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27 fevereiro 2010

Ah, essa modernidade

Falar com as pessoas online é algo, tipo assim, melhor-invenção-desde-a-roda (ok, pode ser desde a batata frita também, enfim).

Falar online com as pessoas que estão longe é bacanérrimo.

Falar online com as pessoas que estão do outro lado do planeta, no futuro, começa a ficar meio freak. Cuida o detalhe:

hoje pela manhã, enquanto
discutíamos sobre 'o tempo'.



Agora assim, falar online com as pessoas do outro lado do mundo e vê-las, em tempo real, é além da capacidade de compreensão de alguém cujo primeiro contato com o computador foi em linguagem DOS.

o môço de barba é o Caco, no futuro e do outro lado
do mundo. o 'x' sou eu, a mulher das cavernas.

22 fevereiro 2010

Domingo no parque

Nós, na roda gigante, na Festa da Uva, em Caxias.
Do outro lado dava pra ver boa parte da cidade.

Tenho muita saudades da minha cidade. Tenho todos os dias. Domingo, vendo-a em panorama, tive mais ainda. Porque ela é assim, fica na gente pra sempre.

Minha cidade não é bordada de parreirais e nela o vinho não jorra em cascatas reais. Na minha cidade as ruas são largas o suficiente para carros (carros, não tobatas) e, nas calçadas, é possível caminhar sem estar em fila indiana.

Na minha cidade as pessoas se vestem com aquele ar de moradores de metrópole, porque têm um complexo mal resolvido com o povo da capital, diga-se; e não há nada de aristocrático nem descolado nisso - mas as pessoas podem andar pela rua sem serem examinadas dos pés à cabeça pelos demais transeuntes.

Na minha cidade tem uma festa que se diz cultural, tenta ter um toque de feira de comércio mas, na verdade, serve mais pra reforçar os brios de quem é de lá. Porque só quem é de lá entende e vai defendê-la, tendo todos os pontos negativos que a festa tiver. Minha cidade tem um quê de comunidade do interior, quem diria.

Minha cidade não tem mais a minha casa, não tem o meu espôso, nem muito da minha família, nem o meu emprego e nem todos os meus melhores amigos. E é por isso que não posso, efetivamente, pensar em voltar pra lá, porque seriam muitas as minhas perdas.
Mas a minha cidade tem o meu coração, e por isso essa sensação de filho pródigo, de eterno imigrante, é algo que um não pode simplesmente evitar.

21 fevereiro 2010

Tem mensagem pra vc

Porque sempre aparece algo pertinente à pauta da semana. E, claro, com ponto e contra-ponto.

"Para os que ficam, é um alívio poder sentir próximo aquele que está longe, mas aquele que está longe tem o direito ao sumiço – e o dever até."

Na íntegra aqui.

17 fevereiro 2010

Eureka

Então que tem uns dias que venho sentindo uma vontade muito grande, quase que incontrolável, de devorar qualquer coisa. Ou melhor, todas as coisas do universo. Buscava uma explicação e ela finalmente veio: tenho toda essa vontade de engolir pra ver se toco pra baixo a série de coisas que tenho engasgadas na garganta.

Não tem funcionado. Acho que vou precisar experimentar o sentido contrário - tocar elas para cima, falando até colocar pra fora isso que tem causado o nó. O problema é que eu não tenho o lead formulado, ainda.

Uma delas é uma impressão que eu teria muita curiosidade de ver se concretizar.
A outra delas é uma impressão que eu não tenho conseguido desfazer há algum tempo, embora não quisesse ver se concretizar. Acho. Embora também ache que não tem outro caminho possível a essa altura.

E, se pelo menos eu não fosse tão paranóica, poderia ter o discernimento nessa hora, pra ver o que vale realmente a pena ser dito. Bem que poderiam facilitar pra mim, for a change.

15 fevereiro 2010

À deriva

Sim, todo mundo sabe que os picos criativos / produtivos estão sempre na crista das ondas da raiva, da indignação, da tristeza, da melancolia. Ninguém é brilhante quando está bem. Aliás, todo progresso da humanidade deve ser consequência de alguém tentando expurgar alguma mazela interna e, como forma de expressão, caiu na genialidade.

Os momentos de calmaria são por demais suspeitos. Preocupa um pouco quando as águas internas estão tão calmas - é sempre sinal de que algo vai emergir.

Dia desses, lendo o bom e velho horóscopo, o conselho era pra fazer listas (óinm, ele sabe que eu adoro uma listeeenha!!!). De prioridades, do que realmente importava, essas coisas que só a auto-ajuda explica. Can't do it. Sem foco. Só à espreita. Lembro de ter lido que antes do tsunami aquele que levou embora uma porrada de gente o mar recuou e ficou praticamente uma piscina por alguns momentos. Pode ser que não tenha nada de fundamento e/ou veracidade esse dado, mas vale pela simbologia (porque jornalista tem essa mania de, quando com muita preguiça de checar a veracidade de uma informação, achar uma desculpa pra não parecer tão relapso).Pior que nem a tensão de não saber o que vem por aí parece ser suficiente pra fazer girar a roda.

Aos guardanapinhos, assim que der.

12 fevereiro 2010

Parabéns!!!

Parabéns pra ele!! Não só pelo aníver, mas por ter vencido a subnutrição daquela idade.

bjooo

09 fevereiro 2010

Watch and learn

"Eu posso não ter o maior talento, mas tive uma oportunidade".


08 fevereiro 2010

Um pouco de poesia

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

Carlos Drummond de Andrade


No dia em que o burro brabo poderia passar, dando uma carona para lá, onde a existência é uma aventura ... porque aqui ..

In the sky

Tem algo que torna perfeito os dias de temporal anunciado. Não sei se é a substituição do sol pelas nuvens negras, daquele tipo que torna o caminho iluminado pelos postes às oito da manhã; o vento que parece impulsionar a velocidade dos transeuntes, ansiosos por chegar logo ao abrigo e se proteger da tormenta; ou a alteração na movimentação dos elétrons que faz girar, por dentro, uma corrente em alta voltagem que chega a ser tão imobilizadora quanto um choque.

01 fevereiro 2010

Verdade

Pode até não ser uma verdade absoluta - mas deve estar bem perto.

Aqui.

Teoria

Sherlock Holmes não é o tipo de filme que me faria correr ao cinema. Porém, em tempo de eMule, né...

Então, outro dia estava falando com um cliente, acho que era, e ele comentou que o legal do filme é uma frase que diz algo mais ou menos assim: você deve analisar os fatos pelo que eles são. Se analisá-los sob a ótica de alguma teoria, você os distorcerá de modo que eles comprovem a sua teoria.

E não é que, tipo, eu sou máster-ultra-top nisso?! Posso transformar um 'oi' em argumento pra 3ª Guerra Mundial. Porque EU SEI o que a pessoa realmente quis dizer quando usou aquele determinado tom pra fazer aquele determinado comentário justamente naquele momento. E, obeveamente, era contra mim, pessoal e intransferivelmente contra mim (entra aqui a cena do Di Caprio: I'm the king of the world).

Então não se invente de me falar qualquer coisa, seja ela com a intenção que for, que eu vou inverter a situação de tal modo que realmente fique claro o quanto você está insatisfeito, o quanto você está sendo hostil, o quanto você não gostou de algo que eu fiz ou qualquer outra justificative que me convier.

Depressão, estresse, excesso de informação .. ok, podem estar todos na lista de 'males do século'. Mas quem puxa o bonde é este aqui:

inferir: (lat inferre) vtd Deduzir por meio de raciocínio, tirar por conclusão ou conseqüência: Pela letra inferiu logo quem lhe escrevera. Infira-o o leitor da seguinte história.

E quero ver alguém convencer do contrário. A menos que seja algo pessoal daí ...



Ps.: claro, sobre o filme: bacaninha. a trilha fica na cabeça pra sempre e você tem uma vontade incontrolável de ter Robert Downey Jr como melhor amigo.

Para ler, sentar e morrer de inveja

As viagens de Gulliver

versão 2010