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30 abril 2010

Os três pontos

Ele sabia que não pensaria em suicídio, mas sofria de uma infelicidade muito profunda. Daquelas que roubam o fôlego e fazem sumir o chão. Não sentida tristeza, nem desgosto. Nem a irritação ou o mau humor lhes faziam companhia por muito tempo. Tampouco prazer, satisfação ou contentamento davam os ares em seus dias havia bastante.

Dentre as poucas sensações que identificava, talvez a mais forte delas fosse a urgência. Tinha pressa de ver o dia acabar, a semana chegar ao fim. Comia rapidamente para terminar a refeição. Atalhava para chegar logo ao destino. Negligenciava para ver as coisas se resolverem. Ansiava agudamente pelo que vinha em seguida. Pela próxima página. Pela estrada depois da curva.

Porque esse era o único jeito de suportar o hoje, pensando no amanhã. Porque o peso do presente estava ficando simplesmente insuportável. Mas, amanhã, talvez aliviasse. Hoje, caso perdido.

28 abril 2010

E aí, xará?!


Sósia virtual do bacana aqui.

27 abril 2010

Vai um aí??

baxae.

Delay

Sim, 'eu atraso' é meu verbo pretinho básico. Fato. Mas delay nas percepções do mundo é pra matar, hein. Quando eu, com meu cronograma pós dead-line resolvo postar, encontro nesses dois blogues (1 e 2) minhas vontades já expressas em palavras. Agora fiquei preguiçosa e não tenho mais como escrever, nem que seja para dar um closer nesses dois trechos:

"Sempre fui da opinião de que a gente verbaliza aquilo que precisa aprender. Que a gente escreve aquilo que precisa ler. Que a gente fala aquilo que precisa ouvir."

"Às vezes ficamos estagnados diante de pessoas, papéis, lembranças, vivências que só nos fazem mal e só acordamos quando, divinamente, algo melhor aparece em nossa frente."

Então que, no fim das contas, nada melhor do que a boa e velha fórmula do um dia após o outro pra ajudar a entender que de vez em quando os outros podem não estar falando a maior idiotice de todos os tempos e que se a gente se dispuser a parar de olhar pra cima pode ver coisas muito interessantes ao redor.

ps.: quem me chamar de puxa saco vai levar pau porque eu nem conheço as viventes que assinam os trechos acima. é só uma questão de similaridade na vibe cósmica.

21 abril 2010

Ará!!


S-A-B-I-A que precisava existir uma explicação pra minha pira com pedidos de desculpa.

"Ofender uma mulher ou ser grosseiro com ela e não pedir desculpas pode fazer com que ela sofra um ataque cardíaco. A constatação é dramática, mas é o que sugere uma pesquisa de cientistas da Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos.
Segundo o estudo, quando uma mulher fica muito ansiosa por receber um pedido de desculpas, sofre aumento da pressão arterial. Isso aumenta o risco tanto de um ataque cardíaco quanto de um acidente vascular cerebral (AVC).
Mas, se logo depois da ofensa/grosseira houver um pedido de desculpas, a mulher se acalma rapidinho e a pressão volta ao normal. Já os homens ficam agitados por mais tempo depois de serem ofendidos do que elas.
Shakespeare diz que guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra...Fica a dica! Sempre é bom pedir desculpas — e, mais do que isso, saber perdoar."


Veio daqui.


20 abril 2010

bingo!

Bola oito, na caçapa do canto.


Aproximar-se de pessoas importantes não é mero acaso, resulta de você ter ganhado valor também. Por isso, em vez de curvar-se à importância alheia, trate as pessoas como iguais, mas com respeito e etiqueta.


Como uma luva.

19 abril 2010

À caverna, porque o momento pede que.

17 abril 2010

Notas

- Essa postagem já a comecei um número exagerado de vezes. Não por preocupação em errar o tom, que todo mundo sabe que isso é o que faço de mais frequente, mas por uma indefinição reflexiva. A luz veio quando li sobre a diferença entre reagir e contra-atacar. Entendi a demora. Precisava reagir, não contra-atacar. Reagir não agride. O contra-ataque presume, vejam vocês, um ataque, uma ofensa, uma agressão. E nem sempre é isso que uma ação significa.

-  Não sou da turma dos que precisam ter tudo 100% planejado o tempo todo, via de regra nunca sei onde vou passar a noite seguinte quando acordo pela manhã, mas ter o controle me agrada. Isso de às vezes não saber lidar com as situações que aparecem me tira um pouco da linha. Novidade nenhuma, deve ser assim pra todo mundo. Em qualquer jogo de cartas a vez da mão sempre troca, e isso não significa ficar a mercê dos demais.

- Eu descobri que talvez eu não seja, ou não esteja sendo, tão boa ouvinte quanto sempre pensei que fosse e sempre me gabei por ser. Meu estresse está supervalorizando a dimensão do meu tempo, e preciso lembrar que ele é o que de mais precioso eu tenho - a oferecer.
 
- Numa tentativa de me forjar como aquela que é inabalável, em determinados momentos aiolnda me precipito e visto a roupa de inalcansável. E lá de cima da autosuficiência arrogante toda a vista perde a nitidez. Um é parte do processo, ninguém está acima dele, ou isento dele. 'Vamos construir uma ponte em nós' é a boa da vez pra quem tende a se ensimesmar. Mas, claro, são bem escolhidos os 'outros lados' pra amarrar a corda.

- Eu não sei qual o sentido da existência, se tem alguma coisa depois da morte ou se temos uma missão nesse tempo de vida. Mas acho que tudo acontece para que possamos, de algum modo, aprender alguma coisa. Se, hoje, tivesse que resumir a aula, seria: olha e ouça, veja e escute os outros. Isso é sempre certo.

- Se você não disser para uma pessoa o quanto gosta dela, talvez ela nunca saiba e talvez ela ainda pense o contrário. Ok, escrevi no post de antes que existem 'n' jeitos de fazer isso, e sigo na ideia - mas é preciso que o conteúdo da mensagem fique bem claro pra quem recebe. Certificar-se de que a pessoa realmente entendeu-se gostada é linguagem universal.

- Notas fragmentadas para teorizar sobre pensamentos inconclusos. Não estou num momento em que pensar sobre colocar pontos finais pareça minimamente interessante. Melhor desenhar três pontinhos e simbora pra próxima página.

09 abril 2010

Mato que sai coelho

Tem aquelas situações que a gente pensa que não vai tirar nada de aproveitável. Mas aí surge uma pérola que salva a colheita. Então que ontem ouvi uma teoria descolada sobre as três formas de amar.


Uma delas é a pessoa que ama por meio da fala. Ela se declara mil vezes, usa todas as palavras do universo pra mostrar o quanto gosta, o quanto se importa. Por esse perfil, ela só vai se sentir amada quando a outra pessoa usar esse mesmo canal de expressão, o único que ela reconhece, para manifestar o seu gostar.

Tem outro tipo que ama pelo tato. São os que vivem abrançando, se pendurando, tocando. Da mesma forma, entendem-se queridos quando a outra pessoa usa do toque para se expressar carinhosamente.

O terceiro tipo é aquele que ama pelo serviço. Essas pessoas demonstram que amam não se declarando ou tocando, mas sim fazendo. Elas dizem o quanto gostam através de ações para o outro. Para essa, pouco importa as palavras ditas ou os abraços dados. Valem os atos feitos. Assim, ela só vão saber que são amadas quando a outra pessoa fizer algo por elas ou para elas.

Pelo menos curiosa, essa teoria. Certamente você consegue dividir um bocado de gente conforme as colunas de cada perfil. E, mais certamente ainda, você vê por outro ângulo como aquela pessoa que até então você achava fria e distante na verdade estava utilizando um canal de comunicação sentimental que você vinha sendo incapaz de perceber.
A boa da vez é, então, descobrir qual o perfil do seu(s) bem-quisto (s) e manifestar o seu apreço de uma forma que ele entenda, mesmo que não seja a sua forma preferida de fazê-lo. No fim, tudo se resume a um acertar o tom (e sim, todos os conceitos necessários para a sobrevivência cabem numa dupla de mãos e já estão conosco há mais tempo do que imaginávamos. Questão de descobrir e colocar em prática).

04 abril 2010

Saber ou não saber

Ou você sabe lidar com o estresse ou você surta. Porque estar estressado não é uma condição sustentável a longo prazo. Você pode passar diariamente por situações estressantes, mas se estiver estressado durante toda a vida, bom, possivlmente não vai ter muita vida pra contar como história. Ou pra quem contar, enfim.

Embora esteja morrendo de vontade de colocar aqui um clichezinho do tipo 'espero que o coelhinho da páscoa me traga uma cesta não de ovinhos, mas de píluas para fazer sumir o estresse', não vou porque deve ser pecado. E porque o estresse não precisa sumir, afinal, a teoria da evolução mostra que só os capazes de se estressar sobrevivem. Hoje continua assim, na selva que é o mercado de trabalho (ahá! esse pode, pelo menos até o dia do trabalho, né).

Eu sei lidar melhor com a pressão do que com o estresse. Acho, porque pode ser que não saiba lidar com ambos. Mas e quem sabe? Os autores das dez dicas para  _ _ _ _  (qualquer coisa que as pessoas normais simplesmente não conseguem fazer).

Não tenho curiosidade em saber o quanto tensionada a corda pode ser antes de estourar. Mas - soem os alarmes - já tem algumas fibras abrindo as pernas (porque eu a-d-o-r-o usar linguagem de bodegueira). O banho de sal grosso vou testar logo após os pés descalços na grama. Vou cortar a carne vermelha e os doces por uma semana, quando tomarei os dois litros diários de água recomendados. Antes de dormir vou mentalizar os chakras emitindo suas luzes e vou me espreguiçar demoradamente ao acordar.

Não, não estou considerando a possibilidade de isso não funcionar. Coisas que não funcionam fazem mal pro meu estresse.

Dã!

Diz a Urania: "Exageros são uma tendência forte, embora passageira. Cabe a moderação em todos os gestos e palavras".

Aham, viajou legal, né. Pelo menos 'gestos e palavras' não inclui 'porções' nesse domingo de Páscoa, néam,