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30 dezembro 2007

ferias em sc

Preview das férias em gravatal:

eu de férias, na piscina


nós de férias, no hotel

28 dezembro 2007

saudades

posto porque tenho saudades. poderia me acostumar com aqui facilmente, embora.

17 dezembro 2007

carta de adeus

As cartas de despedida são sempre as mais legais de escrever porque nelas a gente diz tudo o que gostaria de ter dito sem temer o reencontrar de olhares no dia seguinte, após a leitura. Uma carta de adeus é a mais sincera confissão que se pode fazer e mais verdadeiro retrato da alma. Coisa que a gente só tem coragem de fazer, a sério, uma vez na vida. Vai ver seja por isso que eu ensaie tanto as minhas.

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Hoje eu vou embora porque não suporto mais o vazio que esse lugar se tornou dentro de mim. Hoje vou embora porque a única coisa que tua ausência evoca, para mim, é pressa. Urgência de não mais desperdiçar meu tempo contigo. Porque se teve alguém que dedicou seu tempo a ti, fui eu. Uma devoção que tu não imaginas, abosrto em um mundo que ninguém entende e preocupado com preocupações que só tu imaginas, como sempre foi. E eu atrás, recolhendo a bagunça que a tua efemeridade deixava, e logo correndo a tua frente para limpar o caminho da realidade onde tu pisaria com tanta segurança.
Hoje eu vou embora porque você esgotou as minhas metáforas e eu só consigo me comparar a um lago, que secou de tanto ser sugado e nada receber. Vou embora porque o que tens a me oferece é pouco diante do tempo que eu já esperei. Porque eu sei como tu és e como tu esconde teu egocentrismo - no espaço que deveria ser meu por direito. Vou embora porque eu te dei o que eu queria de ti e porque tu não percebeste só aquilo que eu precisava de ti.

diz pra mim

- Que foi? (o que eu te fiz?)
- Nada. (não sabe?)
- Já te conheço um pouco, eu sei quando tu não tá bem. (fiz merda? me diz o que foi)
- Nada não. (não acredito que tu não sabe)
- Pode me falar (vamos, vamos ficar numa boa logo)
- Deve ser uma noite mal dormida (eu quero tua atenção, poxa, tu não percebe?)
- Mesmo? Só? (ah, não tinha feito nada. vai ficar tudo bem então ... )
- Aham (gente cega é um saco. quero ouvir tu dizer que não vive sem mim)

11 dezembro 2007

Pra cima

Era como um abismo, só que ao contrário. A sensação subia pela boca do estômogo, como se estivesse em queda livre, pra cima. Era assim que sentia: um abismo no peito que terminava se espatifando com uma queda livre na garganta. E não importava o que ela fazia ou onde ela fosse, sequer com quem ela estava, a sensação a perseguia. E ela pesquisava na mente os motivos que poderiam ser a causa desse desfiladeiro, procurando aquela sensação de alívio que a gente sente quando descobre qual o programa mais grave que está nos afligindo, mas não conseguia. A causa que ela pensava que era, e que quase sempre era, especialmente nos últimos tempos, não era, aquela vez, não era. Se não era aquilo só podia ser algo relacionado com aquilo, mas ela não encontrava a causa. E a queda não passava. E ela sentia na espinha aquele arrepio que a gente sente quando vai cair, só que a sensação era ali mesmo, sentada na cadeira, de frente pra parede branca. E ela estava caindo, pra cima, pra sempre, sem saber por que.

04 dezembro 2007

Ranking

2007 - Top 10

Greateast things of the year

























se vc diz que sim

Se você diz que sim pra mim ter que ler as letras miúdas do contrato.
É lá que diz que eu sou uma das coisas mais intensas que vai passar pela tua vida. Que comigo é tudo 08 ou 80. Que comigo é do meu jeito e ponto final. Que eu tenho paciência seletiva: enquanto algumas coisas me fazer estourar de imediato, pra outras eu sou praticamente um monge em estado de nirvana.

Que eu amo desesperadamente. Que eu me envolvo até o fim. Que eu sou a mais passional, especialmente quando me disfarço de racional. Que eu jogo. Que também os meus olhos são olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Que tu nunca vai saber o que eu sou, de fato, e que terá que aprender a conviver com tudo isso.

Mas também é lá que diz que eu sou a melhor coisa que podia ter te acontecido. Só que isso não precisava de um papel escrito pra te dizer.

Ali na esquina

- Estou andando nas nuvens. Parece isso. Sabe como é a sensação?
- Conta.
- Flutuando por dentro. Meio assim, de peito cheio, sabe.
- Porque?
- Tu sabe.
- É ... eu sei
- Sabe mas não entende ...
- Isso que acontece na tua cabeça nem tu deve entender. Não é normal.
- Mas eu acho que tá indo bem.
- Se tu diz.
- Essas análises profundas são sempre as melhores.
- Por que tu não abre a porta duma vez?
- Porque não é esse o jogo. Porque se não for aos poucos não tem graça. E não é pra sempre.
- Pra sempre? Tá.
- Quê?
- Pra sempre é até que tu queira. Até que tu enjoe. É só o tempo de tu conseguir o que tu quer.
- Por isso que eu quero devagarzinho. Porque não quero enjoar.
- Egoísta.
- Não, ainda não.
- É sim, que é tudo vaidade, eu sei.

01 dezembro 2007

trust

Count on me, I'll surprise you, she says.

Eu já postei aqui sobre como é bom ter alguém que relay on you. E volto ao tema, porque tem certos votos de confiança que um faz no outro que são o top de linha em termos de motivação. Saber que as pessoas nem cogitam questionar se podem ou não confiar na outra, e simplesmente confiam, segue acompanhado por uma sensação de valorização e exclusividade (pela raridade que acontece) única.
Claro que cada um infere o que bem quer perto da 01h do sábado, enquanto trabalha.