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29 abril 2008

Para ler e lembrar

O difícil não é conquistar, mas sim manter.

Por isso que eu sou a favor de que se façam listas, sempre. Faça-se uma lista dos motivos pelos quais se conquistou algo. E se guarde-a em local de fácil acesso, para que no dia-a-dia seja possível passar os olhos pelas palavras e trabalhar para manter o que se tem. Porque não se conquista duas vezes. Se conquista uma vez - e se perde uma vez.
Então, o conselho (de quem passou pelo ponto alto da montanha russa (ok, ele retorna, mas só na próxima volta) é: chegou onde queria? ok. Mire um pouco mais alto e siga em frente pra não perder tudo o que conquistou.

Todo mundo sempre soube que tenho 63 anos.

28 abril 2008

Vai saber, né.

É que, às vezes, as coisas nos acontecem de um jeito tal que a gente fica meio assim, sabe. Super teria que te alguém pra conversar sobre. Enquanto, fico com aquela cara de vai saber, né ... vai se saber...

21 abril 2008

Pra sempre

O que faz a pessoa quando tem um pra sempre de problemas pra resolver?!

- um pai que lhe deve dinheiro, não trabalha, e está jogando na ruina o que sobrou da família.
- uma conta no banco que vai minguando por causa dessa bagunça familiar.
- uma mãe que envelheceu 10 anos nos últimos dois por causa do marido-saco-de-esterco.
- amigos que, coitados, ficam sempre em décimo plano porque não se consegue fazer sobrar o tempo devido para eles.
- um namorado que, pobrezinho, tem que ser mais psicólogo e housekeeper do que deveria.
- um ponto de interrogação que impede de ver o 'x' da questão num assunto que super já deveria estar resolvido e que está ali ali, beirando pra comprometer tudo.
- uma impaciência gigante que aliada à incapacidade de vencer os dias gera uma sensação de impotência que só não é maior que a de frustração.
- uma seqüência de semanas cuja linha de 'chance de sucesso' está, em seu ponto mais otimista, na altura do subsolo da china.
- um organismo que está ficando intolerante à cafeína.

18 abril 2008

pequeninho

Era dos detalhes que ela gostava mais. Pequenas confissões escondidas na inocência do dia-a-dia e que, pensava, só ela via. Se uns gostavam do conjunto, ela preferia as partes. Porque era ali que estava a magia. E se tinha alguém que se deixava encantar por, era ela. Pudera ser diferente.
Pena era não ter com quem dividir todo aquele gostar despertado. desesperado. Poderia escrever uma carta - daquelas que não se envia - mas era também daquelas que não se lê. Então preferia retribuir também com os pequenos - os gestos - todas aquelas provas que recebia dia após dia. Tomara se entendessem assim. Seria uma pena tanta beleza perdida.


14 abril 2008

Em números

Qual a medida do silêncio que define a linha entre discrição e intromissão?
Queria saber e confortar, mas sem invadir e agredir.
Então eu espero, pra quando quiser. E talvez, assim, perca de aproximar. Mas nunca te forçar.

06 abril 2008

venha, que o que vem é perfeição


So it happened. Tive o primeiro fim de semana normal em muito tempo. Sem nada de trabalho.
Começou na sexta-feira, com um chopp+fritas no shopping as 19h - inimaginavelmente cedo. Nada como a tonturinha pra fazer as coisas menos piores. E quebrar os silêncios.
E depois com um almoço light no sábado e uma viagem no meio da ensolarada tarde até a longinqua Nova Petropolis. Lá, um encontro super família na super aconchegante casa de Kassandra. Depois, um turístico passeio no labirinto das flores, com direito a fotos e tudo o mais. E, como o tempo não passa quando se está sem fazer nada, fomos jogar boliche e beber cerveja. Quebrei as unhas todas, e de todos os dedos errados. Mas pelo menos não fiquei em último lugar, o que sempre é simpático. Teve até o momento flashback com uma cantadinha de pneu no asfalto antes do tão esperado Café Colonial.
Como bons bêbados, devoramos toda a comida em dez minutos, pedimos uma reposição, estufamos a pança e passamos a maior vergonha por:
a) ter pedido repetição antes de a moça ter terminado de servir a primeira remessa
b) termos ficado 3 horas num lugar que fica no máximo metade disso
c) ter não experimentado 60% das comidas por termos atacado pao e geleia de morango como selvagens
Feito tudo isso, ainda sobrou tempo no sábado pra visitar os pais e dormir. Aproveitando que o fim de semana estava em camera lenta, deu pra recuperar todo sono perdido e, ainda assim, acordar cedo, convocar todas as pessoas pra um alomço e dar uma passeadinha básica no Iguatemi, como pede o bom domingo.
Então, depois de um xixizinho em São Pedro, veio uma tarde de Maria: vassoura, omo e pia.
E ainda é domingo, gente.

Tudo isso na expectativa de que a semana que está por vir seja o oposto da semana que passou. Ou que, pelo menos, as pessoas se troquem mais do que meia dúzia de palavras por dia e precisem de menos açúcar pra suportar os dias.
Fim de semana que vem - tem evento! Menos mal que tudo volta ao normal. Porque o roteiro suburbano-desestrassante só vale em casos de emergência.

03 abril 2008

Trecho

O trecho de poesia que resume essa semana é:

Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso a outra metade um vulcão

Dadaísmo

Olha o que anda me acontecendo: estou escrevendo os textos de baixo pra cima. Eu começo pelo box, depois vou para o intertítulo, escrevo o último paragráfo e vou subindo até chegar no lead. O que será isso? É contra a lei da gravidade, contra a lei da lógica, contra a pirâmide invertida.
Como será que estou formando o pensamento assim? Gente. Será que virei uma ilha de edição não linear? Uma obra aberta? Uma pintura dadaísta?