Ano passado, pela passagem do aniversário de Kassandra, escrevi uma postagem. Diferentemente do que fiz então, neste 11 de janeiro aproveito os ensejos da data (uau, hein), para escrever sobre fases. E posso fazer isso, neste dia em especial, em que supostamente deveria discorrer sobre parabenizações e votos de felicidade eterna, porque ... bem, porque nós já passamos dessa fase.
Não pela quantidade de anos que compartilhamos, pelas situações bizarras que protagonizamos ou pelas confidências que trocamos - não em isolado por qualquer uma dessas razões, mas quem sabe pela soma dessas a outras tantas que não se pode mensurar - nós passamos da fase da burocracia. Passamos da fase das formalidades. Passamos da fase do querer impressionar. Do tentar esconder as insanidades de nossas famílias problemáticas em nome da manutenção das aparências. Do responder 'tudo bem' - ou melhor, passamos da fase do perguntar se está tudo bem para perguntar o que houve.
Passamos a fase das reticenças que levam aos mal-entendidos. Da hesitação ante assumir o papel de megera e descer o cacete (metaforicamente falando, porque ninguém pensa em descer o cacete numa pessoa faixa preta) sempre que necessário.
Porque nós já passamos de todas essas fases é que eu posso não escrever o quanto única ela é e quantos mil votos de tudo o que há de melhor eu tenho para ela.
Posso, embora tenha passado o fim de semana inteiro guardando os últimos 0,39 centavos de crédito disponíveis no celular e precisado utilizá-los na noite de domingo, não mandar uma mensagem logo após a meia-noite dizendo que lembrei da data e desejando felicidades. Porque ela sabe tudo isso. E sabe que o 'tudo isso' certamente não é uma fase que passa.
1 comentários:
Que coisa mais fofa Preta!!!
Só vi teu post hoje, que gracinha. Fizeste eu me emocionar, carai!
Olha, obrigada pela homenagem. E, acima de tudo, obrigada pela amizade...
Adoro você!
Beijos
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