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30 agosto 2010

Oui!

França não seria meu destino prioritário na Europa. Mas, como bem dizem, se você não vai à França, a França vai até você.

Eis que saio do escritório para mais um momento de bizarrice que meu precioso trabalho  me reserva. Um jantar em um nobilíssimo restaurante DO MAIS caro e sofisticado hotel-spa da serra. Que parece muito mais um palácio - francês, oh!.Encontro de trabalho, acompanhando um cliente que receberia uma comitiva de francese, só pra contextualizar.

(Embaixada, diplomacia, enfim: por favor, não criem uma guerra por causa desse post.)

Tudo começou com um uber constrangedor momento 'que língua vamos falar?'. Um dos nativos só falava o português. O inglês, como todo mundo sabe, não é a preferência dos franceses. Então ficamos lá, aflitivamente jogando conversa fora como monossílabos no sofá da babel por séculos, até que a bendita da tradutora desse o ar da graça.

Se você pensa que, à mesa, as coisas melhoraram, enganou-se. Imagine toda uma conversa em três tempos. Nesse esquema: pessoa 1 fala; tradutor traduz; pessoa 2 fala; tradutor traduz; pessoa 3 quer fazer um comentário; demais pessoas que comutam a língua rienm; tradutor faz o comentário; falantes das demais línguas riem, totalmente fora do tempo da piada. Um horror de aborrecido.

Então você bebe o tal brut francês esperando que vá ficar tudo bem e a porcaria da bebida é cara demais pra descer corretamente pelo esôfago dos pobres e, claro, causa um engasgamento - que, pelo menos, é linguagem universal e não precisa ser traduzido.

Seis horas depois - sim, porque nada é mais longo que um jantar com franceses, servido à francesa, com comensais monolingues - acabo com um biscoito com creme de queijo e uma sujeira de goiabada - tudo isso mais ou menos do tamanho de um amendoim - que custou R$ 15,00; uma pilha de pelo menos oito gafes cometidas - entre elas a de ter bebido a taça de champagne antes do anfitrião propor o brinde (brindamos umas dez vezes nesse jantar, mas não sei a troco de quê) e a certeza de que preciso urgente exercitar meu inglês.

2 comentários:

Caco disse...

hahahahahahaha
já passei por esses constrangimentos, só que com chineses.

Diário Virtual disse...

Um horror de aborrecido!!

Essa eu gostei!! kkkkkkkkkkkkkk