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18 novembro 2008

Ago

Venho de um tempo remoto, pré-digital, onde os desafios eram muito maiores. Lembro sempre da sensação de aventura - e desespero, já naquela época - quando uma professora passava um trabalho para fazer. Especialmente quando sobre um assunto que não constava no livro da disciplina, nem nas páginas mais pro fim (não sei se ainda é assim nos dias de hoje que se estuda). Recebido o tema, eis a missão: recolher dados.

Se o assunto era relativamente simples, a biblioteca do colégio dava conta. Bastava abdicar do recreio e correr alucinadamente para conseguir fazer o xerox antes que o sinal tocasse. Alguém aí lembrou de deadline?!

Se o tema era mais power, o caminho era a biblioteca pública. Lá, o sucesso do trabalho do aluno dependia da boa-vontade das senhouras atendentes - para quem não pegou o espírito, elas eram mais ou menos como a página inicial do google: dizia-se a palavra chave, elas sumiam por entre as prateleiras e voltavam com o resultado da busca. Pelo tamanho da pilha um podia antever a nota do 'paper'.

O paper era manuscrito e calegrafia podia, sim, ajudar na nota. Isso e o fato de juntar as folhas não com um clips ou grampo, mas com um top de fita mimosa.

Poisé.. lembrança de um tempo onde tudo era absurdamente menos complicado.

2 comentários:

Anônimo disse...

as senhouras do google, hehehe. Boa!

Caco disse...

hahahahahahaah
também ri horrores comparando as senhouras bibliotecárias com o Google.
Era bem assim mesmo. Adoro!
bjs