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02 agosto 2009

Say it again

Embora seja de silêncio, o momento, existe uma necessidade de dizer. De dizer que dessa vez há uma diferença. Muito sobre ciclos já foi escrito - e a vontade de rever essas impressões aparece cada vez que um novo se anuncia. Porque, por mais recorrentes que sejam, e por mais que se passe por eles, cada um é diferente.

Aquele de antes parece que assumiu novas formas - deixou os tons de carmim para aplacar com nuance mais blase. Porque outras perspectivas vieram nesse palco. Ou ressurgiram, como queiram. Porque é próprio das pessoas isso de associar as transições, as mudanças e as guinadas a algum elemento externo.

Tanto faz, amuletos ou muletas - porque estou para os trocadilhos bobos hoje. Então que é assim, com esses elementos, mais fácil de se justificar, de se encorajar, de assumir, de alegar, de mudar, de retomar. Entenda: tudo aquilo que a gente pode dizer que faz a diferença - internamente -, porque cada um é o único agende possível para sua mudança. Aquilo que faltava.

Algo fez a diferença. Remexeu as águas internas. Fez o vendaval. Promoveu o despertar. Claro, porque se permitiu que. Conscientemente. Agora é chegado o tempo de ponderar e amadurecer o que se rascunhará de conclusão. Nem tanto a nenhum dos extremos, porque os quero a ambos, e para conjuga-los é preciso comedir.

E esse momento bom vem com o bônus - ou ônus, enfim, os dois lados, cara e coroa - de um rompante em busca de outro equilíbrio. Reabilite-se.

Eu disse que havia uma diferença.

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