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11 agosto 2008

dor de antes

Eu tenho uns fantasmas que ficam escondidos na minha essência e que as vezes aparecem e quando isso acontece é um ninho de trevas que se ergue por dentro porque eles trazem um passado que me deixa doente, que vem com uma angústia e uma ansiedade de quem não quer ser esquecido e de quem é dor e é saudades, de quem tira o ar e faz prender a respiração. É um suar frio por dentro, de coisas que foram e que passaram e que não vão voltar e que não se pode consertar e que não se pode reviver e não se quer que se repeitam e que não se consegue mudar para que não se repitam. É de um transtorno que faz querer gritar um grito mudo que só não é mais alto que a vontade de fugir, correr, voar, ir longe, bem longe, muito longe de tudo, porque tudo é mágoa, e é ressentimento, e é duvida, muitas dúvidas, porque o não-dito corroi do mesmo jeito que antes, e pior, porque o tempo passa, mas isso não passa, só volta como um ciclo sem fim de gente que tem que atuar por todo o sempre porque ninguém vê e ninguém percebe o que se faz e porque a gente erra hoje do mesmo jeito que ontem e não tem nada nada que se possa fazer. Não há nada mais que se possa fazer.

3 comentários:

Anônimo disse...

Momento cinza pra seeeempre hein!
Vou pegar meu cafezinho e te espero no Bar do Olavo...

Beijo

Caco disse...

Prêmio pra ti: categoria "post com maior quantidade de mágoa por metro de frase escrita do ano". Parabéns pelo troféu.
bjs

Rochele disse...

Como assim "Não há nada mais que se possa fazer"???
Sempre tem algo que possa ser feito. Pode não se arrumar o passado, mas dá para não cometer os mesmo erros e nem deixar que as mesmas coisas se repitam.