boca e assumir: eu sou mala. E pronto. Chega de palhaçada.
A partir desse momento acabou a história de tentar ser engraçado e fazer comentários interessantes. Cada um que se limite à burocracia de suas conversas repetitivas.
Não mais se mostrar divertido, positivo ou qualquer outra virtude que as pessoas vestem como máscara na tentativa de serem 'menos mal quistos' pelos outros. De agora em diante, só se abre a boca para reclamar, praguejar e maldizer.
Taí a melhor receita de repelente já divulgada. Nada mais insuportável do que esse tipo de naturalidade.

15 abril 2007

No Limite

Qual o limite da tolerância? Quanto a pessoa pode, ou deve, tolerar antes de começar a dar esporros por aí?
Saber entender as situações e as pessoas é uma virtude que facilita o convívio - aliás, todos eles - mas quando passa de predicado a empecilho? Até onde a pessoa deve relevar as coisas que a incomodam em nome do bem do outro? Quando é hora de começar a se impor?
Quero saber onde se traça a linha que divide os tolerantes dos trouxas que aguentam tudo calados para sempre.
Alguém desenhe um mapa.

12 abril 2007

Perdi

Eu perdi todos os meus amigos de colégio. Negligenciei e perdi. Se a gente não atende o telefone algumas vezes, as pessoas não ligam mais. E se elas não recebem um sinal de vida, acabam se perdendo com o passar das folhas do calendário.
Cadê eles?
Eu tenho saudades de todas as pessoas que me foram tão caras no 1º e 2º grau. Queria contata-las novamente e saber como andam, o que fizeram com suas vidas.
E agora, faço o que pra recuperá-las?

11 abril 2007

A contento

Quer missão mais difícil no mundo do que contentar as pessoas?
Imagine uma pista de corrida de cachorros e, no meio, embolados, correndo cabeça a cabeça cães com os nomes 'Fazer divisões de cabeça'; 'Acordar cedo e de bom humor', 'Gostar de calor', 'Asssitir TV aberta no domingo', todos competindo pra ver quem ganha na categoria 'coisas mais impossíveis de se fazer'.
Agora imagine a linha de chegada dessa prova, e nela um cão gigante, deitado, quase pegando no sono de tanto esperar os concorrentes. Qual é o nome dele? 'Contentar as pessoas'.
Por mais que um faça (virginia woolf gritando aqui hein), por mais que um se esforce e se empenhe, não será o suficiente pra deixar o outro satisfeito. Talvez as pessoas se acostumem a um nível tal de servidão e logo passem a considerá-lo normal. E é aí que mora o perigo, porque aquele que se doa chega num limite e dali não pode passar, ao passo que o outro, ainda que não por maldade, seguirá exigindo mais e mais até o fim.
Ih .. tomara que eu não encontre um casaco com pedras nos bolsos por aí ..

09 abril 2007

Santa sexta-feira

07 abril 2007

Parabéns

07 de abril - dia do Jornalista. Parabéns para nós - especialmente para aqueles que, como eu, ainda não se deram ao trabalho de providenciar o registro.
Freud explica que inconscientemente esse tal 'demora' pode ser a) medo de finalmente assumir o ingresso na vida adulta, com uma carreira para administrar; b) fase de negação no que diz respeito à escolha da profissão; c) preguiça e sem-vergonhice mesmo, porque, convenhamos, dois anos é muito tempo pra estar em crise; d) (e essa é a que eu mais gosto) que é a Maldição do Diploma. Diz a lenda que a pessoa que providenciar o registro depois de estar empregada corre o risco de ficar sem o trabalho ao conseguir o número do mtb.
A gente inventa cada coisa pra justificar a negligência né ...

Sépia

Gente, eu sou das antigas. Gosto que as coisas continuem sendo como eram. Não sou do time daqueles que vibram com mudanças. Tenho certa simpatia pelos procedimentos rotineiros porque eles permitem segurança e tranquilidade. De imprevistos e saias justas o dia-a-dia já está cheio - pelo menos no blogue a pessoa deveria poder fazer suas postagens com a mesma naturalidade que automaticamente vai ao banheiro no meio da noite.
Eu - que não posso ser rotulada como anta em termos de informática -, levei pelo menos dois dias tentando logar no blogue com essa maldita troca do 'beta' pra sei lá eu que novo sistema. Sabe lá quantas e quantas pérolas se perderam porque a tal conta do Google simplesmente não autenticava.
Pois espero que agora esses problemas da modernidade não mais incomodem. Entendem agora por que eu s-e-m-p-r-e fui a favor das cartas e dos navios?