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27 fevereiro 2009

sobre lembranças

Não consegui, ainda, me decidir se gosto ou não de lembranças. Isso porque elas me causam agonia. Fazem ver quanto boas eram as coisas uma vez, lá atrás, e trazem consigo a nostalgia e, pior, a certeza de que nada nunca mais será igual, sempre diferente, uma busca constante.
Lembro de ter programado minha adolescência para viver de modo a coletar o máximo possível de lembranças, para ter o que enxergar ao olhar para tras, na velhice.
Lembro que então as jovens lembranças me causavam angústia, que agora se transformou em desconforto apenas, uma saudade de algo cujo gosto foi turvado pelo esquecimento e embaçado pelos sabor que agora, a distância, idealiza-se ter sentido.
Não sei se consigo conviver bem com a diferença entre ontem e hoje - e nesse triângulo, não é o amanhã que me assusta pelo desconhecido, mas pela certeza de que não será mais como uma vez - e não sei avaliar ainda se isso é necessariamente ruim ou ironicamente mal.
Talvez quando conseguir ficar em paz com elas, as lembranças. Talvez quando conseguir ficar em paz com o agora.

25 fevereiro 2009

equação

Se: sucesso é gostar daquilo que se faz.
Se: gostar é sentir prazer com aquilo que se faz.
Então: quanto fracassado você é? Quanto fracassado um pode ser?

23 fevereiro 2009

the reason why

If you could stand in my shoes, then you would feel my heartbeat too ...

17 fevereiro 2009

Palavra do dia

resiliência

Acepções
■ substantivo feminino

1 Rubrica: física. propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica

2 Derivação: sentido figurado. capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças

Etimologia ing. resilience (1824) 'elasticidade; capacidade rápida de recuperação'

Informações

Num texto, o resumo de todo um tempo de aflições. Leia aqui.


E quem tiver conhecimento literário sobre, por favor me indique o nome do livro que devo comprar.

15 fevereiro 2009

H.B.

13 fevereiro 2009

Sem você

Porque a vida precisa de suas doses de poesia e imaginação.

"Seria clichê demais, e como todo bom clichê, mentira dizer que minha vida ganhou novo sentido quando te vi pela primeira vez - só agora entendo por que o vermelho da tua roupa nunca mais saiu da minha memória e lembro até hoje do som do teu oi. Minha vida ganhou novo sentido quando você começou a fazer parte dela - e isso foi depois de algum tempo, e de muito tempo desde esse primeiro encontro.
Não tenho como nominar o que é isso, para que outros entendam sobre o que estou falando, porque nem bem eu sei definir em conceitos. Sei contar que pensar em ti me dá alegria e que as vezes fico em dúvida se é realmente verdade que eu posso te ter por perto. Porque estar perto de você é algo granidoso demais, inatingível, como uma onda de torpor que vem com certos gestos, ah, os gestos. E o saber que as vezes, mas mesmo que muito poucas, tu me procuras e espera me encontrar. Quando eu vejo que isso acontece, não tem alegria maior no mundo e isso me dá forças pra fazer o que for, e pra você saber que pode levantar os olhos procurando, eu vou estar lá, sempre. Porque é isso que me sustenta quando tenho medo: saber que tu me precisa tanto quanto eu. Ainda que sempre em segredo velado, tu e eu.
E agora eu sinto teu cheiro, evocado, e fico imaginando mil coisas, e em como que tudo o que é relacionado a ti me faz tão bem. Porque o que eu sinto por ti não se explica. E tão mal. Porque o que eu sinto por ti não se explica. E não tem nada que eu queira mais do que isso, desse jeito, todos os dias: você".

12 fevereiro 2009

Aníver

Dez motivos pelos quais o Rico merece um feliz aniversário:

1- é uma das pessoas com mais paciência no mundo.
2- diz que não sempre, mas que na verdade vale por sim, sempre.
3- é macio de se encostar.
4- tem talento e saber fazer uso dele.
5- é um fófis boa parte do tempo.
6- super tem cultura geral e sobre variedades, então se pode conversar com.
7- tem cara de cachorrinho filhotinho quando acorda, e daí dá vontade de colocar no colo.
8- é o tipo de pessoa que os amigos do outro aceitam numa boa.
9- teimam bastante, mas porque geralmente tem razão.
10- é o cara que eu escolhi pra passar a vida inteira com.

05 fevereiro 2009

faz de conta

Muito da minha vida é um exercício de faz de conta - com tudo que isso pode agregar a favor ou contar contra. E como talvez diria uma professora, que tinha um dos pés em seu universo particular e cor de rosa, 'o que é a vida se não um grande faz de conta?'.
Eu faço de conta quando demonstro me importar com algumas pessoas que não fazem diferença e faço mais de conta ainda quando finjo que não me importo tanto assim com aquelas que realmente fazem a diferença. Eu faço de conta que está tudo bem quando a casa está desmoronando só pra não deixar as coisas caminharem para trás. E eu faço de conta que às vezes as coisinhas são super problemas só pra testar o quanto os outros realmente se esforçam pra consertar.
Quando fico em silêncio, eu faço de conta conversas e situações na minha cabeça, pra ver o qu eu poderia responder se fosse de fato realidade, porque minha capacidade de improviso é bem pequena. Também faço de conta que acontecem coisas que eu realmente quero muito que aconteçam, just in case, pode ser que realmente seja esse o segredo.
Já me disseram, e mais de uma vez, que eu faço de conta demais, e que se seguir assim, talvez um dia eu acabe definitivamente desconectada da realidade no meu mundo de imaginação. E não é, afinal, por que todos nós fazemos de conta? Por uma folga num lugar, mesmo que da imaginação, onde as coisas são bem do jeito que a gente quer?

03 fevereiro 2009

Quando é pequena

Estava lendo o blog da carol e comecei a viajar lendo seu texto sobre escolhas .. porque uma vez alguém me falou que a vida é feita de escolhas - e foi a primeira vez que ouvi isso fora de um filme, de um roteiro, de um livro, enfim. E sempre que decisões precisam ser tomadas lembro disso.

Se o fato é que a vida é feita de escolhas, como saber o que realmente vale a pena, então? Em livre associação de idéias, o que me veio de resposta foi 'tudo vale a pena quando a alma não é pequena'. Mas e quando a alma está pequena, como é que fica? Quer dizer que alguma escolha errada foi feita pelo caminho? Quer dizer que novas escolhas precisam ser feitas? Ou não quer dizer nada, e é só uma fase pela qual todas pessoas passam - e pela qual os jornalistas passam com uma frequencia acima da média?

O ideal seria ter como base um processo menos empírico do que o dia-a-dia e uma bagagem mais cheia de certezas do que a fornecida pela experiência de vida. Porque pior do que a necessidade de tomar decisões é a responsabilidade de arcar com suas consequências. No fim das contas tudo tem mais a ver com maturidade pra ir busca dessa tal serenidade que faz tanta falta nessas horas. Ou quem sabe umas boas chineladas pra ver se deixa de frescura. Ou um pouco de coragem pra ir adiante quando esgotam os prazos de validade.