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21 julho 2008

En: Carta | Momento Clarissa

A você, que tem o meu carinho

Desejo-te felicidade. Toda a felicidade. Não aquela felicidade vazia que a pessoas costumam desejar em vão; nem aquela felicidade de ficção, de um vida sem problemas, sem sofrimento e sem amarguras, poque, essa, nós sabemos que não existe. Para você, eu quero aquela felicidade real, que dura apenas momentos, mas que inunda por dentro. Aquela felicidade que vai te fazer querer abraçar quem estiver ao lado e que vai colocar no teu rosto um sorriso do tipo que eu poucas vezes vi nos teus lábios. Porque eu não consigo aceitar que, no fim das contas, teu saldo seja menos de feliz e mais de infeliz. Porque eu não consigo sentir em ti a felicidade plena e isso me comove. E me entristece. E me faz sentir fúria da inaptidão dos outros em te fazer feliz. E me deixa com culpa da minha própria parcela de contribuição nesse processo de não-felicidade.
Se tua não-felicidade for parte por causa dos não-ditos, quero dizer o que me compete agora, quero falar do carinho todo especial por ti e quero dizer que, em nome de todos os outros que não falam, que eles sentem o mesmo. Digo porque sei o quanto esse silêncio indiferente te machuca. Porque, no fim das contas, você só quer que gostem de ti , eu sei. Porque você, embora seja de amar e de odiar, é mais de amar do que de odiar. É por isso que eu queira você fosse feliz. De verdade.

2 comentários:

Caco disse...

Que lindo! Que forte!

Anônimo disse...

Sem palavras!

Fica bem

Beijos