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19 dezembro 2010

Para 2011

A adaptação é livre, mas a essência é essa:


Aqui trabalha-se muito, mas trabalha-se rindo. Venha para cá e deixe os outros nos observando e decidindo. Se estamos trabalhando ou se estamos nos divertindo.

Nessa vibe, para 2011.
* Aham, vou colocar minha bata florida e finalizar com um 'paz e amor, meu camarada', não se preocupem.

17 dezembro 2010

Pergunta do dia

Onde foi parar o tempo extra que as milhares de facilidades do dia-a-dia dizem nos proporcionar?

Porque me parece que cada vez há menos tempo para fazer mais coisas.

Sim, estou no ciclo obsessivo com a questão de falta de tempo. É que me falta muito tempo, pra tudo.

14 dezembro 2010

Por um dia bom

Porque hoje precisa ser um dia bom, lavei duas vezes o cabelo, coloquei meu calçado mais confortável, preparei uma xícara de café nem muito fraco e nem muito forte, dei uma olhadinha no horóscopo (humildade, ele me recomendou) e vim postar no blogue antes de começar a função.
Inventei um ritual porque não lembro exatamente o que fazia na época em que tinha aquela motivação fresca, aquele pique juvenil e aquela paciência de camelo - mas hoje eu preciso daquilo tudo de volta, mais uma vez. Porque hoje tem que ser um dia bom. Por isso respirei fundo, rezei um bom dum pai-nosso, estralei os dedos das mãos e - agora - vamos tentar, né.
Que hoje seja um dia bom.

28 novembro 2010

Sobre o tempo

Acho que saber lidar com o tempo é um dos maiores desafios hoje, no meu dia-a-dia. Primeiro que não sei como dividi-lo em porções equilibradas e acabo mono-ocupação (a gramática do hífem não vale em neologismos, né). Depois, porque no tempo que sobraria para alguma coisa, fico me culpando por não estar fazendo outro zilhão de coisas e acabo em estado catatônico-contemplativo. Como todo mundo, gostaria que meu dia tivesse o dobro de horas, ou que tivesse uma máquina que congelasse o tempo para que, enquanto os outros ficam parados, pudesse sair do atraso. But It doesn't.

Pessoa com ansiedade sofre, né. E pessoa com ansiedade e propensão pra comportamento obsessivo, então, nem se fala. Porque não bastasse a auto-recriminação, chega uma hora que a pessoa começa a entender qualquer coisa como cobrança por mais desempenho, aí vira um monte de engodos convidando pra uma cascata do tipo 'crise emocional, aí vou eu' que inviabiliza qualquer ação.

Pelo menos esse mês (é, estou pensando em dezembro já) tem a desculpa de usar o argumento 'ah, fim de ano é assim pra todo mundo', e aí não precisa gastar tempo efetivamente resolvendo essa questão. Ufa.


22 novembro 2010

Prévia da semana

15 novembro 2010

Se é mesmo que uma imagem vale por mil palavras

09 novembro 2010

a boa do dia


medíocre
me.dí.o.cre
adj (lat mediocre) 1 Médio ou mediano. 2 Meão. 3 Que está entre bom e mau. 4 Que está entre pequeno e grande. 5 Ordinário, sofrível, vulgar. sm 1 Aquele que tem pouco talento, pouco espírito, pouco merecimento. 2 Aquilo que tem pouco valor.

07 novembro 2010

.. aaaah ..

Sim, claro, lembrei: porque existem, sim, trigos entre o joio.

06 novembro 2010

Porque é sempre assim

Mais um ano chega ao fim - do tempo interno, falo agora - e deixa como resultado a renovação no descrédito para com as pessoas. Obviamente eu devo ter sido criada em uma terra de faz-de-conta onde tinha-se o hábito de acreditar que as pessoas eram boas.

Odeio soar amarga e negativa, mas é que assim - já carrego uma tonelada de anos nas costas e estou começando a me cansar de só perceber que as pessoas são falsas, interesseiras, egoístas e egocêntricas. E que todo mundo vive de joguinhos pra lá e pra cá, e de encenações e artificialidades. E que o cinismo impera.

Não sei por que isso me choca ainda. Por que será que tendo a acreditar que as pessoas são boas se, na verdade, elas só provam que não? E qual é esse conceito idiota de 'pessoa boa', se todo mundo é igual na execução diária dessas artimanhas? Como você vai dizer que é um padrão errado se todo mundo segue nele ...

Talvez eu realmente não tenha fibras para encarar o tal convívio social. E talvez o sonho do hábito não passe de uma utopia de fuga de tudo isso.

E talvez eu devesse ter nascido com uma vibe menos maria do bairro.

02 novembro 2010

Agenda

Poucas coisas são tão gratificantes quanto se antecipar a uma pendência e resolvê-la antes do deadline. Se nem todas são passíveis disso, visto a quantidade de variáveis que envolvem, detemo-nos naquelas sobre as quais temos algum controle. No caso, escolhi a comemoração do meu aniversário. Porque se tem alguem que pode modificar a data de aniversário de acordo com a disponibilidade da agenda é o próprio aniversarianete. Antecipei boa parte delas, no melhor estilo 'quanto mais orgia, melhor'.

Num breve retrospecto, só pra não deixar ninguém no vácuo e nem entendiar os demais: porrezinho de espumantes, jantinha com presunto parma e figo (só o que eu conhecia no menu, mas enfim, a gente precisa ter mente aberta quanto a comidas sofisticadas); almocinho típico na vibe tarantella e depois uma bela 'toda fritura que você puder comer', fechando com uma tequila com efeito adstringente.

No fim, tudo tinha um propósito: extinguir o mito de que comemorar aniversário antes dá azar. So far, so good.

09 outubro 2010

Do que não se sabe

Se em vez de um blog eu tivesse um twitter, talvez postasse algo assim: Olha, me deixa quieta que eu não sei!
Mas, como optei pela mídia social das divagações, vamos lá.

Dois dias atrás entrei com ambos os pés no meu inferno astral. Odeio-o. Especialmente quando ele se faz sentir por todos os poros, em uma espécie de efeito placebo ao contrário.

Daí entra num período meio 'O Grito', porque tudo meio que incomoda e parece deslocado. Sabe quando as peças estão todas embaralhadas, caindo como no tétrix, e você não sabe se elas vão cair do jeito certo? É isso (vibe vamos construir uma ponte de metáforas em nós, sacaram, né).

E tem uma frase que não me sai da cabeça: você consegue atrair mais moscas com mel do que com vinagre. Mas, gente, quem quer moscas por perto?! Isso não faz sentido. A menos que: seria eu também uma mosca? Seríamos todos? Depende, em partes, sim. E, embora eu ache que não é bem desse jeito, sinto que é necessário por a minha máscara e vamos todos para o baile.

De que lado é o certo e o errado mesmo? Em qual sentido caminham aqueles que encontraram a razão? Queria seguir.

E sabe, sinto falta daqueles - momentos e pessoas - em que a gente pode simplesmente ser. Sem cena. Mas, pelas ausências, distâncias e afastamentos, tudo o que pode ser feito agora é introspectar. E tentar encontrar ainda por aí um pouco de cumplicidade.

Acho que vou ficar em silêncio e tentar espalhar um pouco de mel, só pra ver como que fica.

27 setembro 2010

Frase do dia

Parafraseando Caco:

"semana começou péssima e sem previsão de melhorar. neste nível."

E isso resume tudo o mais para o mês de setembro.

26 setembro 2010

It's a kind of magic

Então que sexta-feira, por alguma inexplicável vibe cósmica, saí mais cedo da phirma e, no caminho pra casa, encontrei na vitrine de uma loja o Mickey do desenho Fantasia (super ultra clássico infantil, se você não lembra, veja aqui).

Daí que comprei o dito bichano de pelúcia - porque um pouco de mágica na vida da pessoua sempre vem bem. E segui indo pra casa. Quando desembarcávamos do carro pra ir comer os benditos sanduíches nossos de cada dia, uma moça nos aborda na rua. Perguntando se tínhamos tempo!! Tempo, gente!

Resumo da ópera: a moçoila havia parado seu carro e, na meia dúzia de passos que deu até chegar ao paquímetro pegar sua ficha de estacionamento, conseguiu perder a chave. Tudo bem que todo mundo sabe que chaves só existem para serem perdidas - quem nunca perdeu a sua .. Nobremente, em vez de julgar, fui ajudar a procurar, né.

Mas imagine que eram 19h, às margens da praça mais escura do hemisfério. Pergunta se achamos a dita chave. Não, né. A essas alturas, a dona-alienada estava prestes a ter um chilique e começou a narrar a série de desventuras de sua vida: previamente, havia caído da escada, raspado o carro num poste e, agora, estava trancada para fora do carro, sem chave, com a bolsa e o celular dentro do carro! Precisava se benzer. Quando a pessoa começa a dizer publicamente que precisa se benzer eu fico com pena, né, bom ser humano que sou.

Aí oferecemos carona pra tal moça até sua casa - que, claro, ficava do outro lado da cidade - para que ela pudesse buscar a chave reserva e voltar para sua casinha, com seu carrinho, feliz da vida. Entre lágrimas, a moça cuja noite salvamos não parava de repetir: 'vocês não sabem como me ajudaram. não tenho como agradecer'.

Moral da história: eu comprei um Mickey aprendiz de feiticeiro, mas quem fez o truque na noite fui eu, Acabei ganhando de brinde a oportunidade de fazer mágica pra vida dos outros.

15 setembro 2010

Dark side

Deus e vocês, caros leitores, sabem o quanto eu repudio parênteses ficcionais com apelo pseudo-cultural. Mas, desta vez, não tenho como evitar: acho que corro o risco de estar indo para o Lado Negro da Força.

Sim, explico a pira. Tenho perdido a paciência com uma frequência muito mais alta do que a recomendada pelos padrões internacionais de segurança alheia. Tenho tido raivas monumentais. Desgostos ferrenhos. Raivas colossais. Externado desagrados de maneiras impensáveis.

Talvez a política da boa vizinhança esteja dando adeus ao meu ser e, em breve, eu me defina como uma vilã canhestra que dissemia o ódio.

Em vez de ser a senhoura simpática, de coque, na cadeira de balanço, lendo para os netos, posso vir a ser a velha rabugente sempre com o mesmo coque, ragendo a cadeira de balanço, com os cantos da boca pesadamente vertendo para baixo, maldizendo a humidade no mesmo sibiliar que o de uma benzedura.

11 setembro 2010

a coin

No que você está pensando agora?

06 setembro 2010

A César o que é de César

Há que se dizer: se Bento tem alguma coisa de decente é o fato de que, aqui, as pessoas jamais param de trabalhar. Seja feriado civil, sacro ou seja lá do que, cada um segue desempenhando suas atividades normalmente, até que a morte os separe. É algo obsessivo-compulsivo, que não tem trégua jamais.

Que bom! Não tem como a pessoa se sentir deslocada por estar no escritório, no meio do feriadão, com uma tarde de sol a sua frente, num contexto desses.

30 agosto 2010

Oui!

França não seria meu destino prioritário na Europa. Mas, como bem dizem, se você não vai à França, a França vai até você.

Eis que saio do escritório para mais um momento de bizarrice que meu precioso trabalho  me reserva. Um jantar em um nobilíssimo restaurante DO MAIS caro e sofisticado hotel-spa da serra. Que parece muito mais um palácio - francês, oh!.Encontro de trabalho, acompanhando um cliente que receberia uma comitiva de francese, só pra contextualizar.

(Embaixada, diplomacia, enfim: por favor, não criem uma guerra por causa desse post.)

Tudo começou com um uber constrangedor momento 'que língua vamos falar?'. Um dos nativos só falava o português. O inglês, como todo mundo sabe, não é a preferência dos franceses. Então ficamos lá, aflitivamente jogando conversa fora como monossílabos no sofá da babel por séculos, até que a bendita da tradutora desse o ar da graça.

Se você pensa que, à mesa, as coisas melhoraram, enganou-se. Imagine toda uma conversa em três tempos. Nesse esquema: pessoa 1 fala; tradutor traduz; pessoa 2 fala; tradutor traduz; pessoa 3 quer fazer um comentário; demais pessoas que comutam a língua rienm; tradutor faz o comentário; falantes das demais línguas riem, totalmente fora do tempo da piada. Um horror de aborrecido.

Então você bebe o tal brut francês esperando que vá ficar tudo bem e a porcaria da bebida é cara demais pra descer corretamente pelo esôfago dos pobres e, claro, causa um engasgamento - que, pelo menos, é linguagem universal e não precisa ser traduzido.

Seis horas depois - sim, porque nada é mais longo que um jantar com franceses, servido à francesa, com comensais monolingues - acabo com um biscoito com creme de queijo e uma sujeira de goiabada - tudo isso mais ou menos do tamanho de um amendoim - que custou R$ 15,00; uma pilha de pelo menos oito gafes cometidas - entre elas a de ter bebido a taça de champagne antes do anfitrião propor o brinde (brindamos umas dez vezes nesse jantar, mas não sei a troco de quê) e a certeza de que preciso urgente exercitar meu inglês.

23 agosto 2010

Adios

Sabe quem está se despedindo dessa existência? Meu fígado. Ele está dando sinais de exaustão.Tivemos bons momentos juntos mas nossa história termina por aqui.  Poucos anos mas bem vividos. Agora ele entrará em período de reconstituição.

Copos arriba e um brinde por seu pronto restabelecimento!

20 agosto 2010

Para um fim de semana de sucesso

10 agosto 2010

Uma noite no museu

Tá, tá mais pra uma noite no escritório .. mas olha só o que a pessoa lembra a essa hora, entre um release e outro: de almoçar sobremesa na parte rica do R.U., desligar o cérebro de tanto doce, passar a tarde ciscando e, depois, resenhar madrugada a dentro sobre o livro mais longo do mundo, para o professor mais casca grossa do curso, porque o prazo do trabalho era a manhã seguinte.
E lembrar com saudades.

---

Preciso fazer um adendo sobre doces.


Esse croasonho eu não comi. Mas o que eu comi, de chocolate branco com nozes... dá licença que vou ali chorar de tão boa que é a lembrança.

09 agosto 2010

Adoro!!

03 agosto 2010

On and on

Uma vez eu li num desses materiais motivacionais algo do tipo: pergunte a uma pessoa bem sucedida como ela chegou lá. Ela te responderá que foi trabalhando até mais tarde, estudando enquanto os outros se divertiam, produzindo enquanto os outros descansavam. A boa da historinha era mostrar que de nada vale o talento sem dedicação.

Eu tenho dúvidas sobre onde traçar a linha. Qual o limite de até onde você pode ir antes de perder o gosto pela coisa? Até quando sua dedicação quer dizer que você está persistindo por algo e quando ela passa a sinalizar que, embora não vá conseguir, você segue teimando com aquilo. Adianta segurar a mão de alguem? E se você não tiver a mão que acha que tem pra segurar? Por que ninguém me responde nada com a certeza que eu preciso?

Fato

Tem certas paixões quem nem as piores revelações ou as mais amargas constatações fazem acabar. A dor e a delícia do que dura.

29 julho 2010

Dos Valores

Vez por outra você fica em dúvida sobre o quanto vale uma pessoa. O quanto ela presta. Ou o quanto ela não presta. Talvez um bom parâmetro para avaliar isso seja observar qual o tipo de relação que leva você até ela. E como essa relação é precebida.

Por exemplo:

"Nossa, eu tenho uma pena dessa pessoa, ela sofre tanto comigo" - isso quer dizer que você vale menos que a pessoa em questão, enquanto ser humano.

"Essa pessoa só anda junto com gente falsa, cínica e dissimulada. Só se relaciona por interesse" - isso significa que você não será a exceção. E que, sabendo disso, pode manter uma distância segura de 'how much I care'. Então a pessoa pode ser que não valha muito - ou tanto quanto você, dependendo do grau de ligação que os une.

Tudo isso pra dizer que é mentira que os opostos se atraem. As afinidades consentidas se atraem. Se você tem a impressão que parte das pessoas que lhe são muito próximas valem muito pouco, talvez você não seja tão diferente por estar num círculo assim. Mas, claro, você sempre pode ser um pesquisador fazendo estudos em comunidades exóticas.

26 julho 2010

Sexta-feira

Ok, eu só vou postar uma fotinha de longe, que é pra não deixar as pessoas morrendo de vontade. Afinal, eu sou um ser humano do bem, né, gente.

Então que sexta-feira, com todo o frio possível do universo, eu entrei num carro e fui pra Gramado comeu fondue. De queijo, de carne e de frutas com chocolate. E regado a moscatel. Porque de vez em quando faz bem fugir do arroz-com-feijão do dia-a-dia, né.

24 julho 2010

Frase do findi

”A amizade nasce no momento em que uma pessoa diz para a outra ‘O que? Você também? Pensei que eu era o único’.”

Clive Staples Lewis

22 julho 2010

Tá bom

Sim, porque até a porcaria do horóscopo precisa ser sombrio. Isso lá é previsão que a pessoa precisa ler antes de começar o dia?!

Um ciclo está começando a terminar a partir de hoje. E você tem dois anos (mais ou menos) para encerrar todo um período de atividades, preocupações e cuidados. Questionamentos sobre sentidos da vida podem voltar a incomodar você.

Então dois anos, ainda? Ok. Posso lidar com isso. Só alguem se lembre de conferir se fechou, no chegar do prazo.

20 julho 2010

Bizarrice é

Você estar em uma sala onde existem três bandeiras oficiais hasteadas, em mastros com ponteiras, e, logo adiante, meia dúzia de bichinhos de pelúcia. E ser esta a sala onde você trabalha. E esses elementos serem completamente aceitáveis diante do seu contexto de trabalho. E você olhar tudo isso com a maior naturalidade do universo.

14 julho 2010

You grow up

Então, estava lendo meu horóscopo do dia, só pra ver quanto ele tinha errado. Apareceu a seguinte frase:

'Criar expectativas é tornar-se disponível à frustração também.'

Aí assim: chega com esse papinho. Claro que as pessoas se frustram na vida. Acho que é o que mais fazem. E isso não quer dizer que tenham uma porcaria de vida. É só o que acontece. É assim e ok. Coisas dão certo, coisas dão errado, coisas são como esperávamos, coisas são melhores do que esperávamos, coisas são piores do que esperávamos. Acostume-se e aprenda a lidar com isso. Acho que só não se frustra quem não espera nada mesmo da vida. E isso sim deve ser uma porcaria de vida.

ps.: sim, pode ser efeito do sedex.

12 julho 2010

Esconde-esconde

Gente. Perdi minha inspiração.


















Ou será que a matei?!

10 julho 2010

Para ler e imaginar

Se a pessoa faz isso antes da incursão etílica na vibe mexicana ... que dirá depois ...

07 julho 2010

Quem lê o que quer ...

Lendo sobre 'Estratégias para controlar sua raiva' (aqui) cheguei ao fim descobrindo mais uma pro caderninho:

"A irritação constante é um transtorno bastante conhecido: é o denominado Burnout."

E, claro, fechou máster.

"Há uma combinação de fatores causais que podem desencadear o Burnout, desde a vulnerabilidade a transtornos mentais, mecanismos de proteção contra o estresse, rigidez, sedentarismo, relações pessoais pouco gratificantes. Aliadas a estas, estariam as características do próprio trabalho: acúmulo de empregos,  número excessivo de atendimentos."

E o touché veio com:

"É bom esclarecer que o Burnout  é um estado de estresse mantido que pode anteceder quadros francamente patológicos, como depressão, ansiedade e pânico. Também pode levar a um aumento do consumo de substâncias (lícitas e/ou ilícitas), na busca de alívio imediato do sofrimento."

E o sedex que não chega, gente!

I win

Bom, dessa vez eu ganhei. Faz quase uma semana que estou dizendo algo que os astros só conseguiram ter a eficiência de sacar hoje:

Tudo pode ser banal, mas tudo pode ser importante também.

Aliás, comentário que pouco ou nada ajuda. Quero o Guia Prático de como classificar os elementos/eventos nas colunas Banal ou Importante; Real ou Paranóico.

Parece-me um pedidozinho razoável. Muito mais plausível que se estivesse solicitando seus aneis, dr. Saturno.

06 julho 2010

pro livro, aquele

Acordou e, em seguida, abriu a persiana. O dia era cinza, ainda, e encheu o quarto de enfado. Arrastou o corpo sobre os pés até a cozinha. Despejou os grãos de café na xícara e por pouco não os contou, um a um, pretendendo ocupar a mente com algo diferente.

Depois, sentou no sofá com o livro entre as mãos, sabendo do esforço soberbo que precisaria para se fixar na leitura. Tanto que corria as palavras pela metade, numa tentativa de, assim, salvar a atenção. O incômodo interno se manifestava pelo cruzar e descruzar de pernas, sem sossego, tal qual seu espírito, que a cada suspiro procurava em vão expelir o peso opressor.

Se o silêncio castigava, as companhias pareciam ainda mais excruciantes. Não era nada e era um pouco de tudo que se fazia em turbilhão. Parte do que era tinha combinado, consigo, não externar; mas sabia de certeza que quebraria o pacto porque queria antes de tudo ver sanar. A omissão não era seu traje a rigor. Já quanto à parte que não era, havia se disposto a racionalizar, mas de todo sabia que não poderia deixar de lado o vermelho que manchava suas impressões.

Depôs o livro fechado sobre o braço do sofá, olhou para o sol até doerem os olhos e saiu. Se a paz não estava no interior, em algum lugar haveria de atenuar a ira.

05 julho 2010

Pela pouca extroversão

03 julho 2010

Peguei você!

Bom, eu costumo cair com bastante frequência nessa pegadinha. Agora, por exemplo, sei que posso estar numa, mas não consigo evitar racionalmente.

Anyway, boa leitura. Saca só um trecho, com grifo meu:

"Tem um verso de uma linda canção da banda Radiohead, There There, que volta e meia me vem à cabeça: “Just ‘cause you feel it/ Doesn’t mean it’s there” (em tradução muito livre, algo como “só porque você está sentindo, não quer dizer que seja real”).

Algumas pessoas com mais frequência do que outras, todos somos levados, eventualmente, a agir e reagir como se a emoção do momento estivesse no comando, e não a cabeça. O sentimento até pode ser genuíno – dor, ciúme, raiva, paixão – mas nem sempre a leitura que fazemos da realidade guiados por essa emoção é correta, justa ou adequada para a ocasião."

Na íntegra, aqui.

A voltar a esse assunto. Mas vem cá - as pessoas bem que poderiam sinalizar as coisas só um pouquinho também, né. Facilitaria léguas.

02 julho 2010

Sobre erros

Paira pelo conhecimento popular a teoria de que os animais jamais tropeçam numa mesma pedra duas vezes. Isspo porque seu cérebro seria dotado de um mecanismo que os impede de topar duas vezes com o mesmo obstáculo. Eu, claro, nuna testei ou sequer procurei me informar sobre a cientificidade dessa observação.

No momento, limito-me a invejar os quadrúpedes (ouvi essa história sendo exemplificada com um cão ou um leão, então não sei se vale, tipo, para galinhas e minhocas também) que conseguem a proeza de errar apenas uma única e singular vezes.Porque eu, com toda 'humanidade' constante no meu ser, parece que insisto em repetir os mesmos erros. Sim, redundante assim.

Será mesmo que tem gente que não aprende nunca? Chega um ponto na vida onde a pêssoua deveria aprender a discernir quando sim, vale o esforço, e quando não, não vale o esforço. E não me refiro exclusivamente a situações.

Olha o score que deficitário, voltando pra vibe zôo:
- animais não erram o pulo. humanos sim, e como.
- animais não repetem erros. humanos sim, ad eternum.

Bom, eu a partir de agora só quero saber de mugidos, então.

... no momento idiota do dia: vai ver por isso das enxaquecas ... de tanto dar cabeçada por aí ...

28 junho 2010

Fodeu é ...


quando as charges deixam de ser engraçadas porque se transformam apenas em realidade

Pergunta do dia

Quantas vezes é possível clicar em 'enviar e receber' antes de afundar o botão virtual do outlook?

22 junho 2010

Hoje, eu desisto

Hoje eu jogo a toalha e ligo o piloto automático pra fazer o que precisa ser feito. Hoje eu não ligo mais a mínima. Hoje eu perdi o tesão. Hoje eu não quero discordar. Hoje eu não sou aquela que não aceita as coisas de boa. Hoje eu passei pro time dos indiferentes. Hoje eu perdi a vontade de fazer mais. Aliás, hoje eu perdi qualquer vontade, menos uma, que é a de ir embora.
Hoje eu não quero que o dia acabe, porque amanhã vai ser só mais do mesmo.

21 junho 2010

Frase do dia

Momento biscoito da sorte:

"Eu sou assim porque meus pais nasceram no dia 16 de julho.'

Fazer o quê, assim determinou o Cosmos e, nesse caso, não há absolutamente nada que se possa fazer. A não ser buscar refúgio no meu novo grupo de apoio - uma legião de sobreviventes sequelados, de mãos dadas enfrentando as argúrias que a vida lhes reservou.

18 junho 2010

Três pontinhos

- Eu me importo com a Copa do Mundo, sim. Duvido que você não. Pense só: se em 2010, a edição da África (tpo, em África sendo do outro lado do oceano, longe pra cacete), está sendo o purgatório do ridículo na Terra, o que será o ano de 2014 com esse encosto assombrando os nosso dias bem aqui do lado?

- Em que ponto da estrada a Televisa dominou o mundo e assumiu o controle da Rede Globo? Alguém viu aquele seriado dos advogados/juizes/policiais? Dá licença que vou agora resgatar um vhs da Usurpadora, porque francamente. Tinindo de ridículo o besteirol disfarçado de argumento politicamente correto. E da canastrice nem vou falar nada.

- O que você prefere:
* Assistir a um jogo da Copa com seleções nórdicas dando bicos de lá pra cá por noventa minutos, tendo seus nomes desconfigurados pela leitura típica brasileira
* Assistir ao horário político com os candidatos non-sense desta eleição
* Asssitir a Luana Piovani impunhando uma bazuca e correndo pra casa ser a cachorrona submissa do marido na tv
* Assistir ao vídeo de uma consulta de podologia, com uma unha sendo desencravada em câmara lenta, áudio em russo e legendas em hebraico?

Tô vibrando com a alicate em mãos ..

15 junho 2010

2 + 2 = 4

Assim, facinho, facinho: deu de se importar mais com os outros do que ocorre em recíproca. Como dizem, por que colocar como prioridade quem te considera segunda opção?! Tcharam, problema resolvido.

Porque é sempre assim, você coloca a pessoa lá em cima na sua lista de favorites ones e ela só faz não ligar. At all.

Ok, amarga eu? It may be. Mas é que cansa, uma hora cansa de nunca ver um retorno claro.

Eu, que sempre tive um pezinho na atenção seletiva, não devo enfrentar maiores dificuldades nessa redescoberta, né.

Dica do dia: diga para as pessoas o que elas merecem ouvir. Ou escreva. Ou desenhe. Não se omita no jogo da indiferença.

13 junho 2010

Momento mais do mesmo

Sabe, tem uma série de coisas que eu não me canso de constatar - acho que porque não tenho pleno domínio delas, e de suas explicações, por isso a recorrência.

Uma delas é como mudam as prioridades - seja de pessoa para pessoa, seja na mesma pessoa, de fase em fase. Incrível como algo que antes era tudo agora pode ser um muxoxo 'ok'.

Outra é essa necessidae visceral que eu tenho de estar permanentemente envolvida, em grau obsessivo, com alguma coisa/pessoa/amigo imaginário/hobby/objeto/atividades/enfim, complete aqui com o que quiser. Tenho que. Senão, surto. Preciso sempre ter essa lacuna preenchida. Estar totalmente absorta, vidrada em algo, fazer disso a boa-da-vez das 24 horas do dia, dos 7 dias da semana. Tenho que estar tomada de paixão, senão não funciona. Quando estabiliza fica tudo bem, segue favoritado, but it's no my fuel anymore.

É uma fila que anda - e, oh, quem diria, em ciclos. Mas, como dizem, figurinha repetida não completa álbum.

07 junho 2010

Era uma vez

Once upon a time havia um lugar muito, muito distante chamado Terra do Erro. Lá, as pessoas jamais conseguiam acertar, independentemente de como escolhessem agir. Se não fizessem nada, erravam por não terem feito nada. Se fizessem de um jeito, erravam por ter feito daquele jeito. Se fizessem de outro, erravam justamente por terem feito daquela forma.

Na Terra do Erro havia o Monstro da Culpa, que todos os dias assombrava as pessoas com suas garras insinuantes e pela iminência do ataque. A besta estava à espreita, prestes, a qualquer momento, a lançar-se sobre aqueles que tentavam romper a maldição e conquistar um acerto. A Culpa sempre ficava com alguem. perseguindo sua vítima até que ela não mais pudesse resistir e sucumbisse.

Os ataques diários do Monstro da Culpa e o Feitiço do Erro Eterno enfraqueciam as pessoas que frequentavam a Terra do Erro de tal modo que, às vezes, nem o Elixir do Açúcar conseguia reparar o estrago. Cansadas, as pessoas recorriam a poções mágicas inebriantes, que faziaçm tudo ficar bem e certo, mesmo que por apenas alguns minutos. Depois do falso som do acerto, o silêncio novamente tomava seu espaço e os dias na Terra do Erro seguiam seu balanço imutável, tal qual o sacolejar da cabeça que anunciava a negativa em sinal de reprovação.

Até que um dia ...


to be continued ....

....?

02 junho 2010

Sobre mortandela

Eu tenho uma vibe interna meio 'sou do núcleo suburbano da novela das oito' que me torna alvo fácil das promoções de supermercado. Não posso com uma boa oferta - especialmente se fazendo a dobradinha café + xícara.

Interrompo o mês sabático do blog, portanto, por um dos poucos motivos que valem a exceção: a aquisição de uma nova xícara linda para a família das colecionáveis. E até a latinha é bacana.

21 maio 2010

Detour

Preta sem branco fechado pra balanço.

Mês sabático no blog.


Ao som de Garbage.

I just don't care anymore
I've reached the end of the road
I just don't care anymore
Won't cry these tears anymore

Can't find it in the bible
Can't find it on TV
Can't find it in diamonds
There's something inside me that just won't allow me to
Find it in music
Can't find it in my soul
Can't find it in chocolate
Oh babe I can't hide it
I can't even find it in you

There's no way she can kiss you
The way that I do
I heard that you miss me
Oh you should be careful of who you keep talking to
Long nights without you have taught me to be strong
I've cut all my losses
Think no more about it cause I couldn't find it in you

There was a time I thought I'd die
If you should ever leave me high and dry
Now you don't want me any more
It's time to settle the score

I just don't care anymore
I've reached the end of my tether
I've torn all your letters up
I just don't care anymore
Won't cry these tears anymore
I just don't care anymore
I've reached the end of my rope
And it's time that I told you so
I just don't care anymore
Won't cry these tears anymore 

20 maio 2010

Do it yourself

A frase do dia: ”É fácil demonstrar interesse. O que é difícil é levantar e fazer algo.”

A meta que essa frase propõe: em tendo encontrado quem assim o faça, cuide bem de sua descoberta para que ela vingue.

Question mark: how to do so.

18 maio 2010

Você também é da pré-história?

Havia uma época em que as embalagens dos cheetos eram, pasmem, de plástico!!
 

Lembram disso?

17 maio 2010

Para tirar as teias de aranha

09 maio 2010

de esconde

Pra onde foi todo o sentido das coisas se os dias parecem amontoados de horas que insistem em se repetir numa insignificância burocrática?

Pra onde foi a relevância das conversas se os diálogos consistem em uma troca de aborrecimentos e impressões desgostosas, mesmo quando as palavras saem em cor de rosa, pra disfarçar o negrume de suas reais intenções?

Pra onde foi a alegria se tudo é obrigação e a prestação de contas uma troca de ofensas dissimulada, que faz daquilo que deveria ser prazer um óbvio fardo?

Pra onde foi a certeza de que no fim das contas tudo vale a pena se cada situação mais parece um tormento cheio de nada, desimportante pra qualquer um, irrelevante para todos, e indiferente para alguns?

É no cem que se começa a procurar? Um, dois, três e lá vou eu.

30 abril 2010

Os três pontos

Ele sabia que não pensaria em suicídio, mas sofria de uma infelicidade muito profunda. Daquelas que roubam o fôlego e fazem sumir o chão. Não sentida tristeza, nem desgosto. Nem a irritação ou o mau humor lhes faziam companhia por muito tempo. Tampouco prazer, satisfação ou contentamento davam os ares em seus dias havia bastante.

Dentre as poucas sensações que identificava, talvez a mais forte delas fosse a urgência. Tinha pressa de ver o dia acabar, a semana chegar ao fim. Comia rapidamente para terminar a refeição. Atalhava para chegar logo ao destino. Negligenciava para ver as coisas se resolverem. Ansiava agudamente pelo que vinha em seguida. Pela próxima página. Pela estrada depois da curva.

Porque esse era o único jeito de suportar o hoje, pensando no amanhã. Porque o peso do presente estava ficando simplesmente insuportável. Mas, amanhã, talvez aliviasse. Hoje, caso perdido.

28 abril 2010

E aí, xará?!


Sósia virtual do bacana aqui.

27 abril 2010

Vai um aí??

baxae.

Delay

Sim, 'eu atraso' é meu verbo pretinho básico. Fato. Mas delay nas percepções do mundo é pra matar, hein. Quando eu, com meu cronograma pós dead-line resolvo postar, encontro nesses dois blogues (1 e 2) minhas vontades já expressas em palavras. Agora fiquei preguiçosa e não tenho mais como escrever, nem que seja para dar um closer nesses dois trechos:

"Sempre fui da opinião de que a gente verbaliza aquilo que precisa aprender. Que a gente escreve aquilo que precisa ler. Que a gente fala aquilo que precisa ouvir."

"Às vezes ficamos estagnados diante de pessoas, papéis, lembranças, vivências que só nos fazem mal e só acordamos quando, divinamente, algo melhor aparece em nossa frente."

Então que, no fim das contas, nada melhor do que a boa e velha fórmula do um dia após o outro pra ajudar a entender que de vez em quando os outros podem não estar falando a maior idiotice de todos os tempos e que se a gente se dispuser a parar de olhar pra cima pode ver coisas muito interessantes ao redor.

ps.: quem me chamar de puxa saco vai levar pau porque eu nem conheço as viventes que assinam os trechos acima. é só uma questão de similaridade na vibe cósmica.

21 abril 2010

Ará!!


S-A-B-I-A que precisava existir uma explicação pra minha pira com pedidos de desculpa.

"Ofender uma mulher ou ser grosseiro com ela e não pedir desculpas pode fazer com que ela sofra um ataque cardíaco. A constatação é dramática, mas é o que sugere uma pesquisa de cientistas da Universidade de Massachussets, nos Estados Unidos.
Segundo o estudo, quando uma mulher fica muito ansiosa por receber um pedido de desculpas, sofre aumento da pressão arterial. Isso aumenta o risco tanto de um ataque cardíaco quanto de um acidente vascular cerebral (AVC).
Mas, se logo depois da ofensa/grosseira houver um pedido de desculpas, a mulher se acalma rapidinho e a pressão volta ao normal. Já os homens ficam agitados por mais tempo depois de serem ofendidos do que elas.
Shakespeare diz que guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra...Fica a dica! Sempre é bom pedir desculpas — e, mais do que isso, saber perdoar."


Veio daqui.


20 abril 2010

bingo!

Bola oito, na caçapa do canto.


Aproximar-se de pessoas importantes não é mero acaso, resulta de você ter ganhado valor também. Por isso, em vez de curvar-se à importância alheia, trate as pessoas como iguais, mas com respeito e etiqueta.


Como uma luva.

19 abril 2010

À caverna, porque o momento pede que.

17 abril 2010

Notas

- Essa postagem já a comecei um número exagerado de vezes. Não por preocupação em errar o tom, que todo mundo sabe que isso é o que faço de mais frequente, mas por uma indefinição reflexiva. A luz veio quando li sobre a diferença entre reagir e contra-atacar. Entendi a demora. Precisava reagir, não contra-atacar. Reagir não agride. O contra-ataque presume, vejam vocês, um ataque, uma ofensa, uma agressão. E nem sempre é isso que uma ação significa.

-  Não sou da turma dos que precisam ter tudo 100% planejado o tempo todo, via de regra nunca sei onde vou passar a noite seguinte quando acordo pela manhã, mas ter o controle me agrada. Isso de às vezes não saber lidar com as situações que aparecem me tira um pouco da linha. Novidade nenhuma, deve ser assim pra todo mundo. Em qualquer jogo de cartas a vez da mão sempre troca, e isso não significa ficar a mercê dos demais.

- Eu descobri que talvez eu não seja, ou não esteja sendo, tão boa ouvinte quanto sempre pensei que fosse e sempre me gabei por ser. Meu estresse está supervalorizando a dimensão do meu tempo, e preciso lembrar que ele é o que de mais precioso eu tenho - a oferecer.
 
- Numa tentativa de me forjar como aquela que é inabalável, em determinados momentos aiolnda me precipito e visto a roupa de inalcansável. E lá de cima da autosuficiência arrogante toda a vista perde a nitidez. Um é parte do processo, ninguém está acima dele, ou isento dele. 'Vamos construir uma ponte em nós' é a boa da vez pra quem tende a se ensimesmar. Mas, claro, são bem escolhidos os 'outros lados' pra amarrar a corda.

- Eu não sei qual o sentido da existência, se tem alguma coisa depois da morte ou se temos uma missão nesse tempo de vida. Mas acho que tudo acontece para que possamos, de algum modo, aprender alguma coisa. Se, hoje, tivesse que resumir a aula, seria: olha e ouça, veja e escute os outros. Isso é sempre certo.

- Se você não disser para uma pessoa o quanto gosta dela, talvez ela nunca saiba e talvez ela ainda pense o contrário. Ok, escrevi no post de antes que existem 'n' jeitos de fazer isso, e sigo na ideia - mas é preciso que o conteúdo da mensagem fique bem claro pra quem recebe. Certificar-se de que a pessoa realmente entendeu-se gostada é linguagem universal.

- Notas fragmentadas para teorizar sobre pensamentos inconclusos. Não estou num momento em que pensar sobre colocar pontos finais pareça minimamente interessante. Melhor desenhar três pontinhos e simbora pra próxima página.

09 abril 2010

Mato que sai coelho

Tem aquelas situações que a gente pensa que não vai tirar nada de aproveitável. Mas aí surge uma pérola que salva a colheita. Então que ontem ouvi uma teoria descolada sobre as três formas de amar.


Uma delas é a pessoa que ama por meio da fala. Ela se declara mil vezes, usa todas as palavras do universo pra mostrar o quanto gosta, o quanto se importa. Por esse perfil, ela só vai se sentir amada quando a outra pessoa usar esse mesmo canal de expressão, o único que ela reconhece, para manifestar o seu gostar.

Tem outro tipo que ama pelo tato. São os que vivem abrançando, se pendurando, tocando. Da mesma forma, entendem-se queridos quando a outra pessoa usa do toque para se expressar carinhosamente.

O terceiro tipo é aquele que ama pelo serviço. Essas pessoas demonstram que amam não se declarando ou tocando, mas sim fazendo. Elas dizem o quanto gostam através de ações para o outro. Para essa, pouco importa as palavras ditas ou os abraços dados. Valem os atos feitos. Assim, ela só vão saber que são amadas quando a outra pessoa fizer algo por elas ou para elas.

Pelo menos curiosa, essa teoria. Certamente você consegue dividir um bocado de gente conforme as colunas de cada perfil. E, mais certamente ainda, você vê por outro ângulo como aquela pessoa que até então você achava fria e distante na verdade estava utilizando um canal de comunicação sentimental que você vinha sendo incapaz de perceber.
A boa da vez é, então, descobrir qual o perfil do seu(s) bem-quisto (s) e manifestar o seu apreço de uma forma que ele entenda, mesmo que não seja a sua forma preferida de fazê-lo. No fim, tudo se resume a um acertar o tom (e sim, todos os conceitos necessários para a sobrevivência cabem numa dupla de mãos e já estão conosco há mais tempo do que imaginávamos. Questão de descobrir e colocar em prática).

04 abril 2010

Saber ou não saber

Ou você sabe lidar com o estresse ou você surta. Porque estar estressado não é uma condição sustentável a longo prazo. Você pode passar diariamente por situações estressantes, mas se estiver estressado durante toda a vida, bom, possivlmente não vai ter muita vida pra contar como história. Ou pra quem contar, enfim.

Embora esteja morrendo de vontade de colocar aqui um clichezinho do tipo 'espero que o coelhinho da páscoa me traga uma cesta não de ovinhos, mas de píluas para fazer sumir o estresse', não vou porque deve ser pecado. E porque o estresse não precisa sumir, afinal, a teoria da evolução mostra que só os capazes de se estressar sobrevivem. Hoje continua assim, na selva que é o mercado de trabalho (ahá! esse pode, pelo menos até o dia do trabalho, né).

Eu sei lidar melhor com a pressão do que com o estresse. Acho, porque pode ser que não saiba lidar com ambos. Mas e quem sabe? Os autores das dez dicas para  _ _ _ _  (qualquer coisa que as pessoas normais simplesmente não conseguem fazer).

Não tenho curiosidade em saber o quanto tensionada a corda pode ser antes de estourar. Mas - soem os alarmes - já tem algumas fibras abrindo as pernas (porque eu a-d-o-r-o usar linguagem de bodegueira). O banho de sal grosso vou testar logo após os pés descalços na grama. Vou cortar a carne vermelha e os doces por uma semana, quando tomarei os dois litros diários de água recomendados. Antes de dormir vou mentalizar os chakras emitindo suas luzes e vou me espreguiçar demoradamente ao acordar.

Não, não estou considerando a possibilidade de isso não funcionar. Coisas que não funcionam fazem mal pro meu estresse.

Dã!

Diz a Urania: "Exageros são uma tendência forte, embora passageira. Cabe a moderação em todos os gestos e palavras".

Aham, viajou legal, né. Pelo menos 'gestos e palavras' não inclui 'porções' nesse domingo de Páscoa, néam,

29 março 2010

Você também já sabia?!

28 março 2010

Menage


Ele consegue dar conta de duas tranquilamente. Três ou até quatro, dependendo da resistência, não são páreo para ele. Quando ele entra, você sente o caminho se abrindo por dentro de seu âmago. E você pode pedir uma atrás da outra, sem parar, que ele aguenta.

Ele pode seguir em frente até que você esteja completamente saciada - e geralmente é, sim, você quem entrega os pontos antes. Ele segue lá, se oferecendo para mais uma. Eu já cheguei ao número de nove em uma única noite. De vez em quando ele me provoca, desafiando pra ultrapassar essa marca. Mas eu disfarço, dou uma ou duas, rapidamente e desconverso. Porque ele pode me fazer perder o controle de um jeito incomparável.

Eu, que tenho um fraco pelos tons laranja-dourado, com um quezinho de marrom, simplesmente não posso resistir - tampouco a ele. José, o Cuervo. Especial, quando você pretente estimular o sexto sentido para alcançar o sétimo céu. Sempre com os devidos cuidados para não acabar, acidentalmente, com um oitavo passageiro à bordo. E que venha a Páscoa, para tirarmos a prova dos nove.

22 março 2010

Oh, céus

Será que vamos entrar numa fase de listar coisas que uma vez fazíamos e que agora não fazemos mais?

Será que ninguém mais sente falta das coisas que uma vez fazíamos e que agora não fazemos mais?

Será que voltaremos a fazer as coisas que uma vez fazíamos e que agora não fazemos mais e cuja falta eu sinto?

21 março 2010

E aí, vamu se mexer, então?!

Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
“Só não desonre o meu nome”

Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?

Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome
Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber

Me Adora
Pitty

20 março 2010

Eu, Cristiane F.

Vamos começar a ler a crônica abaixo sentados em círculo, cada um dizendo seu nome e há quantos minutos está sem olhar pro celular.


Nomofóbicos

Guarde essa palavra: nomofobia. A expressão (do inglês “no mobile”, sem celular) apareceu pela primeira vez há cerca de dois anos em um estudo britânico sobre hábitos dos usuários de celular. O resultado mais surpreendente da pesquisa, e que acabou dando origem à palavra, foi que 53% dos entrevistados admitiram praticamente surtar quando esqueciam o telefone em casa, ficavam sem bateria ou fora da área de cobertura da operadora – mais ou menos como acontecia antigamente quando as pessoas deixavam as chaves ou a carteira em casa.

É uma maluquice mansa, é verdade, como usar a mesma cueca todas as vezes em que o time disputa um campeonato importante ou fazer simpatia para conseguir marido, mas, ao contrário de outras mitologias cotidianas, essa de que o mundo vai acabar se você não estiver conectado 24 horas por dia passa por raciocínio lógico e sensato – e chega a ser muito bem vista em alguns ambientes. Tente convencer um nomofóbico (tenho certeza de que você conhece um) de que ele pode desligar o telefone enquanto janta à luz de velas com a namorada ou durante o velório da avó: seja ele um guri espinhento ou um atarefado executivo, vai contra-argumentar como se fosse o próprio presidente dos Estados Unidos e estivesse aguardando uma ligação que pode impedir o início da Terceira Guerra Mundial. E como ninguém mais usa o telefone apenas para encontrar e ser encontrado (mas para ver as horas, conferir a agenda, mandar torpedos, ler e-mails, abastecer o Twitter, conferir a rota no GPS...), o nível de ansiedade dos nomofóbicos tende, em breve, a alcançar extremos nunca dantes navegados, com consequências que a gente pode apenas imaginar por enquanto.

Os nomofóbicos argumentam, como os tabagistas antes da revolta dos fumantes passivos, que só prejudicam (se é que prejudicam) a eles mesmos. Mas não é bem assim. A primeira consequência cotidiana facilmente verificável é a quebra de alguns protocolos básicos de cordialidade e convivência social. Se você está conversando com alguém – seja a namorada aquela do restaurante, sua avó ainda viva ou seus colegas de trabalho –, esta pessoa merece ser honrada com sua atenção e interesse. Qualquer um que já foi trocado por uma ligação ou um torpedo sabe a cara de banana que a gente fica quando nosso interlocutor não nos concede sequer o benefício de um “com licença” antes de lançar-se ao aparelho como se fosse a última fatia de nega-maluca do aniversário. No telefone, como no trânsito, deveria valer a mesma regra de civilidade: pessoas são mais importantes do que não pessoas. (Falando em trânsito, a apresentadora americana Oprah Winfrey está promovendo em seu programa uma enorme campanha contra o “texting and driving”, o hábito de mandar mensagens ou e-mails enquanto se dirige, uma irresponsabilidade tão grande quanto dirigir bêbado e que está se tornando cada vez mais comum – lá como aqui.)

Para encerrar, confira abaixo uma lista de sinais que podem sugerir que uma pessoa “ligada” já está virando “nomofóbica” :

– Se esquece o celular em casa, volta de onde está para pegá-lo.

– Tem sensação de pânico quando fica sem celular.

– Abandona tudo (tudo mesmo, inclusive aquilo) o que está fazendo para atender o telefone.

– Carrega o celular na mão para atender mais rapidamente.

– Checou o celular pelo menos uma vez enquanto lia esta coluna...

Cláudia Laitano, ZH de hoje.

16 março 2010

Pelo bem da quarta-feira

Porque o melhor jeito de desopilar o cérebro do 'pensar-escrever' é, quem diria, um pouco mais de 'pensar-escrever'. Mas, ok, em tópicos, porque verborragia a essa hora ninguém merece.

Se você também é do tipo que se entedia facilmente, veja se concorda com essa linha: às vezes você precisa muito de um brinquedo novo para se distrair - aí brinca, brinca, brinca com ele apenas para, dali a algum pouco tempo, perceber que tudo que você queria estava ali naquele velho baú a sua frente. Mas você precisava passar os olhos pelo que tinha de novidades na loja só para relembrar essa certeza.

Se você também é do tipo passional, já deve ter experimentando aquele ímpeto de se fartar ao extremo assim que descobre algo que é novo e bom. Então você quer aquilo e tem daquilo a todo momento, na maior quantidade possível, até o ponto de não poder mais. Que é quando perde o encanto, enjoa e deu, não tem mais graça. Aí você dá um tempo e fica light - até que surja outra novidade pra alterar sua órbita.

Se você também é do tipo melodramático, sabe como é sentir o chão ruir sob seus pés ao se perceber na história não como aquele que se enjoa, mas como aquele de quem se é enjoado.

Se você também é do tipo egocêntrico, entende por que é preciso ser sempre a primeira escolha, a opção preferida, a primeira pessoa que vem à mente de.

Se você também é do tipo que é tudo ou é nada, sabe como é fácil marcar o delete nessas aventuras quando assim se decide. Ou quando assim elas pedem. Ou quando assim elas fazem por merecer.

Ok, then.

Você sabe, com certeza, que a coisa f***u quando um diálogo desses surge assim, do nada:

E segue assim:


Só a tequila salva. Porque, pela sobriedade, g-zuz não conduz.

--

A pedidos, a origem, aqui.

Só o funk salva

"uma moda vou lançar
vai me enterrar na areia?
não, não, vou atolar,
to ficando atoladinha, to ficando atoladinha"

Em tempos de caos instituído como regra, é o que resta. Porque se for levar a sério ...

14 março 2010

Eu copio

"Frases de efeito são empolgantes, porém nem sempre saudáveis."

12 março 2010

Vai pro banco, vai

Não, não. Se você vai começar a ler este post com o ar de xororô no mode on pode parar aqui e vá ler, sei lá, o blog da luciana. Não tô com paciência pra autopeidade. Aliás, não tô com paciência e ponto.

Complicado isso de quando a gente manifesta algo, esperando algum tipo de reação, qualquer que fosse, e vem só o silêncio. Não que o silêncio não seja uma reação. Só que é uma reação ininterpretável. Ou melhor, é uma questão de múltipla escolha sem gabarito - pode ser entendido como todas as alternativas corretas ou como nenhuma das alternativas anteriores.

Porque o silêncio pode significar qualquer coisa. Desde um não saber que som emitir, a um constrangimento sobre o som a ser emitido, até uma estrandosa concordância, ainda que muda.

Essa semana já visitei todas as letras de uns oitenta alfabetos pensando em qual seria a alternativa certa para o silêncio que me foi dado como resposta. Pensei em toda e descartei todas. Mas teve uma que foi, até agora, a bala da roleta russa.

Quem cala, consente, diz o ditado popular, porque, embora eu os odeie, eles sempre têm o melhor resumo da ópera. Se o contrário não veio, o que resta, agora, é colocar em prática aquilo confirmado pelo não dito.

É assim, como um jogo de xadrez. Um movimento feito seguido de um xeque-mate recebido.

11 março 2010

Não tente fazer isso em casa

O blog da Nádia não recomenda, mas quem resiste a um pastel de requeijão em plena quinta-feira, às 14h, depois de um belo almoço com, quem diria, esse mesmo pastel no prato?!

Hauhauhau

08 março 2010

Dia da Mulher

Sem powerpoints, né.

Mas, pra ler, aqui.

Hope so

Programei essa postagem para ser publicada na segunda-feira, dia 08, às 0h01, e que, ao entrar no ar, logo emanasse ao Cosmos as devidas energias e se concretizasse, tal qual pedido feito a estrela cadente.

'Tudo em paz, devidamente em seu lugar. E o ano pode, para o bem, começar.'

So I hpoe.

06 março 2010

Nada a comentar

01 março 2010

paciência, né

Ok, máster feio fazer piadinhas sobre a desgraça alheia, por mais legítima que ela seja - mas o que é um p* pra quem já está c* mesmo ... o que mais o cosmos pode fazer anyway .. irresistível né ..

27 fevereiro 2010

Ah, essa modernidade

Falar com as pessoas online é algo, tipo assim, melhor-invenção-desde-a-roda (ok, pode ser desde a batata frita também, enfim).

Falar online com as pessoas que estão longe é bacanérrimo.

Falar online com as pessoas que estão do outro lado do planeta, no futuro, começa a ficar meio freak. Cuida o detalhe:

hoje pela manhã, enquanto
discutíamos sobre 'o tempo'.



Agora assim, falar online com as pessoas do outro lado do mundo e vê-las, em tempo real, é além da capacidade de compreensão de alguém cujo primeiro contato com o computador foi em linguagem DOS.

o môço de barba é o Caco, no futuro e do outro lado
do mundo. o 'x' sou eu, a mulher das cavernas.

22 fevereiro 2010

Domingo no parque

Nós, na roda gigante, na Festa da Uva, em Caxias.
Do outro lado dava pra ver boa parte da cidade.

Tenho muita saudades da minha cidade. Tenho todos os dias. Domingo, vendo-a em panorama, tive mais ainda. Porque ela é assim, fica na gente pra sempre.

Minha cidade não é bordada de parreirais e nela o vinho não jorra em cascatas reais. Na minha cidade as ruas são largas o suficiente para carros (carros, não tobatas) e, nas calçadas, é possível caminhar sem estar em fila indiana.

Na minha cidade as pessoas se vestem com aquele ar de moradores de metrópole, porque têm um complexo mal resolvido com o povo da capital, diga-se; e não há nada de aristocrático nem descolado nisso - mas as pessoas podem andar pela rua sem serem examinadas dos pés à cabeça pelos demais transeuntes.

Na minha cidade tem uma festa que se diz cultural, tenta ter um toque de feira de comércio mas, na verdade, serve mais pra reforçar os brios de quem é de lá. Porque só quem é de lá entende e vai defendê-la, tendo todos os pontos negativos que a festa tiver. Minha cidade tem um quê de comunidade do interior, quem diria.

Minha cidade não tem mais a minha casa, não tem o meu espôso, nem muito da minha família, nem o meu emprego e nem todos os meus melhores amigos. E é por isso que não posso, efetivamente, pensar em voltar pra lá, porque seriam muitas as minhas perdas.
Mas a minha cidade tem o meu coração, e por isso essa sensação de filho pródigo, de eterno imigrante, é algo que um não pode simplesmente evitar.

21 fevereiro 2010

Tem mensagem pra vc

Porque sempre aparece algo pertinente à pauta da semana. E, claro, com ponto e contra-ponto.

"Para os que ficam, é um alívio poder sentir próximo aquele que está longe, mas aquele que está longe tem o direito ao sumiço – e o dever até."

Na íntegra aqui.

17 fevereiro 2010

Eureka

Então que tem uns dias que venho sentindo uma vontade muito grande, quase que incontrolável, de devorar qualquer coisa. Ou melhor, todas as coisas do universo. Buscava uma explicação e ela finalmente veio: tenho toda essa vontade de engolir pra ver se toco pra baixo a série de coisas que tenho engasgadas na garganta.

Não tem funcionado. Acho que vou precisar experimentar o sentido contrário - tocar elas para cima, falando até colocar pra fora isso que tem causado o nó. O problema é que eu não tenho o lead formulado, ainda.

Uma delas é uma impressão que eu teria muita curiosidade de ver se concretizar.
A outra delas é uma impressão que eu não tenho conseguido desfazer há algum tempo, embora não quisesse ver se concretizar. Acho. Embora também ache que não tem outro caminho possível a essa altura.

E, se pelo menos eu não fosse tão paranóica, poderia ter o discernimento nessa hora, pra ver o que vale realmente a pena ser dito. Bem que poderiam facilitar pra mim, for a change.

15 fevereiro 2010

À deriva

Sim, todo mundo sabe que os picos criativos / produtivos estão sempre na crista das ondas da raiva, da indignação, da tristeza, da melancolia. Ninguém é brilhante quando está bem. Aliás, todo progresso da humanidade deve ser consequência de alguém tentando expurgar alguma mazela interna e, como forma de expressão, caiu na genialidade.

Os momentos de calmaria são por demais suspeitos. Preocupa um pouco quando as águas internas estão tão calmas - é sempre sinal de que algo vai emergir.

Dia desses, lendo o bom e velho horóscopo, o conselho era pra fazer listas (óinm, ele sabe que eu adoro uma listeeenha!!!). De prioridades, do que realmente importava, essas coisas que só a auto-ajuda explica. Can't do it. Sem foco. Só à espreita. Lembro de ter lido que antes do tsunami aquele que levou embora uma porrada de gente o mar recuou e ficou praticamente uma piscina por alguns momentos. Pode ser que não tenha nada de fundamento e/ou veracidade esse dado, mas vale pela simbologia (porque jornalista tem essa mania de, quando com muita preguiça de checar a veracidade de uma informação, achar uma desculpa pra não parecer tão relapso).Pior que nem a tensão de não saber o que vem por aí parece ser suficiente pra fazer girar a roda.

Aos guardanapinhos, assim que der.

12 fevereiro 2010

Parabéns!!!

Parabéns pra ele!! Não só pelo aníver, mas por ter vencido a subnutrição daquela idade.

bjooo

09 fevereiro 2010

Watch and learn

"Eu posso não ter o maior talento, mas tive uma oportunidade".


08 fevereiro 2010

Um pouco de poesia

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

Carlos Drummond de Andrade


No dia em que o burro brabo poderia passar, dando uma carona para lá, onde a existência é uma aventura ... porque aqui ..

In the sky

Tem algo que torna perfeito os dias de temporal anunciado. Não sei se é a substituição do sol pelas nuvens negras, daquele tipo que torna o caminho iluminado pelos postes às oito da manhã; o vento que parece impulsionar a velocidade dos transeuntes, ansiosos por chegar logo ao abrigo e se proteger da tormenta; ou a alteração na movimentação dos elétrons que faz girar, por dentro, uma corrente em alta voltagem que chega a ser tão imobilizadora quanto um choque.

01 fevereiro 2010

Verdade

Pode até não ser uma verdade absoluta - mas deve estar bem perto.

Aqui.

Teoria

Sherlock Holmes não é o tipo de filme que me faria correr ao cinema. Porém, em tempo de eMule, né...

Então, outro dia estava falando com um cliente, acho que era, e ele comentou que o legal do filme é uma frase que diz algo mais ou menos assim: você deve analisar os fatos pelo que eles são. Se analisá-los sob a ótica de alguma teoria, você os distorcerá de modo que eles comprovem a sua teoria.

E não é que, tipo, eu sou máster-ultra-top nisso?! Posso transformar um 'oi' em argumento pra 3ª Guerra Mundial. Porque EU SEI o que a pessoa realmente quis dizer quando usou aquele determinado tom pra fazer aquele determinado comentário justamente naquele momento. E, obeveamente, era contra mim, pessoal e intransferivelmente contra mim (entra aqui a cena do Di Caprio: I'm the king of the world).

Então não se invente de me falar qualquer coisa, seja ela com a intenção que for, que eu vou inverter a situação de tal modo que realmente fique claro o quanto você está insatisfeito, o quanto você está sendo hostil, o quanto você não gostou de algo que eu fiz ou qualquer outra justificative que me convier.

Depressão, estresse, excesso de informação .. ok, podem estar todos na lista de 'males do século'. Mas quem puxa o bonde é este aqui:

inferir: (lat inferre) vtd Deduzir por meio de raciocínio, tirar por conclusão ou conseqüência: Pela letra inferiu logo quem lhe escrevera. Infira-o o leitor da seguinte história.

E quero ver alguém convencer do contrário. A menos que seja algo pessoal daí ...



Ps.: claro, sobre o filme: bacaninha. a trilha fica na cabeça pra sempre e você tem uma vontade incontrolável de ter Robert Downey Jr como melhor amigo.

Para ler, sentar e morrer de inveja

As viagens de Gulliver

versão 2010

21 janeiro 2010

Coisas que eu não quero saber

- Quem virou madrinha de bateria de qual escola; quem trocou de escola de samba pela qual desfila, quantas horas de malhação a pessoa está fazendo para desfilar na escola de samba em que é madrinha de bateria por cento e cinco mil anos, samba-enredos quaisquer e a nova arte da globeleza.

- Qualquer coisa relacionada à escalação de times de futebol, sejam eles de que divisão forem, de que campeonato participam e em qual moeda foi feita a transação comercial de seus jogadores.

- O que vai acontecer com personagens de novela ... porque são PERSONAGENS de uma NOVELA. Sacou a não relevância prática?!

- Frases opinativo-afirmativas que terminam com um irritante 'né????', forçando a uma resposta confirmativa pra ver se, pelo menos, o silêncio volta.

20 janeiro 2010

Pode ser também

Uns não entendem. Tem quem vê como pira. Pode ser excentricidade, talvez. Mas, quem sabe.

“...
muitas vezes nos achamos tão insignificantes que sequer paramos para pensar que podemos ser mensageiros, como se fôssemos anjos de carne e osso. Nos falta a compreensão do que estamos fazendo aqui. Aí precisamos de uma tragédia para tentar nos lembrar de nosso papel.
(...)
Talvez em um primeiro momento a ideia não fique bem clara. Mas é só pensar em quantas pessoas nós já influenciamos ou ajudamos ao longo da vida. Todo mundo tem alguém que lhe é grato, pelo motivo mais banal que seja.
E, se esse poder existe, a gente pode multiplicá-lo mil vezes — esse é o efeito real.”

Ler na íntegra.

18 janeiro 2010

Porta retrato

Porque eu não sou ligada nessas formalidades de direitos de imagem, selecionei fotos novas pro meu porta-retrato sem sequer pedir autorização pros personagens em questão. Bom, também, né, vão fazer o que?! Processar?! hauhauhau

Semana na boua

Pra começar a semana light, duas bacaninhas de acessar - leitura pra dar um tempo e resetar a caixola entre um item e outro da lista de pendências.


15 janeiro 2010

Where do you go

And the Oscar goes to ... a boa da vez que não sai da cabeça:

13 janeiro 2010

Conexão léxica

Tédio: sm (lat taediu) 1 Desgosto profundo, que faz que se olhem com repugnância as pessoas, as coisas ou os fatos. 2 Aborrecimento, desgosto, enfado, fastio.

Enfado: sm 1 Ato ou efeito de enfadar. 2 Agastamento, zanga. 3 Cansaço. 4 Impressão desagradável, mal-estar. 5 Tédio, fastio.

Enfastiar: vtd e vint 1 Causar fastio ou tédio a. vpr 2 Enfadar-se, enojar-se. vtd 3 Tornar-se aborrecido a; molestar, cansar.

10 janeiro 2010

Fases

Ano passado, pela passagem do aniversário de Kassandra, escrevi uma postagem. Diferentemente do que fiz então, neste 11 de janeiro aproveito os ensejos da data (uau, hein), para escrever sobre fases. E posso fazer isso, neste dia em especial, em que supostamente deveria discorrer sobre parabenizações e votos de felicidade eterna, porque ... bem, porque nós já passamos dessa fase.

Não pela quantidade de anos que compartilhamos, pelas situações bizarras que protagonizamos ou pelas confidências que trocamos - não em isolado por qualquer uma dessas razões, mas quem sabe pela soma dessas a outras tantas que não se pode mensurar - nós passamos da fase da burocracia. Passamos da fase das formalidades. Passamos da fase do querer impressionar. Do tentar esconder as insanidades de nossas famílias problemáticas em nome da manutenção das aparências. Do responder 'tudo bem' - ou melhor, passamos da fase do perguntar se está tudo bem para perguntar o que houve.

Passamos a fase das reticenças que levam aos mal-entendidos. Da hesitação ante assumir o papel de megera e descer o cacete (metaforicamente falando, porque ninguém pensa em descer o cacete numa pessoa faixa preta) sempre que necessário.

Porque nós já passamos de todas essas fases é que eu posso não escrever o quanto única ela é e quantos mil votos de tudo o que há de melhor eu tenho para ela.
Posso, embora tenha passado o fim de semana inteiro guardando os últimos 0,39 centavos de crédito disponíveis no celular e precisado utilizá-los na noite de domingo, não mandar uma mensagem logo após a meia-noite dizendo que lembrei da data e desejando felicidades. Porque ela sabe tudo isso. E sabe que o 'tudo isso' certamente não é uma fase que passa.

09 janeiro 2010

No espelho

A diferença entre como as coisas realmente são e como a gente faz elas parecerem ser é fascinante. Tome por exemplo a seguinte cena:

"é sábado à noite e um pré-balzaquiana, recostada na poltrona, na sala de estar de sua casa, no campo, repõe o espumante na taça, fitando a dança dos insetos iludidos pela luz da lâmpada do poste, do outro lado da rua, enquanto, em sua mente, disputam a atenção tantos planos de um ideal de sucesso pleno e ideias quanto as borbulhas que emergem da bebida que lhe faz companhia."

Ou o cenário poderia ser esse, quem sabe:

"assistindo o ponteiro do relógio empurrar as horas da noite lentamente, a futura balzaquiana decide sorver a viagem no tempo contida numa garrafa de espumante. sozinha, no sofá da sala, na casa no meio do nada, limita-se a fitar os insetos que teimam em roda a lâmpada do poste, do outro lado da rua, do mesmo modo que ela insiste em reprisar na memória a série de infortúnios, ausências e equívocos que tão bem lhe fazem companhia."

E então, pra que lado você vai? Tim-tim.

08 janeiro 2010

Saci

Tem uma parte que diz 'na saúde e na doença', né. Pelo menos essa segunda parte rende umas fotos engraçadinhas.

05 janeiro 2010

Silêncio

Um pode compreender a dimensão do silêncio quando não tem com quem falar - mas sobretudo quando não encontra ninguém que verdadeiramente se disponha a escutar.


"Silence is the shield of the ignorant and the protection of the wise. For the ignorant does not prove his ignorance if he keeps silent, and the wise man does not throw pearls before swine if he knows the worth of silence. (...)

It is restlessness when a person speaks too much. The more words are used to express an idea, the less powerful they become. It is a great pity that man so often thinks of saving pennies and never thinks of sparing words. It is like saving pebbles and throwing away pearls.


An Indian poet says, 'Pearl-shell, what gives you your precious contents? Silence; for years my lips were closed.' For a moment it is a struggle with oneself; it is controlling an impulse; but afterwards the same thing becomes a power."

Trechos retirados daqui, pesquisa que não foi aprofundada, mas inspirada por um relance de Illuminated Rumi.