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08 maio 2007

De que lado

Num momento de originalidade pura, vou roubar os princípios da teoria da relatividade e dizer que tudo varia conforme o ponto de vista da pessoa, em determinado contexto espaço-temporal.
É uma tendência humana colorir os fatos passados para que, quando lembrados, eles tenham tons menos trágicos. Quem sabe por isso olhando pra trás, nada seja tão ruim quanto se pensava ser. Acho que com o passar das horas (temos que nos reunir e discutir por que não deixamos V.W. em paz, de uma vez, como ela deixou tão claro ser seu desejo) nós conseguimos extrair o que de mais positivo existiu em cada experiência - seriam essas as tais lições que se aprende ao longo da vida?
Lembranças sempre deixam uma pontinha de saudades. Síndromes de Estocolmo à parte, o lado bom de cada fase acaba aflorando quando a gente joga luz sobre algumas coisas que já passaram. Então a gente pode colocar essas lembranças com carinho em uma caixinha - mas nem por isso transforma-las em desejo de reviver ou voltar ao que já foi.
No contraponto do lado Pollyana, há más impressões que mais parecem tatuagens - nada apaga, de verdade. Auto-defesa, talvez, mas a gente desenvolve um tipo de ultra-reação contra aquilo que nos agride.
Pra fechar a noite, o que é mais verdade: cada macaco no seu galho ou quando a água bate, a gente aprende a nadar? Será que cada pessoa tem seu perfil e, portanto, existe uma abrangência 'x' de tarefas para as quais ela é forjada ou a gente desenvolve habilidades adormecidas quando a situação exige, e pode-se fazer qualquer coisa?
Claro que a resposta é um pouco de cada - mas tem gente que é mestre em seu domínio, e nesses casos é melhor ficar só olhando.

1 comentários:

Caco disse...

Li o post antes e li depois de receber seu e-mail explicativo. O texto ganha outro sentido quando se entende sobre o momento a que ele se refere.
bjs