Se precisasse definir em uma só palavra tudo o que era, a primeira que viria à menta seria confusão. E, de imediato, com ela a certeza da escolha errada. Não era confusão o que havia. Porque o que havia era ciência sobre as intenções, certeza do que desagradara e conhecimento sobre o ponto em que as reações eram geralmente falhas. Desorientação, talvez? Tampouco, embora fosse relativamente novo, no contexto. Quem sabe pudesse resumir como uma sensação de incômodo. O receio de que o filme dos abismos pudesse rodar também naquela tela.
Era preciso, mais do que abrir a porta e deixar entrar, à obra do acaso, estender a mão e chamar para dentro. Naquela dança sob os leques, tão importante quanto dar o primeiro passo era perceber a correspondência do segundo. O passado inoportunamente não compartilhado jamais poderia ser recuperado. Mas isso não significa, necessariamente, que devesse comprometer todo um resto por vir. Mais tolerância, menos resistência. Qual a fórmula ante essa impressão de falta de sensibilidade? Se um dia após o outro sempre é tido como o melhor remédio, quem sabe, finalmente, viria o aceno.
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