Frustração – do lat. frustratio que vem do advérbio frustra (em vão, debalde). Ação de impedir que um ser atinja o objetivo ao que tende pela sua própria dinâmica. Estado em que se encontra o organismo quando depara com um obstáculo mais ou menos importante no caminho que o leva à realização completa de um comportamento.
Consolar - do lat. consolare - significa aliviar ou suavizar a aflição, o sofrimento, o padecimento; dar lenitivo a, mitigar, confortar.
http://www.ceismael.com.br/artigo/artigo046.htm
.
O bacana de aplicar a física (ok, quem vive de confeitar pode se dar ao direito de escrever assim) ao dia-a-dia é que ela mostra quanto paradoxais as coisas podem ser. Há certezas que nos são inabaláveis – coisas que pensamos que vão seguir pra sempre de determinada maneira, especialmente quando é do jeito que queremos – até que elas caem por terra. E via de regra quando os portos-seguros da gente viram apenas mais pontos de interrogação, é ruim.
// que me perdoe a criatividade, mas não consigo pensar em outra forma de introduzir uma idéia contrária a não ser dizendo // Por outro lado, a repetição nos cansa, a alguns de nós. A falta de mudança nos cansa. E quando chegamos a um ponto tal de saturação, os dias, as tarefas, tudo vira mais do mesmo. E quando a gente pensa: ‘puxa, mais do mesmo’, é porque talvez seja a hora de mudar.
Ps.: com a frustração de quem gostaria de poder fazer mais por kassandra. And for herself.
.
Isso me fez lembrar de uma teoria que eu defendo e que não sei se serve apenas para mim ou se as companheiras concordam: em dia de festa, nunca ficamos tão bonitas quanto no dia-a-dia.
Quando eu chego numa festa, geralmente penso: que trabalhão deu para cada uma de nós se enfeiar. A maquiagem é demais. A base no rosto envelhece. O brilho é vulgar. O salto nos deixa capengas. Há excesso de adereços. Todas olhando pro celular para ver que horas são (mulher quase nunca usa relógio de pulso em festa), contando os minutos para voltar pra casa, passar um demaquilante no rosto, colocar uma pantufinha nos pés e cair na cama para, no dia seguinte, aí sim, vestir um jeans, uma camisa branca, amarrar uma echarpe em volta do pescoço, passar um blush e voltar a ser uma mulher sensacional.
Rituais, essa praga. Me convidem para uma balada mais chique e entro automaticamente no meu inferno astral. Missão: montar um personagem e deixar de ser eu mesma. Pronta para a guerra, me olho no espelho e pergunto: quem é essa vestindo uma peça de roupa que ainda não foi totalmente paga e que daria tudo para estar com a mesma camiseta que vestia à tarde?
Não que eu seja uma vítima da moda. Em dia de festa, tomo banho e coloco uma roupa nova, ao estilo guatemalteco, mas é preciso seguir as regras da sociedade, que é carrasca: não posso ir de qualquer jeito num casamento, usar um vestidinho de algodão num jantar cerimonioso, vestir bermuda na hora de percorrer um tapete vermelho.
Tapete vermelho: de onde tirei isso? Baixou Hollywood na crônica. Mas serve como metáfora. Estique um tapete vermelho em frente a qualquer mulher e ela arriscará um penteado que a envelhecerá 10 anos, passará um batom escarlate que a deixará igual a uma dona de inferninho, usará uma bolsa minúscula em que não caberá nem a chave de casa e se atreverá a usar uma cor inusual que afugentará qualquer candidato a marido – mas ela já tem o seu garantido, lógico. E o coitado ainda será obrigado a dizer “você está linda”, torcendo para que aquela estranha seja mesmo a mulher dele.
O mesmo tipo de roupa para o dia, o mesmo tipo de roupa para a noite e o mesmo para festas - isso sim é personalidade e estilo. Um dia quero ser moderna como as camponesas da Guatemala.
.
Simbologias relacionadas ao olhar sempre me despertam a atenção. Eu e metade do planeta reconhece de quem são os olhos na frase: “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Fora essa clássica, outra historinha bacana com olhares, e que eu gosto bastante, é a do leão.
Três em cada 10 profissionais brasileiros estão passando por uma preocupante mudança de comportamento causada pelo estresse crônico no trabalho. Eles não faltam ao serviço, mas passam a encarar as tarefas e os colegas com frieza e distanciamento. Desprezam as conquistas e vêem os novos desafios como inalcançáveis. A eficiência cai e, com freqüência, sentem-se péssimos por isso, mas não conseguem mudar. A chama do idealismo que os mantinha na luta se apagou.
Desde a década de 70, pesquisadores tentam entender como e por que bons trabalhadores acabam se tornando mortos-vivos no emprego, condição que médicos e psicólogos chamam de síndrome do burnout. Oriunda do inglês, a expressão significa fogo incontrolável e destruidor - o que em português passou a ser sinônimo de esgotamento. Diferentes teorias mostram que o estágio mais devastador do estresse que atinge 30% da população economicamente ativa brasileira, segundo uma pesquisa inédita da International Stress Management Association (Isma-BR), tem uma íntima relação com baixos salários e longas jornadas de trabalho. Agora, um novo estudo conduzido pelos maiores especialistas em burnout do mundo, os psicólogos Christina Maslach e Michael Leiter, revela que esses não são os fatores cruciais. Após avaliar 992 funcionários de uma universidade, eles descobriram que a falta de consideração e as injustiças no ambiente laboral estão na origem do comportamento zumbi assumido por profissionais esgotados.
- O principal fator é a falta de transparência sobre os valores corporativos. Quando as organizações falham nesse quesito, os funcionários se tornam mais suscetíveis ao burnout - detalha Leiter, co-autor do livro traduzido para o português Trabalho: Fonte de Prazer ou Desgaste? e um dos palestrantes do 8º Congresso de Stress da Isma-BR, que será realizado de terça a quinta-feira, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael, na Capital.
Em entrevista ao caderno Vida, Leiter disse que a percepção do funcionário de que ele está sendo avaliado e tratado injustamente apareceu no estudo de muitas formas: tanto na figura de um supervisor desrespeitoso quanto na recusa mal explicada de uma promoção. A má notícia é que ninguém está imune ao estágio mais avassalador do estresse. Estudos mostram que os ingredientes que diferenciam um profissional no mercado - como a motivação, por exemplo - podem ser os mesmos que o levam ao esgotamento. Outrora idealistas, os trabalhadores acabam desenvolvendo mecanismos de defesa, como a frieza e o cinismo depois de anos de frustração e falta de reconhecimento.
Essa pode ser uma das explicações para o alto índice de burnout encontrado por uma pesquisadora entre professores da rede pública no Brasil. Ao tentar identificar em mais de 8 mil docentes da Educação Básica de um estado da região Centro-Oeste a presença dos sintomas que caracterizam a síndrome do burnout, a pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Nádia Leite descobriu dados estarrecedores. Cerca de 15,7% dos docentes tinha a síndrome e quase 30% apresentaram exaustão emocional em nível considerado crítico. Ou seja, estavam à beira do esgotamento total. A baixa realização profissional foi citada por 31,2%, enquanto 14% estavam distantes dos alunos.
- O burnout não é nem mais estresse. Com estresse, a pessoa luta. No burnout, ela desiste de lutar e perde as condições de se reabilitar sozinha. Mas continua trabalhando. Por isso, é uma desistência simbólica. Ela está e não está em sala de aula - explica a psicóloga Nádia Leite, colaboradora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB.
Quero ver você não chorar,
Não olhar para trás,
Nem se arrepender do que faz.
Se você pode ser assim,
Tão enorme assim eu vou crer
Que ninguém é triste
E que no mundo existe amor.