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22 novembro 2007

na boca -- trecho de ficção

- Tu acha que tá feio se eu for assim?
- Não .. sei lá .. acho que tá bom ..
- Por que tu nunca me olha quando te pergunto essas coisas?
- ...
- é só pra te deixar sem jeito ...
- ah
- viu, não me olha
- ... hm ...
- agora ... duvido que se eu chegar bem pertinho, e falar no teu ouvido, assim, bem baixinho, 'eu quero te beijar na boca' tu vai dizer que não.

cada um com o seu

Cada um tem seu HC. É assim, a vida é assim. Cada um tem seu HC e precisa aprender a lidar com isso. O HC de cada um é, em primeiro lugar, a pessoa para quem não se consegue dizer não. Nunca. Para seu HC a pessoa não saber dizer não. A pessoa até pode querer, pode ensaiar, pode esboçar, mas, no fundo e no fim, acaba sempre no sim.
O HC é aquele de quem sempre se fala quando a pessoa não está junto. Sempre. De um jeito ou de outro, a pessoa toca no nome do seu HC.
O HC da pessoa é aquele que sempre se busca agradar. O HC da pessoa é aquele que sempre se quer impressionar. O HC da pessoa é o dono do olhar que pode acabar com o dia da pessoa. O HC da pessoa é aquele que faz a pessoa se desarmar, não conseguir se proteger, ficar vulnerável quase ao ponto de não conseguir mais disfarçar.
O HC da pessoa é aquele por quem se tem as reações mais extremadas, as opiniões mais fundamentalistas, as impressões mais contrastantes.

O HC da pessoa pode demorar a aparecer, mas aparece. O HC da pessoa pode não ser pra sempre o mesmo, mas sempre é um. Um só. Não de dois em dois. Porque o HC de verdade é único enquanto HC.
O HC de cada um não precisa ser o HC, mas sim um HC. E ter um HC não necessariamente é algo ruim - ou bom - é simplesmente algo que é. Vida e morte. Amor e ódio. Coisas que simplesmente são.

fuso horario

Um 'viva' aos horários bizarros, que todo mundo sabe que nunca fui muito de rotina franciscana:

terça-feira, das 23h às 02h: ensaio de evento
quarta-feira: 7h30, evento
19h às 20h30 - cochilo
21h em diante - trabalho
quinta-feira: 8h, escritório
12h - pausa para composto red bull e café
18h - hospital?


hehe

18 novembro 2007

dos livros

Visite uma livraria. De tempos em tempos, visite uma livraria, compre livros e os leia. Compre livros que você sempre quis ler e com quais sempre achou bobagem gastar dinheiro. E leia-os com prazer.

14 novembro 2007

Os quatro

Costumava implicar com as terças-feiras, mas na verdade é das quartas que eu não gosto. Acho dias enfadonhos. Pesados. Em cima do muro. Não gosto das quartas-feiras e de sua falta de definição; não é bem começo e nem bem fim da semana, é o meio. É o termômetro onde a gente vê se o que vem pela frente vai ser bom ou ruim. É onde a gente decide se a semana valeu a pena ou foi tempo perdido. A quarta-feira, e sua formalidade de ser o mais útil entre os dias úteis da semana me incomoda. Muita pressão.

13 novembro 2007

Para entender

Tem certos fatos que acontecem e que a gente precisa de um tempo pra elaborar, porque a gente passa muito na corrida por eles e acaba não percebendo o que eles realmente significam. Tem gente que diz que isso é procurar pêlo em casca de ovo. Eu acho que pensar sobre e criar hipóteses é o único jeito de a gente tentar entender alguma coisa - sim, super óbvia essa minha colocação, dita desse jeito. O que quero dizer é que, as vezes, se a gente tenta ver os fatos um pouco além do que eles se apresentam, descobre possibilidades - ou viagens surreais, vá saber. Cada um assinale a coluna que preferir.
Perceber que as pessoas se importam é sempre muito reconforante. A gente pode querer que elas se importem, esperar que elas se importem; mas quando percebe que elas de fato se importam é bem bacana. E quando é que a gente percebe? Quando as pessoas fazem mais do que seria a obrigação. Só quem se importa despreende tempo e energia pra fazer mais que o mínimo. Mais significativo ainda é quando esse esforço todo é espontâneo e gratuito.
São esses golpes que dão certo sentido às coisas. Que justificam algumas. Que fazem a gente valorizar outras. E, ainda bem, funcionam como uma espécie de atestado que diz 'Valeu a pena ter feito a mais, isso não passou despercebidamente, estou te mostrando que notei'. Não tem lacinho que supere.

07 novembro 2007

O Dia 07

Gente. Eu tenho que postar sobre o dia de hoje. Mas eu não sei como. Não sei.
Estou ficando velha e sensível, vejam só.
Estou enternecida demais para escrever.
Quem sabe amanhã.