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21 setembro 2009

O silêncio

Pode ser de vários tipos, mas geralmente é de uma mistura deles. Esse, de agora, traz um pouco de introspecção, porque tem algumas novidades precisando ser elaboradas. Umas boas, outras antigas dúvidas e agonias, companheiras de há muito, que vão desbotando devagar, cansadas pelo todo dia. É de parar e organizar em linhas, quando estiver maduro.

Pode ser também a tradução de uma certa tranquilidade, um tipo de conforto pela não ausência de. É quando, então, fica tudo mais quieto por dentro, sereno. É uma sintonia fina que embala - melhor do que necessária, desejada. E não, não há nada de sintético aqui. Apenas é, e em sendo dispensa explicações.

Mas também pode ser tenso, de espera. Por um sinal de que sim, é do mesmo jeito, tem ida e tem volta. E quando vem, esse sinal, é de certeza sua percepção. Mesmo quando reticente, disfarçado, como fazem para se mostrar os sinais originalmente pensados para ser velados. Mas eles têm que vir, porque a fase da insegurança é medonha nos que desconfiam. Então, se espera por eles, aé a próxima aparição. Mas só nos casos em que vale a pena o se importar.

Pode ser de, ainda, de vazio. Quando não há muito mais o que dizer porque o pouco que havia foi se perdendo pelo caminho e o que ficou foi uma conformidade morna, uma aceitação de que talvez fosse para ser exatamente assim mesmo. Esse é o pior tipo, o silêncio que esconde aquilo que deveria ter sido dito e não foi. Porque ele é simplesmente ensurdecedor.

2 comentários:

Diário Virtual disse...

bah... silêncio tenso de espera... total eu.

Rochele disse...

Nossa, que texto inspirado este.
Na verdade o silêncio também faz isso né, ajuda na inspiração. E depois deste período de silêncio, quando as palavras são ditas são verdadeiras e profundas.
Bjos