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12 junho 2008

seguinte, o dia.

Ela sabia que tudo não passava de ilusão - até mesmo quando fingia que encontrava alívio naquela forma de desabafo. O passar dos dias era, afinal de contas, um se enganar sem fim, daqueles em que se segue virando a próxima página não por esperança de encontrar algo melhor, porque se sabe que não, nem por teimosia, mas porque se sabe que o deixar de agarrar aquele fio é igual ao desistir.

Ela ia levando, então. E quando estava tudo bem, erguia a sobrancelha como que espreitando a chegada do ruim, tal como aquele que anda pela estrada reta e aperta os olhos em busca da curva. E, quando estava tudo bem, ela se auto-sabotava, germinando o ruim ali dentro, tal qual o andarilho que, embora com o lápis na mão, insiste em desenhar pedras no caminho.

3 comentários:

Anônimo disse...

E eu sei até o nome dela...

Beijo

Rochele disse...

Nossa que coisa estranha... eu acho que também sei.

Bjos e bom findi.

Jorgito disse...

Bacana teu canto. Legal mesmo.

Abraços.