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27 junho 2008

Automático

Na falta de um gancho melhor para começar esse post, e pela preguiça de pensar em algo criativo para o abre (vou preservar meus lampejos, sempre tão raros, pras situações que colocam o pão na mesa); vou de lembrança da infância:

Lembram daqueles papéis de bala de cereja que vinham com mensagenzinhas do tipo 'amar é ..' ou 'libra é signo de ...' pois hoje eu compus mentalmente a minha coleção pra colar na agenda. Começa assim:

- Infantilidade é quando você faz beiço por as coisas não saírem do jeito que você espera.
- Noção é quando você optar pelo silêncio porque sabe que, se abrir a boca, vai fazer estrago.
- Auto controle é realizar mentalmente que as coisas precisam seguir em frente, conter as reações e tocar o barco.
- Atitude é quando você sai para dar uma volta ao redor da quadra, compra um café com leite e regula os índices de adrenalina e glicose no corpo.
- Humildade é quando você admite que nem sempre age da melhor forma possível e tenta, do seu jeito, remediar a situação, e, a seu modo, esboçar um pedido de desculpas.
- Tranquilidade é quando você analisa e percebe que não fez tudo completamente errado, que o caos não vai necessariamente se instalar por causa da sua imaturidade emocional frente aos problemas, e que, dentro do possível, está tudo bem.
- Frustração é quando cada vez mais aparece a certeza de aquela voz dizendo 'cuidado, perda de tempo' estava certa.

23 junho 2008

Back to black

Seguindo a onda pop, eu vou de back to black. Porque agora sim, chega de palhaçada. Cada um com sua vida sob seu controle e sua espada em punho. Chega de só fazer reclamar né, porque de gente uó o mundo já tá cheio por aí.
Quer ver feito? Faça.
Quer que os outros saibam? Fale.
Ficou com dúvida? Pergunte.
Não gostou? Reclame.

E às favas com os mal-entendidos, meios-termos e ditos-pelos-não-ditos.

21 junho 2008

Matou.

A Zero Hora de hoje pegou e matou a charada. Olhem só:

Chama esgotada

Exauridos física e emocionalmente, profissionais adotam comportamento frio e cínico no trabalho, condição conhecida como burnout

Três em cada 10 profissionais brasileiros estão passando por uma preocupante mudança de comportamento causada pelo estresse crônico no trabalho. Eles não faltam ao serviço, mas passam a encarar as tarefas e os colegas com frieza e distanciamento. Desprezam as conquistas e vêem os novos desafios como inalcançáveis. A eficiência cai e, com freqüência, sentem-se péssimos por isso, mas não conseguem mudar. A chama do idealismo que os mantinha na luta se apagou.

Desde a década de 70, pesquisadores tentam entender como e por que bons trabalhadores acabam se tornando mortos-vivos no emprego, condição que médicos e psicólogos chamam de síndrome do burnout. Oriunda do inglês, a expressão significa fogo incontrolável e destruidor - o que em português passou a ser sinônimo de esgotamento. Diferentes teorias mostram que o estágio mais devastador do estresse que atinge 30% da população economicamente ativa brasileira, segundo uma pesquisa inédita da International Stress Management Association (Isma-BR), tem uma íntima relação com baixos salários e longas jornadas de trabalho. Agora, um novo estudo conduzido pelos maiores especialistas em burnout do mundo, os psicólogos Christina Maslach e Michael Leiter, revela que esses não são os fatores cruciais. Após avaliar 992 funcionários de uma universidade, eles descobriram que a falta de consideração e as injustiças no ambiente laboral estão na origem do comportamento zumbi assumido por profissionais esgotados.

- O principal fator é a falta de transparência sobre os valores corporativos. Quando as organizações falham nesse quesito, os funcionários se tornam mais suscetíveis ao burnout - detalha Leiter, co-autor do livro traduzido para o português Trabalho: Fonte de Prazer ou Desgaste? e um dos palestrantes do 8º Congresso de Stress da Isma-BR, que será realizado de terça a quinta-feira, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael, na Capital.

Em entrevista ao caderno Vida, Leiter disse que a percepção do funcionário de que ele está sendo avaliado e tratado injustamente apareceu no estudo de muitas formas: tanto na figura de um supervisor desrespeitoso quanto na recusa mal explicada de uma promoção. A má notícia é que ninguém está imune ao estágio mais avassalador do estresse. Estudos mostram que os ingredientes que diferenciam um profissional no mercado - como a motivação, por exemplo - podem ser os mesmos que o levam ao esgotamento. Outrora idealistas, os trabalhadores acabam desenvolvendo mecanismos de defesa, como a frieza e o cinismo depois de anos de frustração e falta de reconhecimento.

Essa pode ser uma das explicações para o alto índice de burnout encontrado por uma pesquisadora entre professores da rede pública no Brasil. Ao tentar identificar em mais de 8 mil docentes da Educação Básica de um estado da região Centro-Oeste a presença dos sintomas que caracterizam a síndrome do burnout, a pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Nádia Leite descobriu dados estarrecedores. Cerca de 15,7% dos docentes tinha a síndrome e quase 30% apresentaram exaustão emocional em nível considerado crítico. Ou seja, estavam à beira do esgotamento total. A baixa realização profissional foi citada por 31,2%, enquanto 14% estavam distantes dos alunos.

- O burnout não é nem mais estresse. Com estresse, a pessoa luta. No burnout, ela desiste de lutar e perde as condições de se reabilitar sozinha. Mas continua trabalhando. Por isso, é uma desistência simbólica. Ela está e não está em sala de aula - explica a psicóloga Nádia Leite, colaboradora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB.


18 junho 2008

ao meu amor

Ao meu amorzinho, se eu não digo com a frequência que deveria, deixo aqui pra rever sempre que quiser:
ti amu!

Ninguém.

17 junho 2008

Quimera

Quisera eu poder olhar para trás e não ter rapidamente que voltar os olhos para frente pela vergonha de ver o que está para ser visto. Quisera eu não sentir aquele mal-estar subindo pela espinha ao lembrar de todos os silêncios de chumbo, das palavras perdidas e das mal colocadas. Quisera eu não sentir o gosto acre das vezes em que joguei o jogo da indiferença e fiz o contrário do que deveria; não ver a sombra que se fez na muralha da minha insegurança e que matou talvez as mais belas flores que pudessem haver pelo caminho. Quisera eu ter sido sempre mais eu - e quisera eu ser mais eu também agora, para dizer algo que já não tenha sido dito, usando palavras que já não estivessem cansadas de serem repetidas.
Quisera eu saber que, daqui a pouco, então, poderei olhar o que ficou com outros olhos e ver outras formas. Mais quentes, mais alegres, mais nossas. Mas, como todo pseudo-escrito que rabisca sua poesia, embora na forma de prosa, prevejo que o desfecho nem sempre tem o colorido que a gente espera, e que a vida deixa seus rastros em tons de sépia, mesmo com uma borboleta na história.

12 junho 2008

seguinte, o dia.

Ela sabia que tudo não passava de ilusão - até mesmo quando fingia que encontrava alívio naquela forma de desabafo. O passar dos dias era, afinal de contas, um se enganar sem fim, daqueles em que se segue virando a próxima página não por esperança de encontrar algo melhor, porque se sabe que não, nem por teimosia, mas porque se sabe que o deixar de agarrar aquele fio é igual ao desistir.

Ela ia levando, então. E quando estava tudo bem, erguia a sobrancelha como que espreitando a chegada do ruim, tal como aquele que anda pela estrada reta e aperta os olhos em busca da curva. E, quando estava tudo bem, ela se auto-sabotava, germinando o ruim ali dentro, tal qual o andarilho que, embora com o lápis na mão, insiste em desenhar pedras no caminho.

11 junho 2008

no ar

08 junho 2008

Sing a song

Sempre com as músicas mais apropriadas para o momento.

Quero ver você não chorar,
Não olhar para trás,
Nem se arrepender do que faz.

Quero ver o amor vencer
E se a dor nascer,
Você resistir e sorrir.

Se você pode ser assim,
Tão enorme assim eu vou crer
Que ninguém é triste
E que no mundo existe amor.

07 junho 2008

rapidinhas

- quem mais é do tempo quem se ia à biblioteca fazer pesquisa para os trabalhos da escola e voltava para casa com várias folhas escritas à mão e outras tantas xerocadas para, depois, passar tudo para folhas de papel pautado?

- relaxante muscular deveria ser distribuído gratuitamente nas ruas. parece que meu cérebro mora numa nuvem.

- ninguém avisa que andar de karts é extremamente fedorento. eu aviso: quando for, vá com roupas que possam ser descartadas depois.

- pensar nas pessoas com carinho é otemo (ok, deve ser algum resto do efeito do relaxante muscular).

04 junho 2008

Look at me, please.





no words can do it

There are days when no words can describe how on feels like.

resta abstrair. e colocar um fundo branco no blogue.


02 junho 2008

Era uma vez

Era uma vez, num reino muito, muito distante, uma princesa que se chamava Feliz. Feliz era uma jovem de seus 20 e poucos anos, com a sabedoria de quem já tivesse vivido muito séculos, e a motivação de um dia de sol que recém desperta. Era segura e confiante, sem deixar de ser simples e humilde. Feliz era querida por todos seus súdidos porque era simpática e agradável. Por isso tinha bons amigos, que enfrentariam infinitos exércitos por ela.
Com o poder da palavra, encantava a todos ao seu redor. Falava o que precisava ser dito e nunca magoava seus interlocutores. Sempre tinha algo de positivo para dizer e seus conselhos eram buscados por gentes de todos os povoados. Mesmo assim, Feliz era atenciosa com todos. Ela nunca estava sem tempo para coisa alguama, pois suas ações eram rápidas e despachadas. Sua capacidade de decisão era admirada por todos que convivam com ela.
Feliz tinha ao seu lado um belo príncipe com cabelos cor de ouro, que cuidava do reino com tranquilidade e serenidade. E eles viviam de mãos dadas, sempre. Os tempos eram de paz e harmonia e Feliz não chorava nunca.
E ela viveu assim, Feliz, para sempre. Fim.