rss
email
twitter
facebook

30 dezembro 2007

ferias em sc

Preview das férias em gravatal:

eu de férias, na piscina


nós de férias, no hotel

28 dezembro 2007

saudades

posto porque tenho saudades. poderia me acostumar com aqui facilmente, embora.

17 dezembro 2007

carta de adeus

As cartas de despedida são sempre as mais legais de escrever porque nelas a gente diz tudo o que gostaria de ter dito sem temer o reencontrar de olhares no dia seguinte, após a leitura. Uma carta de adeus é a mais sincera confissão que se pode fazer e mais verdadeiro retrato da alma. Coisa que a gente só tem coragem de fazer, a sério, uma vez na vida. Vai ver seja por isso que eu ensaie tanto as minhas.

--
Hoje eu vou embora porque não suporto mais o vazio que esse lugar se tornou dentro de mim. Hoje vou embora porque a única coisa que tua ausência evoca, para mim, é pressa. Urgência de não mais desperdiçar meu tempo contigo. Porque se teve alguém que dedicou seu tempo a ti, fui eu. Uma devoção que tu não imaginas, abosrto em um mundo que ninguém entende e preocupado com preocupações que só tu imaginas, como sempre foi. E eu atrás, recolhendo a bagunça que a tua efemeridade deixava, e logo correndo a tua frente para limpar o caminho da realidade onde tu pisaria com tanta segurança.
Hoje eu vou embora porque você esgotou as minhas metáforas e eu só consigo me comparar a um lago, que secou de tanto ser sugado e nada receber. Vou embora porque o que tens a me oferece é pouco diante do tempo que eu já esperei. Porque eu sei como tu és e como tu esconde teu egocentrismo - no espaço que deveria ser meu por direito. Vou embora porque eu te dei o que eu queria de ti e porque tu não percebeste só aquilo que eu precisava de ti.

diz pra mim

- Que foi? (o que eu te fiz?)
- Nada. (não sabe?)
- Já te conheço um pouco, eu sei quando tu não tá bem. (fiz merda? me diz o que foi)
- Nada não. (não acredito que tu não sabe)
- Pode me falar (vamos, vamos ficar numa boa logo)
- Deve ser uma noite mal dormida (eu quero tua atenção, poxa, tu não percebe?)
- Mesmo? Só? (ah, não tinha feito nada. vai ficar tudo bem então ... )
- Aham (gente cega é um saco. quero ouvir tu dizer que não vive sem mim)

11 dezembro 2007

Pra cima

Era como um abismo, só que ao contrário. A sensação subia pela boca do estômogo, como se estivesse em queda livre, pra cima. Era assim que sentia: um abismo no peito que terminava se espatifando com uma queda livre na garganta. E não importava o que ela fazia ou onde ela fosse, sequer com quem ela estava, a sensação a perseguia. E ela pesquisava na mente os motivos que poderiam ser a causa desse desfiladeiro, procurando aquela sensação de alívio que a gente sente quando descobre qual o programa mais grave que está nos afligindo, mas não conseguia. A causa que ela pensava que era, e que quase sempre era, especialmente nos últimos tempos, não era, aquela vez, não era. Se não era aquilo só podia ser algo relacionado com aquilo, mas ela não encontrava a causa. E a queda não passava. E ela sentia na espinha aquele arrepio que a gente sente quando vai cair, só que a sensação era ali mesmo, sentada na cadeira, de frente pra parede branca. E ela estava caindo, pra cima, pra sempre, sem saber por que.

04 dezembro 2007

Ranking

2007 - Top 10

Greateast things of the year

























se vc diz que sim

Se você diz que sim pra mim ter que ler as letras miúdas do contrato.
É lá que diz que eu sou uma das coisas mais intensas que vai passar pela tua vida. Que comigo é tudo 08 ou 80. Que comigo é do meu jeito e ponto final. Que eu tenho paciência seletiva: enquanto algumas coisas me fazer estourar de imediato, pra outras eu sou praticamente um monge em estado de nirvana.

Que eu amo desesperadamente. Que eu me envolvo até o fim. Que eu sou a mais passional, especialmente quando me disfarço de racional. Que eu jogo. Que também os meus olhos são olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Que tu nunca vai saber o que eu sou, de fato, e que terá que aprender a conviver com tudo isso.

Mas também é lá que diz que eu sou a melhor coisa que podia ter te acontecido. Só que isso não precisava de um papel escrito pra te dizer.

Ali na esquina

- Estou andando nas nuvens. Parece isso. Sabe como é a sensação?
- Conta.
- Flutuando por dentro. Meio assim, de peito cheio, sabe.
- Porque?
- Tu sabe.
- É ... eu sei
- Sabe mas não entende ...
- Isso que acontece na tua cabeça nem tu deve entender. Não é normal.
- Mas eu acho que tá indo bem.
- Se tu diz.
- Essas análises profundas são sempre as melhores.
- Por que tu não abre a porta duma vez?
- Porque não é esse o jogo. Porque se não for aos poucos não tem graça. E não é pra sempre.
- Pra sempre? Tá.
- Quê?
- Pra sempre é até que tu queira. Até que tu enjoe. É só o tempo de tu conseguir o que tu quer.
- Por isso que eu quero devagarzinho. Porque não quero enjoar.
- Egoísta.
- Não, ainda não.
- É sim, que é tudo vaidade, eu sei.

01 dezembro 2007

trust

Count on me, I'll surprise you, she says.

Eu já postei aqui sobre como é bom ter alguém que relay on you. E volto ao tema, porque tem certos votos de confiança que um faz no outro que são o top de linha em termos de motivação. Saber que as pessoas nem cogitam questionar se podem ou não confiar na outra, e simplesmente confiam, segue acompanhado por uma sensação de valorização e exclusividade (pela raridade que acontece) única.
Claro que cada um infere o que bem quer perto da 01h do sábado, enquanto trabalha.

22 novembro 2007

na boca -- trecho de ficção

- Tu acha que tá feio se eu for assim?
- Não .. sei lá .. acho que tá bom ..
- Por que tu nunca me olha quando te pergunto essas coisas?
- ...
- é só pra te deixar sem jeito ...
- ah
- viu, não me olha
- ... hm ...
- agora ... duvido que se eu chegar bem pertinho, e falar no teu ouvido, assim, bem baixinho, 'eu quero te beijar na boca' tu vai dizer que não.

cada um com o seu

Cada um tem seu HC. É assim, a vida é assim. Cada um tem seu HC e precisa aprender a lidar com isso. O HC de cada um é, em primeiro lugar, a pessoa para quem não se consegue dizer não. Nunca. Para seu HC a pessoa não saber dizer não. A pessoa até pode querer, pode ensaiar, pode esboçar, mas, no fundo e no fim, acaba sempre no sim.
O HC é aquele de quem sempre se fala quando a pessoa não está junto. Sempre. De um jeito ou de outro, a pessoa toca no nome do seu HC.
O HC da pessoa é aquele que sempre se busca agradar. O HC da pessoa é aquele que sempre se quer impressionar. O HC da pessoa é o dono do olhar que pode acabar com o dia da pessoa. O HC da pessoa é aquele que faz a pessoa se desarmar, não conseguir se proteger, ficar vulnerável quase ao ponto de não conseguir mais disfarçar.
O HC da pessoa é aquele por quem se tem as reações mais extremadas, as opiniões mais fundamentalistas, as impressões mais contrastantes.

O HC da pessoa pode demorar a aparecer, mas aparece. O HC da pessoa pode não ser pra sempre o mesmo, mas sempre é um. Um só. Não de dois em dois. Porque o HC de verdade é único enquanto HC.
O HC de cada um não precisa ser o HC, mas sim um HC. E ter um HC não necessariamente é algo ruim - ou bom - é simplesmente algo que é. Vida e morte. Amor e ódio. Coisas que simplesmente são.

fuso horario

Um 'viva' aos horários bizarros, que todo mundo sabe que nunca fui muito de rotina franciscana:

terça-feira, das 23h às 02h: ensaio de evento
quarta-feira: 7h30, evento
19h às 20h30 - cochilo
21h em diante - trabalho
quinta-feira: 8h, escritório
12h - pausa para composto red bull e café
18h - hospital?


hehe

18 novembro 2007

dos livros

Visite uma livraria. De tempos em tempos, visite uma livraria, compre livros e os leia. Compre livros que você sempre quis ler e com quais sempre achou bobagem gastar dinheiro. E leia-os com prazer.

14 novembro 2007

Os quatro

Costumava implicar com as terças-feiras, mas na verdade é das quartas que eu não gosto. Acho dias enfadonhos. Pesados. Em cima do muro. Não gosto das quartas-feiras e de sua falta de definição; não é bem começo e nem bem fim da semana, é o meio. É o termômetro onde a gente vê se o que vem pela frente vai ser bom ou ruim. É onde a gente decide se a semana valeu a pena ou foi tempo perdido. A quarta-feira, e sua formalidade de ser o mais útil entre os dias úteis da semana me incomoda. Muita pressão.

13 novembro 2007

Para entender

Tem certos fatos que acontecem e que a gente precisa de um tempo pra elaborar, porque a gente passa muito na corrida por eles e acaba não percebendo o que eles realmente significam. Tem gente que diz que isso é procurar pêlo em casca de ovo. Eu acho que pensar sobre e criar hipóteses é o único jeito de a gente tentar entender alguma coisa - sim, super óbvia essa minha colocação, dita desse jeito. O que quero dizer é que, as vezes, se a gente tenta ver os fatos um pouco além do que eles se apresentam, descobre possibilidades - ou viagens surreais, vá saber. Cada um assinale a coluna que preferir.
Perceber que as pessoas se importam é sempre muito reconforante. A gente pode querer que elas se importem, esperar que elas se importem; mas quando percebe que elas de fato se importam é bem bacana. E quando é que a gente percebe? Quando as pessoas fazem mais do que seria a obrigação. Só quem se importa despreende tempo e energia pra fazer mais que o mínimo. Mais significativo ainda é quando esse esforço todo é espontâneo e gratuito.
São esses golpes que dão certo sentido às coisas. Que justificam algumas. Que fazem a gente valorizar outras. E, ainda bem, funcionam como uma espécie de atestado que diz 'Valeu a pena ter feito a mais, isso não passou despercebidamente, estou te mostrando que notei'. Não tem lacinho que supere.

07 novembro 2007

O Dia 07

Gente. Eu tenho que postar sobre o dia de hoje. Mas eu não sei como. Não sei.
Estou ficando velha e sensível, vejam só.
Estou enternecida demais para escrever.
Quem sabe amanhã.

31 outubro 2007

one can only not to

A pessoa, quando está vivendo seu inferno astral, pode não escrever novidades no blogue. Um só pode esperar o tempo passar e os astros voltarem a qualquer outra posição aleatória o mais rápido possível. Semana antes de aniversário é o uó.

26 outubro 2007

dito

Eu já te disse que te amo? Eu sei que é um jeito meio abrupto de começar uma conversa, mas queria que tu soubesses. Porque eu fico de tudo quanto é forma tentando demonstrar isso, mas às vezes acho que tu nem percebes. Então queria dizer claramente que sou apaixonado por ti. Do meu jeito - e eu sei que isso não justifica muita coisa - mas explica outras tantas.
E queria dizer que meu gostar não é aquela coisa de literatura, onde o céu é mais azul e o perfume das rosas mais forte só porque o outro existe. Aliás, é dos teus 'apesares' que eu me lembro com mais carinho. É do teu riso estranho, cujo som eu não consigo tirar do ouvido. É do jeito que tu colocas a comida na boca quando acha que ninguém está vendo. É de como tu te preocupas com cada coisa ... com cada coisa ...
É do jeito como tu vens com um tom meio paternal e meio maternal pra cima de mim, meio didático até, de vez em quando, quando te dá um rompante. É da tua voz e da tua cara quando tu achas que está me ensinando alguma coisa, e da tua inocência em não saber que tu é a maior lição que eu aprendo dia a dia.
Então, se eu deixar de lado meu orgulho e minha arrogância pra te ter como sonho às vezes não é claro o suficiente, deixo dito aqui que te amo.

25 outubro 2007

pintura

Porque veio uma vontade bem grande de pensar sobre coisas bonitas é que ela parou um pouco, antes de começar de novo. Porque hoje, por alguma razão, as pessoas lhe pareciam todas mais belas, mais coloridas, mais simpáticas. E, quem diria, agradáveis. Ou era uma mudança de parâmetros no universo ou era assim que sentia estar de bem com o cosmos. Será que era? Claro que ela não sabia - não é que não lembrava, não sabia mesmo. Era dia de dizer frases memoráveis pra pessos. Dizer que gostava. Dizer que admirava. Dizer que tinha saudades. Dizer que estava ali. Embora ela soubesse que isso ela não faria.
Mas era tão estranho como tudo soava melhor dentro dela do que fora. Será que esse é o tipo de sensação que se externa? Ou era do tipo que só faz sentido dentro mesmo, e quando sai da redoma, perde a magia. Achava que era desse jeito. Até porque ela já estava acostumada a esses relâmpagos e sabia que eles tendiam a passar bem rápido. Então melhor do que explicar era escrever, pra tentar capturar a essência e usar depois, quando tudo já não parecesse mais tão bem assim.

19 outubro 2007

do mundo das drogas

Eis-me aqui, no escritório, as 19h30 de uma sexta-feira, interrompendo meu ciclo de produção para postar sobre o mundo das drogas.
Isso porque vivo uma experiência bizarra - na falta de adjetivo menos lugar comum. Há cerca de meia hora dei control + s no meu texto sobre saboneteiras e pedi licença do mundo real para uma cerveja com doritos logo ali, na mesa de reuniões. Porque uma geladinha é preciso pra cortar o efeito alucinante de uma térmica de café sorvida ao longo do dia ...
E com uma lata de boemia, um pacote de salgadinhos e uma sessão mútua de desabafos não é que o fim de tarde ficou bem mais do que 'suportável'? Já dizia minha-poesia-hino-de-vida: "Um dia você aprende que falar pode aliviar dores emocionais ..." e problemas decorridos e problemas por vir também.
Só que nisso a realidade volta a chamar - olha a página do word aí em branco, esperando - mas não o tempo suficiente pra que o efeito lúdico do álcool evaporasse das idéias - pessoas cujo sistema digestivo está emocionalmente abalado são mais frageis para a bebida - e então, quem aparece?! O Café Expresso Duplo do Apolo!!
Então a equação fica assim:
Boemia + bate papo = passagem para o mundo sem estresse.
Café expresso e bis = ticket de volta à realidade.
Viagens transdimensionais = X.
Vamos ver o que acontece daqui por diante.

18 outubro 2007

Prólogo

Um dia você começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Capítulo I - os fatos e as impressões

Foram 18 horas de viagem, 12 das quais dormidas, ou fingidas de dormir. Não sou da turma que tem talento para small talk - nem fiz esforço para, diga-se (erro nº1). Nem por decreto saberia dizer o caminho pelo qual fomos até São Paulo. O que, aliás, é totalmente ok, porque é uma informação mega dispensável saber o caminho por terra até SP.

São Paulo deve ser a cidade mais quente do mundo: sua-se muito lá, mesmo com a cara enfiada no ar conidicionado. As pessoas todas, todas fumam, sem parar. Talvez por isso haja tanta poluição. E talvez por isso gastem tanto tempo nos deslocamentos automobilísticos: para ter mais tempo de fumar. Essa é a única explicação para o fato de pessoas seguirem vivendo em uma cidade onde mede-se qualquer descolamento em horas. horaS. S.

Aviões com mal de parkinson não são os mais agradáveis para se voar, à noite, e aterrisando em uma ilha (que tem água pelos lados, entendem?!)

O melhor broownie do mundo e o único capuccino até hj bebido que vale o nome que tem estão no aeroporto de Guarulhos. Eles fazem o caos aereo valer a pena. E são tão bons que a pessoa naturalmente sente-se disposta a encarar a queda do avião como 'ok' depois de prova-los.

Com pessoas dissimuladas, age-se dissimuladamente. Melhor ainda se chegar a essa conclusão em tempo hábil para fazê-lo. Check list para a próxima vez.

Azeitona e batatas não formam um pestisco bom. Nem suco de limão com manjericão é bom de beber. Registre-se: deve-se comer salame, queijo e suco de uva em um estande. Sim, sim, dispostos sobre uma toalha com xadrez vermelho ao lado de uma família trajada com a roupa de 1875 cantando 'tcha tcha tcha pun, tcha tcha tcha pun'.

Deve haver uma monografia que explique por que tendemos a copiar o sotaque do lugar aonde estamos. E que justifique por que não conseguimos parar mesmo sabendo quanto ridículo isso é.

Qual é o nome da escala que mede o nível de estresse da pessoa que passa dois dias (três, contando hoje) indo para o banheiro invariavelmente dez minutos depois de colocar qualquer coisa na boca?! Ainda bem que na feira se fica de pé e não precisa sentar.

Viagem é sempre bom pra trocar os ares velhos entre as idéias na cabeça. Sempre se volta com pensamentos novos. | acharam que a pessimista tinha ficado por lá?! E dúvidas novas! E incertezas novas! E frustrações novas! E erros novos na bagagem, entre um kit de imprensa da concorrência e outro.

09 outubro 2007

Ranso

O gosto azedo na boca é da amargura que sobe o esôfago. O café é frio, é doce, é fraco, é inútil. Espírito ransoso. A testa com aquele suor grosso, que não escorre, mas tampa a pele e fica nos dedos. Oleoso. O corpo em febre, frio e calor. O cabelo incomoda. O ar pesa. A roupa coça. Nem vontade de suspirar. A visão embaraçada e a cabeça anuviada. Ou vice-versa.
É a criatividade na figura de um homem velho, com um pano amarrado cobrindo o sexo, numa masmorra de pedras geladas e escuras que ardem contra a modorra do dia, e que desistiu de procurar a saída.
É o silêncio não de quem cala, mas de quem absorve.
Tem dias que não nascem para serem bons.

27 setembro 2007

tua

"Uma vez escrevi uma carta que dizia '...Toma (minhas palavras) que são tuas. Tudo teu...'. Só que era uma carta de ficção, daquelas que se escreve pelo prazer do efeito dramático que têm. Mas eu hoje escrevo de verdade: 'toma, que sou tua, toda tua.'
Sou tua porque quanto estou contigo me entrego completamente, sou só atenção, sou só você. Sou tua porque busco com sede tua expressão, porque quero te decifrar por completo, porque busco no tom da tua voz e no vazio do teu olhar o que se passa em ti. Sou tua porque me escondo na sombra se assim puder te ver brilhar. Sou tua porque se tu não está bem, nada mais está.

Sou ainda mais tua quando não estou contigo, porque aí sou tua em pensamento. Sou tua porque lembro de ti quando acordo no meio da noite, não importa onde estejas. Sou tua porque ainda anseio pela tua chegada, todas as vezes que ela se repete. Sou tua porque quero estar onde tu não está.

Sou tua e tu me tens nas mãos e não sabe. Eu jogo com a minha indiferença para que tu não o sejas comigo. Eu te afasto quando na verdade quero te aproximar. Eu uso todos os clichês contigo mas te trato como peça única. Eu te adoro pela tua doçura e te detesto pela tua acidez. Eu te adoro pela tua acidez e te detesto pela tua doçura.

Sou tua e tu nunca saberás. Sou tua e quero tu o sejas também, mas devagarinho, porque se eu for para ti como tu és para mim, eu não vou saber o que postar."

20 setembro 2007

Check

Cada um com seu bloco e lápis na mão pra assinalar um 'V' ao lado de noções que são de conhecimento geral da humanidade e se confirmam vez por outra:

- festas organizadas aos trancos e barrancos são as melhores.
- assunto gera assunto: quanto mais se fala com uma pessoa, mais se tem para falar. distanciamentos criam vácuos.
- comidas doces e comidas salgadas não pertencem ao mesmo prato, os alemães que me perdoem.
- óbvio que misturar arroz com vinho não fica bom. Aliás, arroz casa com feijão, e só, como todo mundo sabe.
- pessoas, como macacos, têm papeis definidos nos grupos a que pertecem.
- a ordem natural dos acontecimentos precisa ser respeitada: a comida só pode parecer com vômito quando sai do corpo, antes de entrar pela boca gera um certo, digamos, desconforto.
- lugares que oferecem cachaça de frutas com uma espiga de milho perdida dentro da jarra não podem ser levados a sério.
- mesmo uma bebida universal como o café tem limitações de usos. Risoto de café definitivamente não é uma boa idéia.
- se você prestar bem atenção, consegue decifrar as pessoas olhando em seus olhos quando elas não percebem.
- fotos têm o poder de maquiar fiascos.


14 setembro 2007

you learn

Algns dizem que a melhor forma de conhecer uma pessoa é dando-lhe dinheiro. Outros, que é dando poder. Eu diria que as situações de estresse também são um bom termômetro. Como uma pessoa reage quando a) está sob pressão; b) encara imprevistos; c) encara culpas e assume responsabilidades pode dizer muito sobre sua personalidade.

Há os que se emburram. E desistem.
Há os que emburram mas se mostram dispostos a encontrar soluções;
Há os que dizem 'deixa assim, paciência' e n fazem nada;
Há os que se desesperam e não fazem nada;
Há os que se desesperam e resolvem as coisas.

Isso pros dois primeiros itens. Pro terceiro o negócio é assim:
- tem gente que procura causas e não culpados. e fica protegendo as pessoas.
- tem gente que procura culpados. e são sempre os outros.
- tem gente que se faz de culpado quando na verdade acha que a culpa é dos outros.
- tem gente que tenta se fazer de culpado pra parecer bonzinho mas assim que descobrir como, mete no dos outros pra não se queimar.

A lição do episódio é uma frase de Shakespeare (ou pelo menos que a net diz ser dele, em 'Um dia você aprende'):
"E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso."

06 setembro 2007

o bom e o ótimo

O dia é daqueles em que o ar está leve, ao mesmo tempo que efervescente. A agitação é do tipo que antecipa algo de bom. Uma espectativa de que tudo pode, enfim, dar certo. E de que sim, vale a pena, sim. Nem o sol agride tampouco o calor incomoda. Hoje o dia é bom.
Sentada na cadeira, ela quase não sente vontade de se mexer, de tatear o teclado em busca das palavras, sequer de pensar. Ela só quer ficar em silêncio, introspectiva. Porque o dia é de sentir. No peito, aquele bem estar que só de vez em quando se experimenta. Aquela sensação de força e invecibilidade. É quase uma necessidade de devoção. As idéias se perdem, soltas, pensando no 'se' e correndo na direção oposta da lembrança dos dias que não são tão bons assim.
Por isso ela não quer se mexer. Pra não estragar esse momento. Porque ela sabe que é raro.

25 agosto 2007

contra a ?

O ponto de interrogação é o sinal gráfico que exprime uma das piores sensações que um pode ter: aquele 'e agora?' que vira e mexe aparece na vida da gente.
Esse momento metaforicamente representado por uma encruzilhada ou pelo fim de uma estrada é o indicativo de que decisões precisam ser tomadas. Opções feitas a partir de reflexões. Prós e contras objetivamente analisados. Busca de respostas. Trocas de '?' por '!'.
One can only make a decision like this by writing. Colocando em palavras tudo o que acha ou deixa de achar. Às vezes o único jeito de organizar as idéias é transforma-las em um texto jornalístico. (não, meus caros, não esqueci do poder esclarecedor do álcool, mas a embriaguez serve para que esquecamos a autocensura e encaremos nós mesmos a verdade verdadeira. o que fazer com ela, depois, é assunto pra discutir com o word.)
Vejo que é chegada a hora de me escrever uma carta. Que madrugada complexa me espera.

22 agosto 2007

O dia em que

O dia em que Olga Krell recebe em mãos a pasta de impresa que você oferece, posa com um sorriso maternal para a foto que você pede e diz: "muito eficiente você" é algo to post about. Pena que foi um show para a platéria errada.

A saber: muito pertinente o ditado que diz 'cada macaco no seu galho'.

15 agosto 2007

Exercício

Ainda sobre essa foto: reparem se ela não parece retirada de um cartaz de divulgação de seriado americano?! sim, porque só fotos hollywoodianas concentram três pessoas saindo bem ao mesmo tempo.

E, se assim fosse, por esse cartaz, que história a série contaria? Que perfil teriam esses personagens? Qual seria o enredo envolvendo nós três?

Triângulos sempre são bizarros.

14 agosto 2007

Para chorar de saudades


A dor e a delícia dos momentos genuinamente felizes

O que veio

I take it back.

13 agosto 2007

O que vem

Diz a Bíblia (quem esperava ler um post com esse começo, hein?!) que é preciso poupar na época de vacas gordas para quando vier a fase das vacas magras.

Deve ser da mesma fonte, talvez da época de Noe, a frase que diz: depois da tempestande, sempre vem a bonança.

Como se vê, a alternância entre 'bom' e 'ruim' é algo amplamente documentado - e o teor dos ditos comprova que as pessoas, A.C. e D.C., sabem que períodos em que tudo dá certo e corre bem são presságio de que algo terrível está se armando.

Eu estou contando as minhas sete vacas gordas, engordando-as ainda mais ao vê-las pastar na minha grama, que está mais verde que a do vizinho. Mas com o guarda-chuva ao alcance da mão, caso venha o dilúvio.

07 agosto 2007

to be singing

Revival do dadaísmo ... viva as frases soltadas, cada um agrupe-as da forma que quiser e atribua o sentido que puder.

... she's like ... so whatever ..

breaking down the walls today e from now on

alguém tem que dar o primeiro passo

outras pessoas além de mim podem ter razão em suas observações

“Quem fala muito mente muito, porque acaba seu estoque de verdade.”

06 agosto 2007

seems to be

Parece má vontade, feels like má vontade, mas não é má vontade.
Dia de se arrastar pelos afazeres e priorizar os trabalhos manuais, onde o cérebro pode ficar amortecido, anestesiado, sem ter que pensar nas coisas que são, e sobretudo nas que podem vir a ser. ou não.

-//-

muito bem observaram os milheres de escritores que já proclamaram as frases a seguir.
como pesam os silêncios - e como pesam ainda mais os silêncios encobertos por palavras e por small talks.
A sensação causada pela impressão de que há algo por ser dito, mas que permanece encoberto e é desviado constantemente, tem algo de sufocante.

-//-
Será que café em excesso causa paranóia?

02 agosto 2007

Guia de constatações

Há pessoas com as quais a gente se sente à vontade sempre.
Há pessoas cuja presença a gente sempre vai querer.
Há pessoas que a gente gosta pra cacete e se sente muito próxima, mesmo que nem sempre acerte a mão na hora de demonstrar.
Há pessoas que a gente sabe que vai dar certo.
- // -
Esforços para encontrar amigos nunca devem ser medidos. Se o preço para algumas horas de terapia e tratamento anti-depressão regados à cerveja e fritura é viajar o estado em questão de horas, suportar um evento que apresentou uma sala cheia de cópias da 'A. cara-de-cavalo' e passar o resto do dia seguinte aos bocejos, que seja feito o sacrifício.
- // -
Conversas esclarecedoras são sempre bem-vindas. É delas que se tiram as guias para traçar o caminho a seguir. Melhor seria se houve tempo de traças as estratégias entre um mocacchino e outro. Saudades da terapia. Há que se ligar marcando hora.
-//-
Equilíbrio é tudo - pelo menos é o que dizem, em suma, todas as linhas que eu já li por aí. Deve valer nesse caso também: o meio termo entre o momento que a gente quer desistir - e desiste temporariamente, pra se recolher no fundo da caverna e lamber as feridas - e aquele outro onde se tem aquela descarga de adrenalina gritando 'u-huuu, sai da frente que vou dá no meio'.

31 julho 2007

É o que há

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade

24 julho 2007

off line

Gentem, que ridículo. Conecto o msn e o que eu vejo: todos os contatos off line.
Vocês fazem o que as 5:17 da madruga? Eu já estou na segunda lauda de texto e terminando a primeira térmica de café ... e ajuntando do chão os pedaços de fígado.
Coisa palha. Uma vez sempre encontrava um outro sem-noção pelas madrugadas afora ... será que é a idade chegando?!

23 julho 2007

bela viola

Eu vou usar frases feitas e ditos populares pra definir coisas todas as vezes que eu quiser. Não dá pra ser genial o tempo todo. Ok, dá, mas cansa mto.
A frase de hoje é: comigo não, violão. Não caio mais no papo das pessoas. Nem vem. Se vier me dizer alguma coisa, eu vou desacreditar imediatamente. É tudo balela porque todos são farinha do mesmo saco. Tudo que se ouve de supostamente bom é golpe. Então, comigo, não cola mais. Comigo não, violão, essa história pra cima de mim, não.
O momento Dostoievski chega pra todos e depois dele as paisagens nunca mais são as mesmas.

20 julho 2007

olha que coisa mais descolada

pobre blogue

Pobrezinho do meu blogue. Só ganha atenção durante o caos. Quando as coisas estão bem, nada de postar algo que preste. É comprovado que só as grandes tragédias inspiram os grandes textos subjetivos (sim, eu sei que só existem textos subjetivos, mas vcs captaram a idéia do que eu quis dizer).
Nada como uma fase de mel e seda pra acabar com ao lado 'noite na taverna' das pessoas.

17 julho 2007

à espera

Estou à espera do milagre da multiplicação das páginas. Já tentei rasgar ao meio o único fruto da minha produção pra ver se ele duplicava, mas nada.
Conto agora com uma inspiração extra vinda de cima para preencher os espaços em branco e começar a riscar itens da lista de pendências.
Espero estar de mau humor amanhã por ter passado a noite em claro, escrevendo, e não por estar ainda mais atrasada do que hoje.

11 julho 2007

bolinhas de sabão e algodão doce

Hoje quero falar de bolinhas de sabão e algodão doce. Quero falar da efemeridade do tempo, das sensações, das opiniões. Quero falar sobre como as certezas estão ali, claras, visíveis, concreta, e como na sequência se desmancham, deixando pra trás o vazio. Quero falar sobre como o que estava bom desparece de uma hora para a outra - e como as vezes isso faz com que apareça algo ainda mais belo no lugar, mas só para que isso também deixe de existir chamar o novo.

Relendo esse post vou me permitir um adendo: gente deprimida é um saco, hein. Nem eu me aguento de tanta chatice. Aliás, finjam que não leram esse post. E se bateram o olho aqui antes, nem leiam. Não perdem nada.

04 julho 2007

óculos

Hoje esqueci os óculos em casa. Freud diria que isso é uma manifestação do meu inconsciente, dizendo que há coisas que eu prefeiro não ver, que estou fugindo da realidade e da verdade, me fazendo de cega pra não ter que enfrentar o que me incomoda.
Freud explica.

02 julho 2007

Cafezinho

Você entra numa padaria acompanhada de amigos para alguns momentos de alto astral - é o jeito de recuperar a auto-estima quando ela está no fundo do poço // na verdade isso acompanhando por um capuccino gigante e uma torta de chocolate cujas caloridas não podem ser contabilizadas em nosso sistema numérico. Em meio a esse cenário cor-de-rosa, você percebe que seis pessoas abandonaram seus lanches e foram embora em questão de cinco minutos. A conclusão: ou sua presença realmente é muito desagradável ou quando se está acompanhado pela moça de são pedro o volume das gargalhadas são demais para os meros mortais.

Quem já experienciou a manifestação física da raiva?! Eu me refiro àquela sensação que se percebe no peito. Sentir a raiva dentro do peito, e ela se espalhando por todo o corpo. Tem algo de nirvana em controlar esse terremoto, baixar e voz e reprimir o livro de insultos que se desenha numa hora dessas.

Ah, a bipolaridade. Quanto mágico é essa possibilidade de as coisas, até então uma merda, de repente, não mais que de repente, ganharem um contorno de felicidade? Deixemos o charme da estabilidade para as aparências.

Como é instigante conhecer as pessoas né? E como se aprende observando o jeito de cada um. E quanto esclarecedor isso é. Como é engraçado - digamos engraçado na falta de uma palavra melhor - existirem pessoas em quem, ou com quem, a gente aposta que vai dar certo não importa quais os nuances a gente vá descobrindo pelo caminho - ou quem saber por causa dos nuances que vai descobrindo pelo caminho.

Tópico da semana: rely on. Não tipo rely on someone, mas ser o someone pra alguém. É algo a possibilidade de ter alguém que rely on you.

01 julho 2007

the flowers

There's just this for consolation: an hour here or there when our lives seem, against all odds and expectations, to burst open and give us everything we've ever imagined ... Still, we cherish the city, the morning; we hope, more than anything, for more.

27 junho 2007

Sorria, você está sendo filmado

Olha a minha cara hoje ... Olha a tatuagem que vou fazer amanhã ... ou que já deveria ter nascido estampada na testa

26 junho 2007

Momento I

Vou atravessar um post no meio do outro pq se trata de uma emergência.
Vou listar os momentos onde sinto falta da minha bengala. Agora é um deles.
Tenho um problema e só me resta imaginar que conselhos receberia. Que saco.

25 junho 2007

Say it again

Entendo, e com razão, se as pessoas começarem a me chamar de repetitiva. E já explico por que (pode-se interromper um post assim, né?!)

Ódio

Já devo ter escrito isso, afinal ela vive passeando pra lá e pra cá, mas vou reforçar:
ODEIO quando KAssandra tira férias. Odeio mesmo. Fica uma lacuna no meu msn - sim, eu preciso de bengalas emocionais, e daí?!
Que duas longas semanas serão ...

22 junho 2007

bico

Eu sempre fui da turma dos cantos. A coluna do meio nunca me atraiu. Sabem aquela frase "ou quente ou frio ... morno eu vomito" ... pois é, ela vale.

Não sei se existe algo melhor do que a intensidade. Ou bem se faz ou bem não se faz. Nada de ficar encima do muro. Eu gosto de mergulhar de cabeça e viver intensamente - mas não todas as coisas, porque é preciso um talento publicitário-televisivo para reconhecer o sentido da vida naquelas cenas no mínimo bizarras como dar banho em cachorro, morder um pão com margarina no jardim (gente, quem come pão com margarina no jardim?), pegar um tomate no supermercado e tal.

Mas acho que quando a gente encampa um projeto, uma postura, um sentimento ou uma fase tem que ser de cabeça. É o único jeito de realmente experenciar uma situação.

-- Nesse momento surgirão outros lugares-comuns dizendo que é muito mais fácil se machucar ou decepcionar assim --, mas vamos colocar na ponta do lápis: a gente quebra a cara sempre, eventualmente e como mais ou menos intensidade. Então, pelo menos, que se meta a cara e se aproveite ao máximo enquanto isso não acontece. Porque existem, sim, os momentos que fazem valer a pena.

A idéia original do post pára por aqui. O parágrafo abaixo é 'politicamente correto final feliz'

Espaço reservado para a moderação, sim, que ela sempre é bem-vinda e ajuda a traçar linhas-limite; e abertura sempre para mudar de idéia e trocar de fase, porque nada tem eternamente a mesma força.
Mas a gente se diverte bem mais quando se entrega.

20 junho 2007

117

Querida da minha cidade que está de aníver. Que saudades de morar em Caxias.

18 junho 2007

Saudades

Penso com muito carinho na possibilidade de voltar a fazer terapia. Preciso de alguém que me escute ruminar sobre os mesmos assuntos até a exaustão e, depois, me diga o que fazer. Ou o que não fazer. Que me diga se estou exagerando ou se tenho razão. Se estou procurando pelo em casca de ovo ou se estou simplesmente querendo ver as coisas às claras.
Perdi a noção de certo e errado em relação ao meu comportamento. Perdi o discernimento sobre minha conduta e postura. É por isso que ando por aí pedindo abraços - logo eu, tão avessa a esses contatos sociais - e completamente insegura. É por isso que minha auto-confiança se vai pro espaço ante um 'assim não vai funcionar', 'claro que ele ouviu, do jeito que tu berra' ou 'ano passado foi bem melhor'.
Quando a pessoa se mostra insegura e carente, quando ela alterna vontades de chorar com momentos de pura adrenalina e quando ela mal dorme, sempre aos sobressaltos, é porque talvez ela esteja precisando voltar pra terapia. Ou talvez esteja só cansada.
Nada como um bom divã pra arrumar a bagunça.

fim

Gente ... terminou a expobento. posts sobre em breve

por ora, a frase: correr não adianta. é preciso partir a tempo

e, ilustrando o atual estado de espírito, o sinal gráfico a seguir: ?

05 junho 2007

Ralhar

A palavra do dia de hoje é ralhar. No sentido de ter a liberdade de. Cada um lida com a realidade do seu modo. Uns ficam em silêncio, uns gritam, uns riem, outros choram.
Outros ralham. Eu sou do grupo que precisa ralhar. Todo mundo consegue fazer a seguinte imagem mental: eu, com um coque, o óculos na ponta do nariz, um xale nas costas, os cantos da boca puxados para baixo, ralhando.
Eu ralho. Ante qualquer situação que se afaste um pouco do perfeito, eu ralho. Preciso ter a liberdade de para, então, agir. Ralhar é meu combustível. Deixa a mulher ralhar!

04 junho 2007

lista

Há uma lista de frases que deveríamos dizer com mais frequência:
- Não vou fazer agora. Faz vc, se tem tanta pressa.
- Não sei e não é problema meu.
- Eu disse que não ia dar.

Claro que essas são coisas que só sairiam da boca de pessoas não pró-ativas e que não se importam. Quem é ninja sabe que isso fica só ecoando na cabeça, e é melhor que seja assim.

Mas que dá vontade de, no verso da lista de pendências, escrever a lista de quem mandar à merda, dá.

heheheehe

01 junho 2007

trim trim

Eu odeio telefones. O toque da campainha de um telefone me faz mal aos nervos. Desencadeia um ataque de anseidade. Sinto irritação e mal-estar.

Não gosto de atender ligações e odeio mais ainda fazê-las. Não gosto de me comunicar via telefone. Não é que prefira as cartas enviadas em garrafas via oceano, mas o som 'trim-trim' não é dos que mais me agrada.

Nunca me liguem. Nem que seja para contar coisas boas. Escrevam um e-mail.

30 maio 2007

!*@#!**#!


Bem melhor agora ..
melhor assim

29 maio 2007

Dia 6


Hoje não é dia 6 nem nada, mas decidi colocar um foto do meu amorzinho no site, que é tão querido comigo.

: *

28 maio 2007

Discurso

Então está lá, mais um certificado pra fazer um quadrinho e penduarar na parede. O término da pós trouxe consigo o início da contagem regressiva para que se faça um mestrado. Mas isso é papo pro ano que vem.
Orgia gastronômica é como melhor se define a comemoração dessa formatura. Nos empanturramos na janta (ainda que o mais difícil de digerir tenha sido o discurso em nome das formandas, recheados de - vejam só a ironia sendo a conclusão de um curso de leitura e produção textual - erros de concordância e inadequações. Depois seguimos comendo compulsivamente na tentativa de permanecer despertas. E falhamos.
Lembramos com saudades o tempo em que ficar acordado até as 6h era tão fácil e natural que sequer era motivo de preocupação. Naqueles dias, um grupo de amigos e um suprimento considerável de cerveja eram suficientes pra manter a roda por horas a fio. Hoje, a bebida encalhou na geladeira e o que sumiu foram os petiscos. Agregou-se um elemento novo nas reuniões: a coberta para as pernas. Dormiu-se no chão da sala.
Contei as horas durante toda a semana pensando em quanto prazeroso seria comer batatas, beber cerveja e falar sobre a vida. Entretanto, na hora 'h', fui vencida por um conjunto de fatores: avanço da idade, práticas diárias pouco saudáveis e cansaço acumulado. Há que se dizer que dormir entre amigos é muito reparador.
Obrigada aos que compartilharam esse momento, presentes ou não. De verdade. Dito isso, seguem alguns flashes bizarros:
- Toda a cerimônia de conclusao do curso de pós esteve a ponto de passar sem registro algum por falta de uma máquina fotográfica. Foi preciso que a Josi pegasse um avião, vindo do Pará, e troxesse uma máquina para salvar o registro da formatura. Enquanto Kassandra guardava no bolso seu celular que bate fotos.
- Não é preciso saber de cor a receita de brigadeiros para fazer a mistura de leite condensado, nescau, margarina, microondas e restos de alumínio ficar comestível - e laxativa.
- Relembrar bons momentos do passado é parte indispensável desses encontros. Esperar um ônibus na rodoviária é tão rico em denotações que não pode ser explicado em palavras.

23 maio 2007

filtros e azedos

Como existem detalhes capazes de azedar o dia das pessoas né? Pior ainda quanto as coisas passam despercebidas na hora e a ficha só vai cair 30 minutos depois. E, mais terríve na escla é quando a gente sabe que alguém está dizendo uma coisa única e exclusivamente pra nos incomodar, nos deixar com raiva e com a pulga atrás da orelha - e CONSEGUE.

22 maio 2007

Tic Tac

Abro agora a contagem regressiva para a noite de sábado.
Há a necessidade de que chegue logo esse encontro regado por asti, cerveja, café e fritas, alternada e repetidamente, confidências, reflexões e definições mil.
Lembro aos ausentes que deixem vossos telefones celulares ligados para rceber chamadas inconvenientes de bêbados desconexos.
Que venha, então, a janta de pós.


Trem da alegria sai de Caxias as 18h, isso quer dizer que 17h45 passaremos nas casas coletando as pessoas que virão de carona.

21 maio 2007

full circle

Foi já tema recorrente em nosso grupo de convívio durante a faculdade, tanto que fizemos um filme sobre isso (ou todos, cada um a sua maneira). A questão são os ciclos. Os ciclos da vida.
Every now and then a gente passa por certas fases: momentos de reclusão, onde não se está afim de interação social; fases hipercomunicativas, onde a gente resgata toooodos os contatos que foram ficando pelo caminho; semanas onde tudo o que se quer é ler um livro ou uma revista, ver um filme e dormir, sem pensar; dias em que sentar no banco da praça depois do almoço, vendo as pessoas passarem, com sol nas pernas e vento morno no rosto, é tudo que se precisa pra colocar a cabeça em ordem.
É assim, um vai-e-vem de sensações e estados de espírito, como queiram chamar. São pequenos ciclos pelos quais passamos todos. E quão frequente é termos todos eles no curto espaço de uma semana ... um dia ... intervalo de horas ...
Esse prefácio é para contextualizar uma outra questão cíclica, que são os assuntos recorrentes em nossas conversas cotidianas, e sobre os quais nunca se consegue chegar a uma conclusão. São temas que vira e mexe aparecem, e ainda precisam ser malhados, até que se esgotem. Ou não.
Tudo isso pra dizer que cada ciclo e cada assunto recorrente merece ser respeitado e não apressado. O tempo de cada um - que é o nome de algum filme bom que assisti por aí - é único e, a quem está do lado de fora, resta a paciência.


Dito isso, saio em defesa daqueles que, como eu, agora, resvalam no mesmo assunto e ocupam suas horas todas da mesma forma. Que esperem os meios-termos e os limites, porque quando a gente encontra aquilo que gosta, não se escapa do monotom. E não se importa. Cada um deve ser deixado em paz com seu ciclo.

18 maio 2007

Não podemos

"Não podemo se entrega pros homi." É com essa frase (e, vá lá, com um uniforme de guerra todo esfarrapado, uma faixa de pano amarrada na testa e uma peixeira na mão) que eu resumo a postura que a gente deve ter diante de certos dias onde tudo parecer querer nos derrubar.
Porque, vamos combinar, há momentos em que elementos fora do nosso controle nos atingem em cheio e a gente fica meio atordoada, sem saber o que fazer. Aí é a hora de bater o pé e dizer: não, não vão. não vão me derrubar.

Disse-me, hoje, uma pessoa que eu gosto bastante e sempre faço questão de escutar quando fala, que pra quem age sempre pelo bem as coisas acabam se encaminhando, também pelo bem. As palavras não foram exatamente essas, mas a idéia era mais ou menos por aí.

A gente sabe que o negócio não é fácil e muitos de nós aqui já cansaram de ver uns e outros pegando 'atalhos' e, se não chegando mais longe, tendo um percurso muito menos tortuoso. Deixa aquele gosto amargo na boca de que 'pra nós tudo tem que ser pelo mais difícil'. E as vezes eu acho que é assim mesmo.

Ainda bem que a gente tem aquela tal força interior bem grande e encontra dois ou três pelo caminho que fazem a gente não desistir nunca. Teimosos como mulas nesse impeto de fazer sempre o melhor, a gente pode apanhar, mas não se entrega pros homi.

16 maio 2007

convite

15 maio 2007

Mel

Podem me chamar de Ursinhos Carinhosos. Hoje queria encontrar cada um dos meus amigos e dar um abraço bem apertado. Só. Não precisava dizer nada. Só dar um abraço bem apertado.
[ ]

14 maio 2007

Ao sol

Queria sentar em um banco de praça, com as pernas ao sol, e fruir o mundo hoje. Got some thinking to do.

Alias

É preciso que se diga: há atividade mais sofrível e ingrata do que pensar sobre? Sim, sobre qualquer coisa. Que missão mais ingrata - é tudo muito variável e inconstante. Então, quando parece se ter chegado a alguma conclusão, aparece um elemento novo na história, um outro ponto de vista, mais um 'e se' e volta tudo à estaca zero. Quanta paciência.
Felizes dos porra-loucas.

12 maio 2007

Bi

O fato é que nós, os bipolares, contamos com um aspecto positivo sobre nossa disfunção:

Por um lado, qualquer coisa nos chateia à morte - um 'oi' que nos dão e sai meio mastigado, um comentário que entendemos como agressão, educação de menos, educação de mais, elogio de mais, elogio de menos, até uma corrente de ar na Ásia inverte a polaridade do nosso humor.

Mas, na outra mão, temos que, do mesmo modo, pequenas coisas têm o poder de deixar tudo bem de novo - uma piscada de olho, uma insinuação de desculpas, uma mudança no tom de voz, uma entrelinha dizendo que está tudo bem - e, claro, o alinhamento dos planetas.

É só isso que explica a capacidade que certo grupo de pessoas que nasceram sob determinado signo do Zodíaco tem de distorcer - para o mal e para o bem - e procurar significados ocultos em tudo o que lhes é dito. Tem gente que não aceita o fato de que, às vezes, um charuto é simplesmente um charuto - e entre essas pessoas estão todos os demais escorpianos, como eu, lendo isso e se perguntando 'será que ela escreveu isso pra mim?'

10 maio 2007

Dia de Lya

Não bem um Dia de Clarissa, hoje é dia de escrever um post Lya Luft.

Porque hoje eu quero complacência. Quero que as pessoas delicadamente inclinem o rosto, balançando em sinal afirmativo, enquanto concordam comigo. Hoje não quero ponderações, reflexões ou críticas - sequer quero criticar. O que eu quero é que passem a mão na minha cabeça e digam que tenho razão. O que eu preciso é de tolerância, não de bronca. Hoje eu quero desopilar e não ser cobrada. Eu quero um pouco de benevolência pra poder expurgar minha tristeza. E amanhã a gente vê como é que fica.

08 maio 2007

De que lado

Num momento de originalidade pura, vou roubar os princípios da teoria da relatividade e dizer que tudo varia conforme o ponto de vista da pessoa, em determinado contexto espaço-temporal.
É uma tendência humana colorir os fatos passados para que, quando lembrados, eles tenham tons menos trágicos. Quem sabe por isso olhando pra trás, nada seja tão ruim quanto se pensava ser. Acho que com o passar das horas (temos que nos reunir e discutir por que não deixamos V.W. em paz, de uma vez, como ela deixou tão claro ser seu desejo) nós conseguimos extrair o que de mais positivo existiu em cada experiência - seriam essas as tais lições que se aprende ao longo da vida?
Lembranças sempre deixam uma pontinha de saudades. Síndromes de Estocolmo à parte, o lado bom de cada fase acaba aflorando quando a gente joga luz sobre algumas coisas que já passaram. Então a gente pode colocar essas lembranças com carinho em uma caixinha - mas nem por isso transforma-las em desejo de reviver ou voltar ao que já foi.
No contraponto do lado Pollyana, há más impressões que mais parecem tatuagens - nada apaga, de verdade. Auto-defesa, talvez, mas a gente desenvolve um tipo de ultra-reação contra aquilo que nos agride.
Pra fechar a noite, o que é mais verdade: cada macaco no seu galho ou quando a água bate, a gente aprende a nadar? Será que cada pessoa tem seu perfil e, portanto, existe uma abrangência 'x' de tarefas para as quais ela é forjada ou a gente desenvolve habilidades adormecidas quando a situação exige, e pode-se fazer qualquer coisa?
Claro que a resposta é um pouco de cada - mas tem gente que é mestre em seu domínio, e nesses casos é melhor ficar só olhando.

07 maio 2007

Abre a janela aí

Não é surpreendente a quantidade de pessoas interessantes que existe por aí? crock crock crock, todo mundo bicando a casa do ovo e metendo a cara pra ver o que tem lá fora. Tirei meia hora do meu dia hoje pra navegar pelas águas de blogues desconhecidos - e que experiência gratificante essa se relevou!
Quem sabe, enfim, não estejamos todos condenamos a uma vida de solidão e isolamento, cada qual em seu canto, com suas caraminholas batendo as asas pelos cantos da casa vazia.
Sabe que as vezes a gente se fecha de tal modo na rotina que esquece quanto legal é interagir - vá lá, mesmo que de forma virtual, com novas possibilidades.

Parabéns

Parabéns pra mim, que falhei cabalmente no cumprimento da minha lista para o fim de semana. Sucesso zero.

02 maio 2007

Sendo idiota

Eu sei preencher as horas livres de um fim de semana - ao contrário do que sugere o texto abaixo, de duvidosa autoria, ser comum a nós (nós, ninjas, workahoolics, paranóicos, que seja). Querem ver a programação?
- ler as quatro ou cinco edições atrasadas de Veja que estão na mesa da sala
- caminhar
- assistir a pelo menos quatro dos vinte filmes inéditos que tenho no dvd
- dar atenção pra minha cachorra
- almoçar com a famíla sem pressa e de bom humor
- ... (essa não vou escrever, todo mundo sabe o que é, pelo menos três vezes)
- ler o jornal de domingo, tomando café com leite, de pantufas
- devolver os livros da branca
- ir na casa da nadia desejar boa viagem
- combinar um café com a chele
- encontrar o zé no l'américa e conversar com ele pelo menos meia hora
- fazer as unhas
- assistir a pelo menos dois episódios de Os Simpsons domingo de noite
- dormir
- inventar a máquina que insere seis dias entre a manhã de sábado e a noite de domingo

30 abril 2007

Tema de casa. Vão e pensem sobre.

SEJA UM IDIOTA

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Ha ha ha ha ha ha ha ha!

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria.

Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios". "Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche".

Texto de Arnaldo Jabor.

25 abril 2007

Onde aperta

Rapidinhas hoje

- Qual é o botão que aperta pra canalizar a energia destrutiva e transformar em energia produtiva mesmo?


- Parabéns pra primeira pós-gadruada da turma. Entreguei o trabalho final ontem e, se a atual posição dos astros permitir, serei aprovada.

- Encaminhei (na verdade encaminharam para mim) o tal pedido do registro de jornalista. Agora minha carteira de trabalho passeia em Brasília - e certamente amanhã um fiscal do trabalho vai me encontrar na rua e me levar presa por não portar o documento.

- Gente, levei uma aula de motivação de um entrevistado. Em menos de meia hora de papo o cara me fez ter vontade de agir por mudanças e me fez acreditar que cada um de nós pode, sim, fazer a diferença. E - pasmem - não foi nem um pouco piegas nosso papo. O cara é bom mesmo. Agora estou aqui sentada em silêncio tentando recuperar aquela sensação positiva que ele me passou.

- Novo item pra Lei de Murphy: quanto mais 'dentro' for a bola que você estiver dando, menor será o grau de atenção a ela destinado. O que, inevitavelmente, acaba em um 'eu disse' com as sobrancelhas arqueadas.

24 abril 2007

Frases feitas

Não sou muito de frases feitas, mas essa vá lá, é espirituosa.

"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa "

21 abril 2007

Adendo 2

Tenho que fazer outro adendo em relação ao assunto 'ninja'.
Gente, como eu sou rodeada por ninjas ... fazendo as contas, tá loko ... Enoooorme a lista de todos que eu conheço e que são ninjas.
Quem bem, hein?

19 abril 2007

Ninja


"Nós somos ninja." Essa foi a conclusão a que eu e Kassandra chegamos pelo msn, numa das desopilantes conversas que se tem no decorrer do dia.
- vou fazer um adendo aqui: Kassandra é o nome que, durante a faculdade, instituimos para chamar nosso alter-ego; pois todos sabem que ela é, na verdade, um holograma que não publica comentário no blogue de ninguém. -
Continuando. Concluimos que somos ninja porque matamos no peito qualquer uma que atirem pra cima de nós; somos ninja porque SEMPRE, e eu ressalto novamente o SEMPRE, damos conta de tudo e de qualquer coisa. Sempre o fizemos e sempre o faremos. Foi assim a faculdade inteira. Está sendo assim depois da faculdade. E não deve ser diferente depois da curva.
A gente pode se estrepar e se dividir ao meio, mas quando a gente diz que vai fazer, a gente faz. E até arrisco dizer que fazemos bem feito.
Nós somos de uma estirpe que, modéstia beeem a parte, é cada vez menos frequente: a daqueles que vestem a camiseta e encaram o que vier. Quando a gente encontra um motivo que nos cativa, sai da frente porque vamos patrolando por cima. Conosco não tem ruim. Somos, com o perdão da pieguice, confiáveis. As pessoas podem contar conosco porque nós não as deixaremos na mão - especialmente se elas nos são queridas.
Parabéns pra nós, que somos ninja. E - agora a justificativa para toda essa explicação de 'ser ninja' - parabéns, Nádia, que está de aniversário, é ninja e vai matar a pau na cobertura do Papa.

17 abril 2007

dia de clarissa

Carta de Clarissa

Porque hoje faz vinte anos, julguei necessário organizar meu mundo em palavras e entregá-las a ti. Toma que são tuas. Tudo teu. Guarda-as, já que esta não é uma carta q se envia. É uma carta que fica. Quem precisa partir sou eu. Vou continuar minha jornada sem pena, mas é preciso que seja longe daqui. Longe dessas paredes que reverberam mantras de desespero. Longe desses fragementos de vida que insisto em cultivar num ritual ininterrupto. Eu, que até pouco tempo acreditava que viver de passado era bom.

Acreditei que a felicidade fosse possível, o amor fosse possível. Que não existissem só desencontros e covardia, mas amizade, delicadeza e compaixão. Esperava que o curso da vida seguisse etapas imutáveis. Nascer, crescer, envelhecer, morrer. Mas regras muitas vezes se quebram e minha existência está emoldurada no rol das exceções.

Nós, mulheres, temos o dom de lidar com isso que chamamos de fatalidade e sobre as quais não temos qualquer controle. Aprendemos desde cedo a nos conformar com os acasos brutais que nos roubam saúde, segurança, ideais, amores. Mas a perda de um fiho é a perda das perdas.

Tentei reconfortar a mim mesma acreditando que perder me faria amar melhor. Mas quando busquei um encontro, defrontei-me com a solidão. Quando quis um abraço, fui segregada.

Você sempre foi testemunha de meu tentar. E tentei tanto. Não preciso lhe dizer sobre lutar para atravessar as tardes de domingo sem enlouquecer. Sobre reagir em vão para preencher os espaços que ficaram vazios. Sobre tentar me convencer de que, afinal, valeria a pena continuar. Esperei que o tempo me trouxesse um pouco de esquecimento. Mas minha memória ficou para sempre aprsionada em um temp de dor. E esse tempo não fez nada além de secar flores e envelhecer fotos. Nesses 20 anos, sua presença indiferente testemunhou os invernos que suportei os silêncios desta casa vazia. Você, que em sua mudez entoou as melodias que embalaram minhas despedidas. Suavizou a rudez das portas que se batiam. Tive-o como companhia quando ligava todas as luzes e a casa parecia ainda mais escura.

Não consegui superar este vazio. Se foram os relevos, as curvas, as cores. Vou embora também, levando comigo esse deserto plano e opaco. Não quero recordações. Não quero bens. Não quero vínculos. Não é preciso que se preocupe com a solidão porque outras pessoas virão até você. Espero que não se machuquem como eu me machuquei. E que suas perdas sejam ao menos suportáveis. Porque eu já não sinto medo, já não sinto dor, já não sinto nada.

Para sempre

Clarissa

16 abril 2007

Sair do armário

Chega uma hora na vida da pessoa em que se assumir é preciso. Porque passar o tempo inteiro fingindo ser uma coisa que não é, por mais lúdico que pareça, cansa. Há que se sair do armário, encher a boca e assumir: eu sou mala. E pronto. Chega de palhaçada.
A partir desse momento acabou a história de tentar ser engraçado e fazer comentários interessantes. Cada um que se limite à burocracia de suas conversas repetitivas.
Não mais se mostrar divertido, positivo ou qualquer outra virtude que as pessoas vestem como máscara na tentativa de serem 'menos mal quistos' pelos outros. De agora em diante, só se abre a boca para reclamar, praguejar e maldizer.
Taí a melhor receita de repelente já divulgada. Nada mais insuportável do que esse tipo de naturalidade.

15 abril 2007

No Limite

Qual o limite da tolerância? Quanto a pessoa pode, ou deve, tolerar antes de começar a dar esporros por aí?
Saber entender as situações e as pessoas é uma virtude que facilita o convívio - aliás, todos eles - mas quando passa de predicado a empecilho? Até onde a pessoa deve relevar as coisas que a incomodam em nome do bem do outro? Quando é hora de começar a se impor?
Quero saber onde se traça a linha que divide os tolerantes dos trouxas que aguentam tudo calados para sempre.
Alguém desenhe um mapa.

12 abril 2007

Perdi

Eu perdi todos os meus amigos de colégio. Negligenciei e perdi. Se a gente não atende o telefone algumas vezes, as pessoas não ligam mais. E se elas não recebem um sinal de vida, acabam se perdendo com o passar das folhas do calendário.
Cadê eles?
Eu tenho saudades de todas as pessoas que me foram tão caras no 1º e 2º grau. Queria contata-las novamente e saber como andam, o que fizeram com suas vidas.
E agora, faço o que pra recuperá-las?

11 abril 2007

A contento

Quer missão mais difícil no mundo do que contentar as pessoas?
Imagine uma pista de corrida de cachorros e, no meio, embolados, correndo cabeça a cabeça cães com os nomes 'Fazer divisões de cabeça'; 'Acordar cedo e de bom humor', 'Gostar de calor', 'Asssitir TV aberta no domingo', todos competindo pra ver quem ganha na categoria 'coisas mais impossíveis de se fazer'.
Agora imagine a linha de chegada dessa prova, e nela um cão gigante, deitado, quase pegando no sono de tanto esperar os concorrentes. Qual é o nome dele? 'Contentar as pessoas'.
Por mais que um faça (virginia woolf gritando aqui hein), por mais que um se esforce e se empenhe, não será o suficiente pra deixar o outro satisfeito. Talvez as pessoas se acostumem a um nível tal de servidão e logo passem a considerá-lo normal. E é aí que mora o perigo, porque aquele que se doa chega num limite e dali não pode passar, ao passo que o outro, ainda que não por maldade, seguirá exigindo mais e mais até o fim.
Ih .. tomara que eu não encontre um casaco com pedras nos bolsos por aí ..

09 abril 2007

Santa sexta-feira

07 abril 2007

Parabéns

07 de abril - dia do Jornalista. Parabéns para nós - especialmente para aqueles que, como eu, ainda não se deram ao trabalho de providenciar o registro.
Freud explica que inconscientemente esse tal 'demora' pode ser a) medo de finalmente assumir o ingresso na vida adulta, com uma carreira para administrar; b) fase de negação no que diz respeito à escolha da profissão; c) preguiça e sem-vergonhice mesmo, porque, convenhamos, dois anos é muito tempo pra estar em crise; d) (e essa é a que eu mais gosto) que é a Maldição do Diploma. Diz a lenda que a pessoa que providenciar o registro depois de estar empregada corre o risco de ficar sem o trabalho ao conseguir o número do mtb.
A gente inventa cada coisa pra justificar a negligência né ...

Sépia

Gente, eu sou das antigas. Gosto que as coisas continuem sendo como eram. Não sou do time daqueles que vibram com mudanças. Tenho certa simpatia pelos procedimentos rotineiros porque eles permitem segurança e tranquilidade. De imprevistos e saias justas o dia-a-dia já está cheio - pelo menos no blogue a pessoa deveria poder fazer suas postagens com a mesma naturalidade que automaticamente vai ao banheiro no meio da noite.
Eu - que não posso ser rotulada como anta em termos de informática -, levei pelo menos dois dias tentando logar no blogue com essa maldita troca do 'beta' pra sei lá eu que novo sistema. Sabe lá quantas e quantas pérolas se perderam porque a tal conta do Google simplesmente não autenticava.
Pois espero que agora esses problemas da modernidade não mais incomodem. Entendem agora por que eu s-e-m-p-r-e fui a favor das cartas e dos navios?

27 março 2007

Risco de vida

Mesmo quem foi criado em apartamento consegue fazer uma viagem interestadual e acompanhar esportes mais radicais do que, digamos, ficar sentado em frente à TV, e sobreviver - apesar de correr por diversos momentos risco de vida.
Risco 1: o avião cair. Para superar essa situação deve-se seguir o conselho de Kassandra e viajar com a certeza de o avião cairá. Se não cair, é lucro.
Risco 2: despencar de um precipício. Quando se acompanha uma trilha de moto, pra quem não sabe, anda-se em terrenos irregulares - leia-se pedras soltas, tocos, matos diversos, buracos e desníveis ocultos. E isso de firmaro pé no chão é complicado pra quem só conhece cascalho de estacionamento. Mas com calma é possível escalar serras pra cima e pra baixo de forma sã.
Risco 3: ser esmagada por uma caminhonete 4x4. Quando se anda numa estrada que é, com bondade de julgamento, classificada como intransitável, na parte aberta de uma 4 x 4 resta apenar aguardar o momento que a caminhonete vai virar e esmagar uma perna, um braço ou a cabeça. Enquanto isso, vale lembrar que é a melhor forma de apreciar paisagens naturais.

Pontilhismo

De forma resumida, que é pra postar ligeiro e não deixar vocês esperando, essa viagem serviu pra confirmar impressões lugares-comuns.
- a cidade de São Paulo nunca mais termina de subir. É um bloco cinzento que se espalha de modo não uniforme e desorganizado. Sim, a cidade mais importante do país é medonha de feia vista de cima.
- as pessoas de Minas Gerais são as mais queridas do país. Todas têm boa vontade, recebem bem os turistas e agem como se fossem antigos conhecidos de qualquer um que passe pelo caminho.
- o atendimento fora da Serra gaúcha é caótico: pessoas lerdas e de má vontade, serviços que demoram todo o tempo que a paciência pode suportar. Gente nem aí. Reclamamos de barriga cheia aqui.
- ouvir pessoas de outros estados cantarolando suas palavras é péssimo - e ininteligível. Cada um que fique com seu sotaque regional.

Alguns mitos também foram derrubados:
- nem todos os aviões caem ou voam às cegas por aí.
- nem todos os vôos atrasasam
- nem todas as bagagens somem
- nem sempre se esquece alguma coisa em um estado que está a três horas de vôo de distância

Curiosidades sobre o café

Todo mundo sabe que a origem natural do café que se bebe não é a garrafa térmica, ou a máquina de café expresso, ou, ainda, a cafeteira da cozinha. O que a maioria das pessoas desconhece, entretanto, é que o café não vem dos vidros de Nescafé ou dos saquinhos laranja da marca Bom Jesus.
EXISTE uma espécie de árvore (sim, árvore, que brota do solo, com galhos e tal) que gera um fruto redondo e pequeno, sem cor ou aroma de café, mas que se chama Café. Os pés de café, quando dispostos um ao lado do outro em uma linha semi-curva, formam um cafezal. Desses cafezais surgem as sacas de café, resultado da colheita dos grões. Esses, por sua vez, antes de chegar em nossas xícaras, são torrados, moídos e - vejam só - misturados com milho.
Há a informação que a mistura ocorre na proporção de 50% grãos de café 50% milho. Porque uma saca de café custa R$300 e uma de milho R$20.
A conclusão disso tudo é que nós bebemos uma espécie de polenta aromatizada - e que, em função dessa lambança toda é que o café não tem a capacidade real de deixar qualquer pessoa acordada - pelo menos depois que ela terminou de engolir o que tem na boca.
Eu tomei o café dito puro - e, claro, não gostei. Muito forte, muito amargo, com muito mais capacidade corrosiva na porcelana (penso na da xícara, não no esmalte dos dentes) e, pasmem, sem o dito efeito estimulante. Possivelmente o fato de termos durante tanto tempo ter tomado um café maculado nos fez imune à cafeína - e eternos pesquisadores de novas fórmulas para passar uma noite acordados sem babar no teclado.

26 março 2007

café com pão de queijo


Postagens sobre a viagem a Minas Gerais amanhã. Preparem suas térmicas de café e assem seus pães de queijo que lá vem história.
- Bom, entendam o amanhã, que era hoje, como amanhã, depois de hoje -

20 março 2007

Queijo

Quem mais vai passar o fim de semana em Minas Gerais levanta a mão ...

15 março 2007

Felicidade


Dizem os poetas, especialmente os mais melancólicos, que a fecilidade é um momento fugaz, que nos toma de surpresa em momentos breves do dia-a-dia, e não necessariamente em importantes ocasiões. Pois eu experimentei um desses hoje, no seguinte cenário: olhando pela janela um céu nublado mas sem chuva, nem quente nem frio, uma música boa tocando na rádio, uma xícara de café na mão, uma janela de word aberta no computador e os telefones milagrosamente em silêncio.
Tudo isso não deve ter durando mais que 30 segundos, e já fui interrompida por um e-mail aborrecido, uma palavra que não desprendia da ponta da língua, a xícara ficando vazia ... mas foi o suficiente pra ter ânimo de tocar o resto do dia ...
Na interativa (que parece estar bastante em voga na região): quais os momentos de felicidade fugaz de vocês?

14 março 2007

Dúvida

Quando a pessoa começa a sentir dores no peito enquanto trabalha não é uma coisa boa, né?

13 março 2007

Fuso

Espelho, espelho meu, quem tem um blogue mais desatualizado do que o meu? Quanto triste é a pessoa não conseguir postar pelo menos uma vez por dia hein? Eu sempre fui a favor de que se insiram horas no dia pra que a gente possa dar a volta nas pendengas né...

09 março 2007

Coleção

Bom mesmo é quando a gente chega em casa e a única coisa que passa pela cabeça é necessidade de deitar e dormir, de tão cansados que estamos. Nada é melhor do que se acabar fazendo aquilo que se gosta, seja lá o que for. Sem dúvida, bem melhor do que colecionar tardes vazias.

06 março 2007

Coincidências


Gente, olha só que coincidência bloguística. Ontem encontrei no computador minha música da formatura e fiquei ouvindo-a repetidas vezes desde então. Agora, quando abri a janela do navegador para fazer esta postagem (que coisa de três minutos atrás não era exatamente assim), acessei o blog do Caco e vi um coincidência temática: ia falar da noite da formatura como marco para uma nova fase na minha vida; do mesmo jeito que ele falou da festa de encerramento do curso. Ia comentar que a lembrança daquela música trilha da formatura me fazia recordar de todos os dóceis momentos de faculdade - e tudo mais de acucarado que veio antes - e também do início da jornada - sem sempre doce, mas sempre saborosa - que se iniciou então.
Muito mais do que a conclusão do curso, a formatura foi o fim da minha fase de filha e início da minha vida adulta: morando em outra cidade, sozinha, com a vida toda em aberto pela frente.
E, agora, lendo a postagem dele e a avaliação que ele fez, percebo que a minha foi uma empreitada que também deu certo. Mesmo pequenas, nossas conquistas nos orgulham quando pensamos nelas no tempo pretérito. Nós, cada um a sua maneira e sob circunstâncias exclusivas, quebramos a casa do ovo. E, parece, com certo sucesso.
Em tempo: estamos perto do aniversário da formatura né?! Quantos anos fazem? Dois? Mede-se todo esse tempo em anos ainda?
Woo hoo, woo hoo, woo hoo pra nós, de qualquer jeito.

05 março 2007

Waves

Somos todos peixes e vivemos a vida em ondas. Ondas cíclicas. Numa semana está tudo bem. Na outra desmorona o mundo na nossa cabeça. Na seguinte acontecem mais coisas erradas. Depois o céu se abre e tudo começa melhorar. Então, quando nos acostumamos com a paz, retorna o caos, só pra não esquecermos que nem tudo são flores.
Quantas vezes vivemos esse turbilhão - e quantas vezes vivemos diversos desses turbilhões no espaço de um único dia ...
Dramin pra nós.

01 março 2007

Abaixo às pessoas

Ou com bichos ou com números. É só com esses que devemos nos relacionar. Com pessoas não, porque as pessoas decepcionam.
Diz o ditado que na hora do aperto se conhecem os amigos. Eu tenho outra vertente: é quando se trata de dinheiro que se conhecem as pessoas. Tem gente que passa por cima de tudo e de todos quando sente que seu bolso pode vir a ser ameaçado. E fazem isso achando estar cheios de razão. Pra eles, nesses momentos, pouca importa há quanto tempo conhecem o outro, ou se estão tendo uma reação estupidamente desproporcional à ofensa sofrida. Como em um bom desenho animaod, o cifrão salta-lhe dos olhos, a tampa da cabeça se abre, por onde sai aquela fumacinha como se fosse um trem, e essas pessoas saem desgovernadas e descontroladas na suposta defesa do seus interesses.
Pena botar fora as pequenas coisas boas da vida por causes menores ainda.

26 fevereiro 2007

Caça às bruxas

Quem aí vai começar a procurar indícios de inverdades no seu outlook a partir de agora hein ...
E quem aí vai começar a revisar os e-mails antes de envia-los com mais cuidado ...

Cientistas criam detector de mentiras para e-mail

Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, disseram ser capazes de identificar uma mentira contada por email. Analisando cinco características comuns a textos falaciosos, eles identificaram 'pistas' que usuários cometem ao tentar passar adiante suas lorotas no texto escrito. Segundo eles, a margem de acerto nos testes é de cerca de 70%. De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Daily Mail, os conhecimentos podem ser condensados em um programa de computador disponível já a partir do próximo ano.

Pistas

Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais palavras que textos verdadeiros, descobriram os cientistas.

No entanto, a ocorrência de frases casuais, que possam despertar ambigüidade, é bem menor nos primeiros que nos segundos, eles observaram.

Mais detalhadas que as verdades, mentiras são contadas através do que os pesquisadores chamaram de "expressões de sentido" - como "sentir", "ver", e "tocar" - usadas para criar um cenário que nunca existiu.

Mentirosos desconfortáveis com sua pirraça tendem ainda a usar palavras com sentido negativo, como "triste", "estressado", "irritado", afirmaram os cientistas.

E, finalmente, tentam se distanciar de seu embuste usando pronomes de terceira pessoa, como "ele" e "ela".

Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/bbc/2007/02/26/ult4449u3.jhtm

21 fevereiro 2007

Missing person

A propósito de procurar alguém pra conversar sobre, cadê Kassandra que não volta mais de férias? Gente, nunca vi alguém ficar tanto tempo assim de férias. Isso tá mais pra abandono de emprego hein ...
Devo colocar sua cara em uma caixa de leite - as mais sem-noção em termos de identidade e hábitos nacionais.
A pessoa precisa ter alguém pra desopilar no meio da tarde ou antes de começar a lapidar um texto né .. Hellooou, o ano já começou, todo mundo voltando pra sua cadeira e teclando no seu MSN, faz favor ...

Clube de Leitura


Comprei o livro 'Um teto todo seu' da Virginia Woolf. São ensaios sobre a relação da mulher e a ficção. Nas 20 primeiras páginas, ininteligíveis por sinal, ela começa a discorrer sobre por que as mulheres não ganham dinheiro para repassa-lo às próximas gerações - a exemplo do que fazem os homens - permitindo que suas filhas e netas gozem das condições, entre elas o tempo, necessárias para escrever sua poesia.
Agora, quem entende Virginia Woolf, cuja genialidade só se compara à feiura do nariz (eu, criativa que sou, fiz o mais batido de todos os comentários, mostrando o quanto ligo pra forma ante o conteúdo), tendo um só cérebro na cabeça? Gente, a mullher escreve textos de ENASIO em forma de POESIA. Aliás, méritos da tradutora que conseguiu manter a cadência da prosa.
Procuro alguém pra conversar sobre.

Feliz Ano Novo

Feliz ano novo pra vocês, porque é hoje, depois do carnaval, que as coisas começam pra valer no Brasil. Pra quem não curte essas histórias de folia, escola de samba e toma sua cervejinha sem ficar cuidado a folha do calendário, 2007 já está passadinho e causou uma boa dose de aborrecimento. Nada como trabalhar religiosamente pra ver como os dias cansam.
Falando em dias, daqui a alguns será a Páscoa; em seguida as férias de inverno ... depois vem agosto, que demora um pouquinho pra passar; aniversário e quando menos se espera, Natal e ano novo. Pois é, então antes que eu pisque os olhos e me atrase, feliz 2008. Isso que é fugacidade.

15 fevereiro 2007

Bauhaus

Gente, e não é que a Bauhaus apareceu de novo? Quem lembra de ter achado bizarro estudar isso na faculdade pode ajuntar as bolas com essa: usa-se esse conhecimento, sim, na vida real.
Então, dos quatro anos de faculdade, tem uma ou outra aula que de fato serviram pra alguma coisa. Menos mal. E que bom que o cérebro conseguiu reter alguma informação, a despeito de nosso balançar de ombros sobre o assunto.
Em tempo: menos é mais mesmo. Menos preconceito e mais cabeça aberta; menos arrogância e mais humildade; menos ócio e mais informação.

13 fevereiro 2007

Utilidade pública 2


Quais os riscos de contaminação que são trazidos pelas formigas que invadem as residências?

Quantas vezes nos deparamos com a presença de formigas em alguns alimentos como doces, pães e açúcar! A presença desses insetos, muitas vezes, não causa repugnância: muitas pessoas simplesmente eliminam o inseto e comem o alimento. Alguns até chegam a dizer “formiga faz bem para a vista”. (É claro que isso não corresponde à realidade.)No entanto, se encontrarmos uma barata na comida, além do nojo que isso vai causar, descartamos sem remorso nenhum o produto. Pois bem: falando de contaminação, as formigas têm a mesma representatividade que as baratas. Os mesmos microrganismos (bactérias, fungos, vírus, parasitas etc.) podem ser transportados, do lixo, de alimentos crus, de dejetos, para outros produtos, muitas vezes prontos para o consumo.
http://g1.globo.com/Noticias/Colunas/0,,7404,00.html

Pobrezinhas das formiguinhas, tão bonitinhas.