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16 maio 2011

Do que só os nossos olhos percebem

Estavam em um daqueles momentos tênues onde tanto cai bem o silêncio como combinam aquelas frases pontuais, revelações não solenes que só a plena cumplicidade permite compartilhar. Era o estado perfeito para o cenário ideal de uma noite negra ao extremo, salpicada por um frio seco e um vento duro que, em rajadas pontuais, remetia ao cheiro do frescor interno da vibração juvenil de outrora.

- Sabe, eu poderia relevar todo o resto só por causa desses detalhes.

- Que barato que tu te vende.

- Tenho esse ponto fraco de supervalorizar as menores exposições.

- Carência, certo. Essa necessidade de se sentir diferente dos demais.

- Vejo mais como uma conquista.

- Vale o esforço?

- Paga o preço da minha vaidade.

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