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25 outubro 2007

pintura

Porque veio uma vontade bem grande de pensar sobre coisas bonitas é que ela parou um pouco, antes de começar de novo. Porque hoje, por alguma razão, as pessoas lhe pareciam todas mais belas, mais coloridas, mais simpáticas. E, quem diria, agradáveis. Ou era uma mudança de parâmetros no universo ou era assim que sentia estar de bem com o cosmos. Será que era? Claro que ela não sabia - não é que não lembrava, não sabia mesmo. Era dia de dizer frases memoráveis pra pessos. Dizer que gostava. Dizer que admirava. Dizer que tinha saudades. Dizer que estava ali. Embora ela soubesse que isso ela não faria.
Mas era tão estranho como tudo soava melhor dentro dela do que fora. Será que esse é o tipo de sensação que se externa? Ou era do tipo que só faz sentido dentro mesmo, e quando sai da redoma, perde a magia. Achava que era desse jeito. Até porque ela já estava acostumada a esses relâmpagos e sabia que eles tendiam a passar bem rápido. Então melhor do que explicar era escrever, pra tentar capturar a essência e usar depois, quando tudo já não parecesse mais tão bem assim.

1 comentários:

Caco disse...

Nesses momentos só é possível externar o que se sente comprando flores.