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20 março 2009

Prazer, Jó. Só que sem a parte da prosperidade

Paciência de Jó

Significado: Designação atribuída às pessoas que suportam os desafios e as lutas impostas pela vida com resignação.

Origem: O livro de Jó traz uma das histórias mais conhecidas das Sagradas Escrituras. O protagonista – homem de carácter irrepreensível – até então tinha sido recompensado por Deus com uma vida de imensas riquezas materiais e espirituais. Conhecido como a pessoa mais rica do Oriente, Jó possuía uma família grande, saudável e feliz. Além disso, era proprietário de “sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentas jumentas e servos em grande quantidade”.

Justo e temente a Deus, Jó fazia da sua vida um exemplo a ser seguido. O próprio Deus orgulhava-se dele a ponto de vangloriar das suas qualidades junto dos seus outros filhos. Mas, ao elogiar o comportamento de Jó para Satanás, este retorquiu-lhe que Jó procedia assim porque era privilegiado e sugeriu que Deus lhe retirasse tudo.

Satanás transformou a vida de Jó numa série ininterrupta de provações, suplícios e dores atrozes, originando uma sequência macabra de horrores que tornou esta história do Antigo Testamento, um relato dos mais impressionantes e dramáticos.

Na primeira série de provações, mesmo depois de – num único dia – perder todos os seus 10 filhos, todos os seus servos e todos os seus animais de criação, Jó, apesar da imensa dor, ainda permanece fiel a Deus.
Na segunda série de provações, Satanás infligiu-lhe uma lepra maligna que se espalhou por todo o corpo, da planta dos pés até o alto da cabeça. A mulher de Jó indignou-se a ponto de sugerir que o marido amaldiçoasse logo Deus para assim, quem sabe, morrer de uma vez! Mas Jó continuou firme na sua fé.

Depois disso, Jó recebeu a visita de três amigos – Elifaz, Baldaf e Sofar – que, vendo o seu estado deplorável, permaneceram ao seu lado durante sete dias e sete noites, sem dizer palavra, num gesto solidário pela sua dor. Ao fim deste tempo, Jó começou a questionar a bondade de Deus e sua estranha justiça num discurso em que denuncia a sua desgraça e a situação calamitosa que o aflige.

Segue-se uma amarga e infrutífera discussão acerca das aflições de Jó. Os amigos sustentam que o seu sofrimento é resultado de um pecado pessoal. Jó defende a sua inocência.

Deus responde a Jó com palavras de luz e repreensão. Jó ora pelos seus amigos. A sua prosperidade é restaurada em dobro e vive ainda cento e quarenta anos.

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